Minha lista de blogs

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Lula em liberdade é a maior liderança política do Brasil


Sociólogo Marcos Coimbra aborda a discussão a respeito da libertação de Lula, que para ele “tem duas premissas: a primeira é o tamanho e a qualidade da imagem do ex-presidente. E a segunda é relativa ao Partido dos Trabalhadores”



Lula fora da prisão é ter no jogo o maior líder popular e o principal dirigente do maior partido. Quem acha isso pouco espere para verescreve Coimbra. Leia:

A discussão a respeito da libertação de Lula tem de considerar duas premissas. Muita gente parece se esquecer de ambas, mas é preciso sempre lembrá-las. A primeira é o tamanho e a qualidade da imagem do ex-presidente. Sem nenhum exagero, é o político brasileiro mais admirado e querido de todos os tempos. 
Não há quem se compare a ele, nem no passado antigo, no Império ou na República até 1964, nem no Brasil pós-ditadura. Getulio Vargas foi em parte absolvido dos pecados do Estado Novo pelo segundo governo, mas eles permaneceram. Juscelino Kubitschek foi estimado, mas não recebeu o mesmo carinho da gente humilde. 
Depois de Tancredo Neves, só decepções. De um fracasso a outro, a população viu a todos com otimismo no início e frustração no fim. Foi assim com José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff e Michel Temer, cada um por seus motivos, cada um com suas culpas.
Quem apostar que será assim com o ex-capitão Bolsonaro vai ganhar dinheiro. Menos com Lula. Hoje, quase dois em cada três entrevistados nas pesquisas o consideram o melhor presidente da história, com cinco vezes a aprovação do segundo colocado. Também é de dois terços a proporção daqueles que dizem que “gostam” de Lula como indivíduo, muito à frente dos demais presidentes, incluindo o atual, que se esperaria ainda estivesse bem com a opinião pública. 
O extraordinário na imagem de Lula é a persistência, tendo sofrido o que sofreu nas mãos de adversários e da mídia antipetista, essa que hoje se proclama profissional. O coro que contra Lula fazem banqueiros, militares de farda e de pijama, juízes e promotores com mania de salvadores da pátria, barões da mídia e seus funcionários, revelou-se inútil.
Apesar de tudo, a maioria do povo continua a admirar e a gostar dele. A segunda premissa é relativa ao Partido dos Trabalhadores. Se nunca houve uma liderança como Lula, tampouco há, em nossa história, um partido igual ao PT. Nenhum foi tão grande e duradouro. As pesquisas mostram que entre 15% e 20% da população adulta se define como simpatizante do partido. 
Em termos absolutos, isso quer dizer que há mais de 22,5 milhões e perto de 30 milhões de simpatizantes do PT atualmente, mais que o dobro da soma daqueles que se identificam com os demais. Nenhum partido, velho ou novo, das dezenas existentes, se destaca. Aquele em que até outro dia estava o capitão, por exemplo, é nada, apesar de ser tratado pela imprensa como se fosse relevante. 
A nova legenda que Bolsonaro diz estar criando será nada também. Nessa massa de simpatizantes há um núcleo de cerca de 12 milhões de eleitores que afirmam ser petistas, sem meias palavras. De novo, nada de semelhante existe hoje ou existiu em nossa história. Uns e outros formam o maior patrimônio do partido e, por isso, respeitar suas preferências e levá-los em conta na tomada de decisões são obrigações de qualquer dirigente. 
No ano passado, na mais enviesada eleição que tivemos em tempos modernos, Fernando Haddad foi ao segundo turno. Para evitar uma vitória do partido, não bastou a intervenção judicial dirigida contra a candidatura de Lula, em um caso descarado de lawfare, cujo ator principal foi ninguém menos que um comparsa do adversário. 
Não bastou a mordaça imposta ao ex-presidente. Apesar de Lula estar na cadeia e proibido de falar, Haddad só perdeu quando sofreu, nas barbas dos tribunais superiores, um ciberataque devastador, movido a dinheiro ilegal. Até hoje, o TSE não se apercebeu do que ocorreu. Lula fora da prisão é ter no jogo o maior líder popular e o principal dirigente do maior partido. 
É haver alguém que o contingente de petistas e simpatizantes respeita e segue, e que o amplo grupo não alinhado ideologicamente com a legenda preza por sua obra e personalidade. É estar em ação o competente estrategista que conhecemos, que ganhou quatro eleições presidenciais e só não emplacou a quinta porque muita gente meteu a mão. 
É ter de volta à liderança do PT seu mais legítimo expoente. Quem acha isso pouco espere para ver. A rigor, não precisa esperar, pois está vendo, com as dezenas ou centenas de milhares que foram a São Bernardo e ao Recife acolhê-lo e festejar nas ruas a sua liberdade.

