Já faz algum tempo estava pensando sobre a questão da economia de uma forma bem genérica, pois só tenho alcance para isto e gostaria de deixar a minha opinião na qual não vejo originalidade, mas apenas a necessidade de expressar uma opinião sincera e sem o rótulo do intelectualismo que permeia as “rodas” de pessoas nos “happy-hour” da vida.
Não faço questão de ser cartesiano no modo de pensar, mas é preciso organizar as idéias de forma coerente e objetiva.
Ouro, papel moeda e crédito virtual? Ou energia?
Sabemos que o sistema monetário é uma falácia que funciona muito bem porque todos somos cúmplices e que o mercado de capitais é o Bezerro de Ouro moderno, mas qual será a solução?
As teorias econômicas são criadas com os mais complexos cálculos (propositalmente são herméticos e de difícil compreensão) e como a maioria das pessoas tem aversão aos teoremas da matemática acabam não se importando com isto, porém acreditam piamente no que os analistas do mercado financeiro “do alto do seu academicismo” todos os dias vociferam na mídia e assim tocamos a vida, e como diz o dito popular “enquanto os cães ladram a caravana passa”.
Tudo nesta vida tem como base a energia nas mais diversas manifestações e dela precisamos para viver sejamos europeus, asiáticos ou americanos, ricos ou pobres precisaremos sempre da mesma quantidade de energia para viver.
Podemos tomar como medida a Natureza que tudo nos dá sem cobrar (financeiramente) nada.
Quanto custa ao sol brilhar todos os dias e aquecer a terra? Quanto custa ao vento soprar as velas?
A humanidade por incrível que pareça faz parte da Natureza e os Homens ao longo da sua história conseguiram subverter a ordem natural das coisas de tal forma que sequer podemos imaginar viver sem o “bendito” dinheiro. Infelizmente por sermos muito crédulos e por comodismo preferimos não contestar o sistema vigente, afinal assim é mais confortável e por outra, fomos educados num sistema de crenças que funciona como uma pirâmide cujo objetivo da maioria é alcançar o topo.
A competição permeia a vida de todos, basta ver todos os campeonatos do mundo, seja de qualquer modalidade, sempre o sujeito tem que ser o "melhor do melhor do mundo", ganhar o segundo lugar significa ser o último.
Estou dizendo tudo isto para que fique evidente que o grande objetivo é competir e não cooperar, os resultados tem que ser individuais cada um tem que ser o melhor do mundo de forma a satisfazer o seu ego. Os Estados Nacionais e as Corporações são um grande exemplo de ego.
E este é o nosso maior problema, muitos querem mudar o mundo desde que esta mudança não afete o seu estilo de vida, e isto é praticamente impossível, ou se muda o sistema de crenças e se começa tudo de novo ou ficaremos sempre andando em círculos a cada dia com mais uma novidade, a cada dia com mais uma teoria de modo a justificar e reforçar a anterior.
E o que tudo isto tem a ver com dinheiro? Isto é só para dar uma vaga idéia do que acredito que temos sido durante todas as gerações que já passaram.
Podemos representar graficamente pintando um papel e chamando-o de dinheiro? Claro que sim, desde que o façamos de forma justa, e que levemos em conta que este papel representa uma forma de energia que é fruto do trabalho e que está lastreado em coisas concretas.
E falando de dinheiro, passemos a um exemplo “matemático” simplório: Se tudo é UM como poderemos dividí-lo?
Só podemos fazê-lo por meio de artíficios, pois quando nos espelhamos a nossa volta vemos uma multitude de coisas e seres e assim reforçamos o nosso normoscópio (nossa forma peculiar de pensar) e acabamos acreditando naquilo que vemos.
Sei que existe uma “teoria” de ressonância mórfica - do centésimo macaco (mais uma teoria?) que diz assim:
Era uma vez duas ilhas tropicais, habitadas pela mesma espécie de macaco, mas sem qualquer contato perceptível entre si. Depois de várias tentativas e erros, um esperto símio da ilha "A" descobre uma maneira engenhosa de quebrar cocos, que lhe permite aproveitar melhor a água e a polpa. Ninguém jamais havia quebrado cocos dessa forma. Por imitação, o procedimento rapidamente se difunde entre os seus companheiros e logo uma população crítica de 99 macacos domina a nova metodologia. Quando o centésimo símio da ilha "A" aprende a técnica recém-descoberta, os macacos da ilha "B" começam espontaneamente a quebrar cocos da mesma maneira.
E eu fico a me perguntar: Será que os outros centésimos macacos que não querem mudar o sistema são em maior número que os outros noventa e nove que querem fazê-lo?
Quem será o centésimo macaco que irá mudar o mundo?
2 comentários:
Gostei muito do teu texto, está bom para cachorro.
Só acho que não falaste do OURO, a mim parece que o ouro só tem valor porque o ser "Humano" sempre ele infere a este metal um valor simbólico e não real por conta das propriedades deste metal. E também acho justo lastrear a economia em ouro por que para tê-lo é preciso extrair do solo, é preciso tomara a mão-de-obra de alguém, quem sabe de algum escravo, aliás a Europa só é o que é graças ao genocídio dos nativos sulamericanos perpetrado principalmente pelos espanhóis e portugueses no roubo do ouro deste continente. É isso aí meu caro Burgos...
Abraços
Luiz Vieira
É de fato não temos nenhuma solução a vista para está questão da economia, mas li alguma coisa de história que após a primeira guerra mundial quando a inflação na Alemanha era muito alta e com a subida ao poder do Adolf "O Hitler" para resolver a situação caótica da economia ele inverteu a lógica comum e passou primeiro a produzir depois emitir moeda lastreada no que foi produzido o que deixou a Banca profundamente descontente. O autor do livro é Salvador Borrego.
Saudações
Carlos Apolinário
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