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quinta-feira, 31 de maio de 2012

China e Japão iniciam transações comerciais sem o dólar

  

 Os Governos do Japão e da China nesta terça-feira que, a 01 de junho, o plano de usar as suas moedas nacionais, o iene e
o yuan, respectivamente, para as transações no comércio de ambos os países, deixando de usar o dólar. 

Neste sentido o ministro das Finanças no Japão, Jun Azumi, disse: "A partir de 01 de junho, as taxas de câmbio iene / yuan indicam firmemente em ambos os mercados, proporcionando um intercâmbio pleno e direto de moedas." 


Este plano é realizado a fim de impulsionar o comércio bilateral e os investimentos, e por omissão do dólar como unidade de intermediário, "podemos reduzir custos de transação e tornar mais úteis as moedas dos dois países," disse Azumi. 

Enquanto isso, o Banco Popular da China (PBC) manifestou seu apoio a esta ação e do movimento que se qualifica como um passo importante para reforçar a cooperação entre os dois gigantes econômicos da Ásia.

É a primeira vez que a China se compromete a negociar com a sua moeda, sem usar o dólar como intermediário.   

Esta decisão faz parte de um acordo assinado em dezembro de 2011 entre os dois países para promover o negócio direto, sem a necessidade da moeda dos EUA.

Esta iniciativa ocorre numa altura em que os EUA procuram contrariar a crescente influência da China no mundo.  

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou em 26 de maio novas políticas para neutralizar a influência da China no mundo, temendo o poder crescente do país asiático.  

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Relembrando - Janeiro/2012

India pagará o petróleo do Irã com ouro

Uma delegação de alto nível indiana que chegou em Teerã na semana passada, acordou com o governo iraniano as novas formas de pagamento do petróleo, excluindo o dólar norte-americano. Esta medida tem um caráter forçado, já que Washington ampliou as sanções contra o Irã, incluindo as sanções para os bancos de terceiros países que utilizam dólares norte-americanos para o comércio com o país em causa.
Inicialmente, a Índia e o Irã pretenderam utilizar ienes japoneses ou rupias indianas para o pagamento do fornecimento de petróleo. No entanto, a escolha foi feita em favor de ouro. O Irã atualmente vende para Índia e China cerca de 1 milhão de barris de petróleo por dia. A China, seguindo o exemplo da Índia considera a possibilidade de pagar as importações de petróleo do Irã em ouro.

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O mundo deve começar a se preparar pois o "Império" falido Americano não permitirá que isso aconteça.


Será que veremos os drones de Barack Obama levando alguma ajuda humanitária aos asiáticos?
  
(Burgos Cãogrino)


  







Fonte: IraNews
 Voz da Russia

Victoria Grant - Menina Canadense de 12 anos; Uma lição a ser aprendida pelos adultos!







Fonte: cienciaeespiritualidade

"Quem sabe faz a hora, não espera acontecer"

Pra não dizer que não falei das flores







Fonte: Chebola

Se os tubarões fossem homens... Autor Bertolt Brecht

Para Meditar...








Fonte: Blog chebolas

Fome nos EUA: doze milhões de crianças à beira da morte

                                                            
                                            
O império e seus miseráveis

Estudo revela que uma em cada seis crianças norte-americanas menores de cinco anos passa fome e insegurança alimentar

Cenas de pobreza e miséria aparecem com freqüência em jornais de todo o mundo. Imagens que mostram geralmente a situação extrema em que vivem os povos na África, na América Latina ou no Sul da Ásia. 

Muito comum também é conhecer através da imprensa mundial a riqueza e o desenvolvimento nos países acima da linha do Equador. Europa, EUA, Rússia e Japão são sempre relacionados com avanço tecnológico, poder aquisitivo e alto nível de bem-estar social. 

Isso não quer dizer, no entanto, que o mundo seja exatamente assim. O colapso econômico mundial, a maior crise da história do regime capitalista, está levando à tona o que os países ricos sempre fizeram questão de esconder. 

No país mais rico do mundo, os EUA, milhões de crianças estão muito abaixo da linha de pobreza e denunciam uma realidade cada vez mais difícil de esconder.

O último informe da organização Feeding America (Alimentando a América), que defende a criação de um banco de alimentos nos EUA, revela que pelo menos 12 milhões de crianças estão à beira da fome em todo o país e mais de três milhões e meio de crianças com menos de cinco anos passam fome, uma cifra equivalente a 17% (um em cada seis) das crianças norte-americanas de cinco anos de idade ou menos. 

O informe “Insegurança alimentar infantil nos EUA: 2005-2007”, publicado no dia 7 de maio, é a primeira análise por estado que avalia a situação de crianças e bebês que vivem em regiões pobres do país. 