domingo, 3 de novembro de 2019

SOBRE OS SURTOS NEOFASCISTAS E A COVARDIA!


Dilma Rousseff. Que resposta!

A presidenta Dilma Rousseff recebeu do jornal Estado de S. Paulo uma pergunta sobre o que ela pensa da defesa que Eduardo Bolsonaro fez do AI-5, ao dizer que eventuais protestos contra o governo poderiam tornar necessário um ato de força semelhante.

Eis a sua resposta, em nota enviada ontem ao jornal:

SOBRE OS SURTOS NEOFASCISTAS E A COVARDIA!


Dilma Rousseff

"Ninguém, dos órgãos de imprensa, pode se declarar surpreendido pela manifestação do deputado Eduardo Bolsonaro a favor do AI-5. Na verdade, ninguém pode se surpreender porque já houve seguidas manifestações contra a democracia por parte da família Bolsonaro. Defenderam a ditadura militar e, portanto, o AI-5; reverenciaram regimes totalitários e ditadores; homenagearam o torturador e a tortura; confraternizaram com milicianos. Desde sempre pensaram e agiram a favor do retrocesso. Antes das eleições não havia duvidas a respeito. Durante as eleições e depois dela, muito menos, pois têm se expressado contra a democracia e os princípios civilizatórios em todas as oportunidades que tiveram.

O grave é que nunca receberam da imprensa a oposição enérgica que mereciam. Ao contrário, acredito que a imprensa fez vista grossa ao crescimento do neofascismo bolsonarista, porque este adotara a agenda neoliberal. É que, além das pautas neofascistas, a extrema direita defende a retirada de direitos e de garantias ao trabalho e à aposentadoria; as privatizações desnacionalizantes das empresas públicas e da educação universitária e a suspensão da fiscalização e da proteção ambiental à Amazônia e às populações indígenas. Não é possível alegar surpresa ou se estarrecer diante da defesa do AI-5. Na verdade, em prol da realização da agenda neoliberal, na melhor hipótese se auto iludiram, acreditando que poderiam cooptar ou moderar Bolsonaro.

Mas a defesa do AI-5 e da ditadura sempre esteve lá.

Vamos novamente lembrar, o chamado filho 03, que agora diz que considera o AI-5 necessário, é o mesmo que, há algum tempo, disse que “um soldado e um cabo” bastavam para fechar o STF. Óbvio que sem o poder coercitivo de um AI-5, isto nunca seria possível.

O presidente, então ainda deputado, proferiu no plenário da Câmara um voto em que homenageou um dos mais notórios e sanguinários torturadores do regime militar. Aquele coronel só agiu com tal brutalidade contra os opositores do regime militar porque estava protegido pelo AI-5.

Jair Bolsonaro afirmou em entrevista que a ditadura militar cometeu poucos assassinatos de opositores políticos. E que os militares deviam ter matado “pelo menos uns 30 mil”. Também afirmou, na campanha do ano passado, que, se vencesse a eleição, só restariam dois caminhos aos petistas – o exílio ou a prisão – e de que maneira isto seria possível sem a força brutal de um ato institucional como o AI-5?

