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sábado, 2 de fevereiro de 2013

A angústia que liberta



Por Tibiriçá, do Blog Prezado Cara Pálida


Foi pela angústia de não me conformar pelo modo pelo qual temos que viver, dentro de um Sistema cercado por todos os lados com “grades” culturais, morais e sistemáticas e que não permitem que sejamos a nossa própria essência, seja pela ignorância travestida de educação, de cultura, sejam por todas as ideologias enganadoras que buscam tutelar as nossas consciências e o nosso livre arbítrio para que sejamos uma massa obediente, submissa, insegura e dividida, ou seja, “escravos psicológicos” sem sequer darmo-nos conta disso, fazendo-nos crer estarmos vivendo no melhor dos mundos e sempre acreditando que o amanhã será melhor do que o hoje, vivendo de esperanças, pois é isso que nos inculcam, que nos fazem acreditar.

Muitos poderão dizer que isto é um absurdo, que todos somos livres, e que vivemos num sistema democrático onde há liberdade de pensamento e de expressão e que podemos ter as nossas livres escolhas. Entretanto, temos a ideologia do individualismo e a competição como algo absolutamente normal, onde a meritocracia na busca do sucesso justifica toda sorte de atitudes, mas parem um pouco para pensar, que liberdade é esta de escolha, se só tens aquilo que querem que saibas, se só tens todos os dias da “vida” o direito de ir e vir desde que seja para o mesmo lugar, se só podes pensar o que eles querem que tu penses, se o Estado de Direito não distribui nem conforto nem Justiça, mas pelo contrário só fomenta a luta de classes através dos sindicatos da miséria, das associações e conluios, ou seja através do senso comum construído pelas filosofias, pensamentos diversos ditos democráticos, onde cada qual diz ter o monopólio da felicidade, pela mídia venal e mal intencionada, pelas "sacrossantas religiões" e que ao longo de muitas eras passaram a chamar isto de tradição.

De qualquer forma tive a necessidade de divulgar aquilo que pude aprender e de me informar, já que não sou adepto do conformismo, como o do gado que vai para o matadouro, e por conseguinte, longe de trazer idéias messiânicas, sobre um Líder, um Salvador que assuma os nossos pecados, as nossas mazelas, acredito isto sim que é a responsabilidade individual de cada um realizar o conhecimento ou que tenha pelo menos a boa vontade e comprometimento para buscar uma informação alternativa e tendo acesso a este conhecimento possa depois separar o joio do trigo e se for também da sua vontade, buscar informar as demais pessoas. Não quero que sintas a obrigação de absorver os conceitos e as informações que divulgo e compartilho, não é o meu objetivo ferir ou destruir as idiossincrasias pessoais que as pessoas têm, pelo contrário, isto é só um convite à reflexão. Os assuntos abordados basicamente se referem às questões existenciais e dizem respeito a todos nós, de fato, são informações que não se encontram na Grande Mídia mesmo porque não é do interesse dela. Eu entendo que não compartilhar estas informações, da minha parte seria muito egoísmo. Todos nós durante as nossas vidas temos buscado em menor ou maior grau as explicações para tanta injustiça, tanto infortúnio e muitas vezes até nos culpamos e nos sentimos frustrados e impotentes quando vemos uma sociedade tão doentia, e desta forma sempre acreditamos que a responsabilidade é dos outros e ficamos esperando que os outros façam a sua parte, (O Governo, os Políticos a Imprensa) ou mesmo ficamos buscando culpados, mas sequer nos damos conta que quando temos estas atitudes, sempre estaremos delegando aos outros que SOLUCIONEM os nossos PROBLEMAS e desta forma ao transferir a nossa responsabilidade, também transferimos a nossa LIBERDADE e tudo isto faz com que vivamos enganados pela pseudo-democracia representativa, que nada mais é do que passar uma procuração pelo voto obrigatório para um bando de patifes agirem em nosso nome e fazerem o que bem entendem.

E pior, quando vamos em busca também de saber da nossa Origem Divina e o porquê estamos no mundo, e o que viemos nele fazer? Outro bando de calhordas se arvora no direito de serem os mediadores, os representantes do Divino aqui na Terra e ninguém nos oferece explicações convincentes, verdadeiras, apenas dogmas que não raramente nos fazem andar em círculos. Certamente eu não possuo as respostas, pois cada um que procure as suas e seria muita pretensão da minha parte neste texto querer fazê-lo, mas sinto e intuo que “vivemos” como apenas seres que nascem, estudam, trabalham, casam, consomem e seguem os rituais de conduta ditados pela Sociedade, de modo que, sem nenhuma outra perspectiva do que estas nos são oferecidas pelo “Status Quo” que são representados pelos Poderes Constituídos, pelas igrejas e seitas das mais diversas tendências, pela Mídia e pela Ciência.

O grande trabalho a ser feito é desconstruir os tabus, as mentiras convenientes de uma sociedade construída pela falácia de um sistema monetário virtual, os pensamentos viciados pela propaganda de um consumismo que faz com que as pessoas sempre queiram mais e mais (como faz o esperto carroceiro que pendura uma cenoura numa vara e põe a frente do cavalo para fazer com que ele ande sem jamais alcançá-la). Assim como este simplório exemplo podemos ter tantos outros, afinal eles têm a astúcia enquanto nós somos crédulos. Então podes pensar será que não estou tentando influenciar no teu juízo de valores? E eu pergunto que valores? Se tudo o que está acontecendo, e já acontece desde muito tempo, guerras em nome da Liberdade e da democracia, acordos que não se cumprem, violência fratricida, tudo isto está certo? Se está certo, então alguma coisa deve estar errada. Quero com isto mais uma vez pedir para que não te escandalizes com isto, mas deixe fluir o benefício da dúvida na forma da mais pura percepção e intuição e verás que muitos paradigmas serão quebrados, talvez até uma sensação de solidão se apodere de ti, mas é uma solidão reconfortante que permitirá ergueres a cabeça acima do “rebanho” e sentir um pouco de Liberdade, mas se preferires não dessacralizar os conceitos e padrões que escravizam os seres Humanos desde os mais longínquos tempos, e se preferes ficar numa zona de conforto e se és Feliz assim, tens o Livre Arbítrio que te permites ter.



Tibiriçá




Fonte: Prezado...Cara Pálida

2 comentários:

Ernesto Augustus disse...

Parabéns pela postagem, há tempos percebo que fazemos parte de uma sociedade programada, onde somos conduzidos para onde querem e na maior parte das vezes nem percebemos. Difícil é ser diferente em meio a irmãos, pais, amigos, parentes que vivem na zona de conforto e começam a lhe chamar de radical, dizem que você vai ficar depressivo e que não pode mudar o mundo, que é melhor aceitar as coisas da forma como estão do que perder os cabelos por algo que não consegue alterar. Triste.

Ernesto Augustus disse...

Parabéns pela postagem, há tempos percebo que fazemos parte de uma sociedade programada, onde somos conduzidos para onde querem e na maior parte das vezes nem percebemos. Difícil é ser diferente em meio a irmãos, pais, amigos, parentes que vivem na zona de conforto e começam a lhe chamar de radical, dizem que você vai ficar depressivo e que não pode mudar o mundo, que é melhor aceitar as coisas da forma como estão do que perder os cabelos por algo que não consegue alterar. Triste.

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