A organização se baseou em dados coletados pelo Departamento Federal de Agricultura (USDA, na sigla em inglês) e pelo Censo de 2005 e 2006.

Os dados revelam a deterioração das condições de vida da classe trabalhadora nos últimos cinco anos. A partir de 2005, a fome e a pobreza se extenderam rapidamente junto com o aumento do desemprego e com os rebaixamentos salariais.

“Feeding America concluiu que neste período precedente à aparição da crise econômica, em 11 estados mais de 20% das crianças pequenas corriam perigo de passar fome. 

Lousiana, com 24,2%, tem o índice mais alto de insegurança alimentar, seguido da Carolina do Norte, Ohio, Kentucky, Texas, Novo México, Kansas, Carolina do Sul, Tennessee, Idaho e Arkansas”.

Na Califórnia, os estudos concluíram que uma média 1,6 milhão de crianças se encontravam na extrema pobreza entre 2005 e 2007. 

No Texas, a média era de 1,47% milhão no mesmo período. Nenhum estado tem menos de 10% de sua população infantil exposta à fome. 

Até mesmo a “escassamente povoada” Dakota do Norte registrou um índice de 10,9%.


Segundo a USDA, mais de um milhão de pessoas foram inscritas em programas de assistência federal desde setembro do ano passado. Atualmente são 32, 5 milhões de norte-americanos recebendo auxílio alimentar do governo, mas o número pode ser bem maior em razão do aumento do desemprego e da pobreza. Uma grande parcela não teve ainda a oportunidade de se cadastrar. 

A organização Food Research and Action Center estima que mais de 16 milhões de pessoas estão procurando assistência alimentar federal, mas não conseguiram se inscrever no programa.

Uma reportagem publicada pelo New York Times no dia 9 de maio identificou uma profunda insuficiência dos programas de assistência nos estados. 

Na Califórnia, por exemplo, só a metade das pessoas que passam fome conseguiu se cadastrar em um programa de vale alimentação. 

Em outros estados, como Missouri, onde a inscrição das pessoas que reúnem os critérios do programa é de 98%, centenas de milhares de famílias trabalhadoras pobres inscritas estão recebendo cada vez menos ajuda a cada mês que passa.

Em conseqüência disso, cada vez mais famílias norte-americanas estão recorrendo a restaurantes populares e organizações de caridade. Ou então cortam as despesas e passam a consumir produtos mais baratos e de menor qualidade. 



Esta é a situação da maior potência econômica que a humanidade já conheceu. Cada vez mais milhões de famílias passam fome e perdem suas residências, sendo obrigadas a se alojarem em acampamentos improvisados ou até mesmo dentro de veículos. 


Estes são os ingredientes para a eclosão de uma enorme situação revolucionária que fermenta no seio da maior classe operária do mundo.




Fonte: pco.org.br

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Flame - o malware espião que está se infiltrando nos computadores iranianos





Publicado Revista Wired 30 Maio 2012
 Kim Zetter - Wired
Um enorme e altamente sofisticado malware foi recentemente encontrado infectando sistemas no Irã e alguns outros lugares. Acredita-se que seja parte de uma operação de cyber espionagem em curso, bem coordenada e estatal.

O malware, descoberto pela empresa de anti-vírus com sede na Rússia, Kaspersky Lab, é uma ferramenta de espionagem que tem infectado sistemas no Irã, Libano, Síria, Súdão, os Territórios Ocupados por Israel e outros países no Oriente médio e Norte da África por pelo menos dois anos.
  
                           
                
Chamado de “Flame” pela Kaspersky, o código malicioso é bem maior que o Stuxnet – o malware inovador de sabotagem de infraestrutura que acredita-se que tenha feito um estrago no programa nuclear do Irã em 2009 e 2010. Apesar do Flame ter um propósito e uma composição diferente do Stuxnet, e parecer ter sido escrito por um programador diferente, sua complexidade, o alcance geográfico de suas infecções e seu comportamento são fortes indícios de que um Estado-nação esteja por trás dele, ao invés de cyber criminosos comuns – marcando-o como outra ferramenta no crescente arsenal de cyber armamentos.

Os pesquisadores dizem que Flame pode ser parte de um projeto paralelo criado por empreiteiras que foram contratadas pela mesma equipe do Estado-nação que estava por trás do Stuxnet e seu malware irmão, DuQu.

“Stuxnet e DuQu pertenciam a um único ataque em cadeira, que levantou preocupações em relação à uma cyberguerra no mundo inteiro,” disse Eugene Kaspersky, CEO e co-fundador do Kaspersky Lab, em uma declaração. “O malware Flame parece ser outra fase nesta guerra e é importante entender que tais cyber armas podem ser facilmente usadas contra qualquer país.”