É estranho que me perguntem o que eu acho da última declaração sobre o AI-5, pois a minha vida toda lutei, e continuo lutando, contra o AI-5, seus assemelhados e seus defensores. O Estadão, que me faz esta pergunta, também deve e precisa responder, pois sua posição editorial tem sido, diga-se com muita gentileza, no mínimo ambígua diante da ascensão da extrema direita no País.

Quem nunca questionou as ameaças da família Bolsonaro com a firmeza necessária e que, em nome de uma oposição cega, covarde e irracional ao PT, se omitiu diante do crescimento do ódio e da extrema-direita, tornou-se cúmplice da defesa canhestra do autoritarismo neofascista". Do Professor Nelson Barbosa

segunda-feira, 29 de julho de 2019

O perigo dos homens medíocres como Jair Bolsonaro





Por Esther Solano, Carta Capital

Nada mais perigoso do que um homem medíocre e triste que odeia a inteligência e a felicidade alheias. Esta é a cara do governo Bolsonaro. Personagens de uma mediocridade tão ostensiva que disfarçá-la é tarefa impossível. Como me disse um dia um aluno, é a burrice ostentação. Juntam-se a essa mediocridade as paixões tristes que o movem.  

Há dois tipos de medíocre: o que é consciente de sua limitação e fica recolhido nela humildemente ou se esforça para crescer e o que, incapaz dessa humildade ou desse crescimento, tenta destruir, exterminar tudo aquilo ou todos aqueles que brilham mais que ele. Não é preciso dizer a qual dos dois tipos pertencem os patéticos personagens bolsonaristas. 

Também há dois tipos de infelizes: os que lutam em construir a própria felicidade e os que detestam a felicidade alheia e se empenham em arruiná-la. Os que lutam por viver seus desejos livremente e os que odeiam quem os vive. Os que amam em toda a plenitude do amor e os que odeiam quem ama. Tampouco desta vez é preciso dizer a qual dos dois tipos pertencem os patéticos personagens bolsonaristas. 

Acrescente-se uma masculinidade complexada, frágil, mas tão autocentrada que não consegue enxergar para além dela mesma. Homens que odeiam outros homens, que odeiam mulheres, talvez porque, no fundo, esses homens odeiem a si mesmos. 

Durante minhas entrevistas com eleitores de Bolsonaro, várias mulheres me confessaram que tinham medo de seus maridos, porque a agressividade deles tinha aumentado muito depois de começarem a seguir o “mito”. São os cidadãos de bem. Eu, quando vejo um cidadão de bem na rua, mudo de lado ou saio correndo. São aqueles que não enxergam contradição em ir à igreja aos domingos e apedrejar um homossexual ou agredir a própria companheira em casa. Não veem incoerência em citar a Bíblia e aplaudir Bolsonaro, quando ele faz o gesto de arma na Marcha para Jesus. Suspeito que os homens que sentem tanto tesão por armas não são capazes de sentir tesão por mais nada. De qualquer forma, Jesus não estava nessa marcha, estava na Parada LGBT+.

O curioso nesses cidadãos de bem é que eles pensam ter um canal direto com Deus, como num grupo de WhatsApp ou Telegram, que agora está na moda. Queridos, se Deus existe, deve estar desesperado, se perguntando onde errou para que de um barro supostamente inócuo surgissem seres como vocês. “Deu merda”, Ele deve pensar. São sujeitos feridos, mas na alma, que é muito pior do que estar ferido no corpo. São uma fraquejada.

Não por acaso, querem acabar com as universidades públicas. Para quem é tão medíocre, a inteligência alheia deve ser estarrecedora. Não por acaso, quiseram acabar com Lula em um processo arbitrário. Não por acaso, Bolsonaro recusou-se a ir aos debates eleitorais e a enfrentar um professor. Não por acaso, queiram dominar os corpos das mulheres, pois mulheres livres e fortes devem ser assustadoras para eles. Não por acaso, querem proibir as diversas formas de amor e de família. A vida que eles representam é tão cinza que as cores da bandeira LGBT+ devem ser insuportáveis.

Sujeitos pequenos, tacanhos, intelectualmente ínfimos, figuras que em tempos de normalidade democrática e institucional seriam irrisórias e desapareceriam, engolidas na própria irrelevância. Mas em tempos “desdemocráticos”, em tempos obscuros e autoritários, esses anões se fizeram gigantes e vomitaram sobre todos nós sua capacidade de destruição. Esses mesquinhos estão no poder. Encarnam o mito do homem medíocre. O medíocre que se apresenta como herói. Vejam que drama. Esses heróis iriam salvar o Brasil. Bolsonaro é o “mito”. Moro é o “herói”. 
Na manifestação verde-amarela da Avenida Paulista, em 16 de agosto de 2015, perguntei a vários manifestantes sobre o então juiz Sérgio Moro. A retórica heroica-salvacionista-messiânica era impressionante. Emergia a figura do juiz-Deus, o juiz-Messias, que tinha a tarefa de limpar o Brasil da corrupção, exterminar o câncer. “Moro é o nosso salvador. Moro tem uma missão, limpar o Brasil porque o câncer do Brasil são os políticos corruptos. É dever de todos os brasileiros apoiar a Lava Jato. Ele vai passar o Brasil a limpo. Ele é o homem que estávamos aguardando” (palavras de uma mulher branca de 45 anos). Para essa senhora, sentado à direita de Deus não está Jesus, mas o “conje”.

Estamos nas mãos de homens medíocres que nos odeiam e que se acham heróis. Homens que não têm nenhum problema em destruir as instituições e muito menos a democracia, pois a democracia não os representa. Eles despertaram os monstros e a escuridão. É nosso papel trazer a luz de volta.



domingo, 30 de junho de 2019

Abacates, Bijuterias e o Hospício Diplomático





Por Marcelo Zero

Do alto do seu atilado pensamento estratégico, o capitão descobriu a maneira segura de tirar o Brasil da crise: a exportação de abacates e bijuterias de nióbio. Abacates para o Mercosul e bijuterias para o mundo.
A inspiração genial sobreveio ao capitão após comer numa churrascaria no país do sushi, em longas horas de lazer, quando não tinha agenda nenhuma na reunião do G20. Típico resultado do “ócio criativo”, para usar a expressão utilizada pelo sociólogo Domenico de Masi.
De fato, não se sabe bem o que o capitão foi fazer no G20. Ele mesmo não sabe. Não tem agenda relevante com ninguém, a não ser a agenda negativa da vilania ambiental, do desrespeito aos direitos humanas, do regresso à Idade Média no tocante às lutas das minorias, do evidente neofascismo, etc.
Em nítido contraste com Lula, que era chamado de “O Cara” por Obama, por ser “o político mais popular da Terra”, agora temos um mandatário que é “O Cara a Ser Evitado”.
Com efeito, o nosso capitão disputa com Duterte, das Filipinas, o título de chefe de Estado mais repugnante e impopular do planeta. O páreo é duro, mas reconheço que o capitão vem fazendo grandes esforços para vencer a competição.
Em dobradinha com o grande diplomata General Heleno, que mandou os europeus irem “procurar a sua turma”, o capitão empenha-se no isolamento do Brasil.
Ao descer do pitoresco “Aerococa”, o capitão coçou o saco, cuspiu no chão nipônico e disparou: não vou ser criticado por ninguém. Confundiu grosseria com altivez e falta de respeito com os compromissos internacionais do Brasil com soberania. Logo ele, que fala fininho com Trump e bate continência para a bandeira dos EUA.
Indigência mental e desequilíbrios emocionais à parte, objetivamente o Brasil está cada vez mais isolado por uma política externa que parece mais embasada na Suma Teológica de São Tomás de Aquino do que no tradicional pragmatismo racional do nosso corpo diplomático.
Em Genebra, na última reunião da ONU, estivemos nos afastando do mundo civilizado e procurando a companhia de uma turma barra pesada. Por decisão do chanceler pré-iluminista, o Brasil, contrariando todo os seus compromissos anteriores, opôs-se ao uso do conceito de “gênero” em resoluções da ONU, propôs limitar os direitos reprodutivos para excluir o aborto e criticou a condenação ao uso indevido da religião para impor desigualdades entre homens e mulheres.
Provocou risos de escárnio e expressões de indignação nas delegações do mundo civilizado e o aplauso de grandes democracias, como Paquistão e Arábia Saudita, uma monarquia absolutista e medieval.
No BRICS, grupo geoestratégico criado pela nossa antiga e exitosa política externa ativa e altiva, não somos mais nada. China, Rússia e Índia nos excluíram de suas tratativas trilaterais.
Em vez de defendermos nossos interesses próprios, nos aliamos incondicionalmente a Trump em sua cruzada insana contra a China, nosso principal parceiro comercial.
Compramos briga com países árabes e muçulmanos, grandes parceiros econômicos e comerciais do Brasil, em razão do capricho ideológico de agradar Trump e Netanyahu, em sua política genocida contra o povo palestino.
Estamos nos afastando da África, do Oriente Médio e do Caribe, que deixaram de ter qualquer prioridade.
Na América do Sul, nosso entorno, perdemos muito protagonismo, pois deixamos de investir na integração regional, aos nos aliamos acriticamente a Trump e sua política de reimplantação da Doutrina Monroe na região. O Brasil de Bolsonaro tornou-se capitão-do-mato do Império, na sua guerra contra Venezuela, Cuba e quaisquer outros países que não se enquadrem na atual pax americana.
A negação do aquecimento global, as ameaças de abandonar o Acordo de Paris, a promessa de não demarcar mais terras indígenas e a prometida abertura da Amazônia para a exploração predatória causam indignação no mundo civilizado, particularmente entre europeus.
A continuar nessa marcha célere rumo à Idade Média, sobrará para o Brasil, além da aliança subalterna com Trump, uma aliança estratégica com Duterte, no campo da política fascista de “bandido bom é bandido morto” e uma cooperação com as ditaduras medievais do Golfo Pérsico, no campo da homofobia e da negação dos direitos das mulheres.
Ironia do destino, os “valores cristãos” que hoje regeriam nossa política externa, no entender do chanceler olaviano, nos aproximariam do fundamentalismo sunita dos países mais atrasados do mundo muçulmano. Cristãos e mouros irmanados numa cruzada contra a civilização e a razão.
Completa esse isolamento da vergonha o uso de avião da comitiva presidencial para realizar tráfico internacional de drogas, episódio constrangedor, apropriadamente arrematado pelos comentários do titular do antigo MEC, hoje MEPE (Ministério da Má-Educação e do Português Errado).
Parece que estamos destinados a fazer parte de uma espécie de folclórico e seleto hospício diplomático.
Creio que só não fomos ainda totalmente alienados da convivência com a comunidade internacional porque temos a oferecer excelentes negócios. Como se sabe, o capitão, que diz que não será advertido por ninguém, colocou o Brasil à venda para todos. E a preços módicos.
Agora mesmo, ultima-se um acordo Mercosul-UE, o qual, a julgar pela sôfrega expectativa das elites europeias, deverá ser um desastre para o setor produtivo nacional. Comenta-se que o Brasil do capitão teria feito grandes concessões em propriedade intelectual, serviços e compras governamentais, sem exigir, contudo, significativas concessões europeias, no campo da agricultura, setor altamente protegido por uma montanha de subsídios. Coisa de doido.
Em âmbito interno, persiste a revelação de provas irrefutáveis de que a Lava Jato, instrumental no golpe de 2016 e na prisão sem provas de Lula, foi grosseiramente conduzida pelo juiz de memória seletiva e ética flexível. A divulgação dos últimos diálogos mostra claramente como os procuradores obedeceram às ordens do juiz para escolher as testemunhas.  Uma total esquizofrenia jurídica.
O Brasil enlouqueceu, aqui dentro e lá fora.
Enquanto o capitão estiver no comando dessa nau dos insensatos, não haverá nióbio suficiente no mundo que nos salve. Nem abacate.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...