Uma análise inicial do Flame pelo Kaspersky Lab indica que ele foi projetado principalmente para espionar os usuários dos computadores infectados e roubar dados deles, incluindo documentos, conversações gravadas e teclas pressionadas. Ele também deixa uma porta aberta nos sistemas infectados que permite modificar o toolkit e adicionar novas funcionalidades.

O malware, que tem 20 megabytes quando todos os seus módulos são instalados, contém várias bibliotecas, bases de dados SQLite3, vários níveis de criptografia – alguns fortes, outros fracos – e 20 plug-ins que podem ser trocados para fornecer várias funcionalidades a quem está atacando. Ele até mesmo contém alguns códigos escritos em LUA – uma escolha incomum para um malware.

O Kaspersky Lab está dizendo que ele é “uma das ameaças mais complexas já descobertas.”
“Ele é fantástico e tem uma complexidade incrível”, disse Alexander Gostev, chefe dos especialistas de segurança no Kaspersky Lab.

O Flame aparentemente tem agido pelo menos desde Março de 2010, apesar de ter passado despercebido pelas empresas de antivírus.

“É um pedaço de código bem grande. E por isso é bem interessante que ele tenha passado despercebido por pelo menos dois anos”, Gostev disse. Ele ressaltou que algumas pistas no malware que podem na verdade datar de 2007, mais ou menos no mesmo período que o Stuxnet e o DuQu supostamente foram criados.

Gostev disse que devido ao seu tamanho e complexidade, uma análise completa do código pode levar anos.

“Nos tomou metade de um ano para analisar o Stuxnet”, ele disse. “este é 20 vezes mais complicado, vai levar uns 10 anos para compreendê-lo por completo.”

Kaspersky descobriu o malware cerca de duas semanas atrás depois que a União Internacional de Telecomunicações das Nações Unidas pediu ao Kaspersky Lab para observar relatos de abril de que os computadores pertencentes ao Ministério do Petróleo do Irã e a Companhia Nacional de Petróleo iraniano foram afetadas por malware que estava roubando e apagando informações dos sistemas. O malware foi chamado nos notíciarios de “Wiper” e também de “Viper”, uma discrepância que pode se atribuir a uma confusão na tradução.

Os pesquisadores da Kaspersky pesquisaram através do seu arquivo de relatos, que contém nomes de arquivos suspeitos enviados automaticamente de computadores de consumidores para que os nomes possam ser comparados com listas de malwares conhecidos, e encontraram um algoritmo hash MD5 e um nome de arquivo que pareciam ter sido implementados apenas em computadores do Irã e outros países do Oriente Médio. Conforme os pesquisadores procuravam mais, eles encontraram outros componentes infectando as máquinas na região, o que eles relacionaram como sendo partes do Flame.

Entretanto, a Kaspersky está atualmente tratando o Flame como se não estivesse ligado ao Wiper/Viper, e acredita que é uma infecção completamente diferente. Os pesquisadores apelidaram o toolkit de “Flame” por causa do nome de um módulo dentro dele.

Entre os muitos módulos do Flame, existe um que liga o microfone interno de uma máquina infectada para gravar secretamente conversações que ocorrem no Skype ou nas proximidades do computador; um módulo que transforma os computadores com Bluetooth em um farol Bluetooth, que procura por outros dispositivos com Bluetooth ligado nas proximidades para extrair nomes e números de telefones da pasta de contatos; e um módulo que pega e armazena screenshots frequentes de atividade na máquina, tais quais comunicações através de e-mail ou mensagens instantâneas e as envias através de um canal SLL secreto para os servidores de comando e controle das pessoas que estão por trás do ataque.

O malware também tinha um componente localizador que podia examinar todo o tráfego em na rede local de uma máquina infectada e coletar nomes de usuário e senhas que são transmitidas através da rede. Os intrusos aparentemente usavam este componente para roubar contas de administrador e ter privilégios em outras máquinas ou partes da rede.

O Flame também contém um módulo chamado Viper, adicionando ainda mais confusão na questão do Wiper/Viper, mas este componente é usado para transferir dados roubados de máquinas infectadas para servidores de comando e controle. Relatos de notícias de fora do Irã indicam que o programa Wiper/Viper que infectou o Ministério do Petróleo foi projetado para deletar grandes quantidades de dados dos sistemas infectados.

Os pesquisadores examinaram um sistema que foi destruído pelo Wiper/Viper e não encontraram traços desse malware nele, impedindo-os de compará-lo aos arquivos do Flame. O disco destruído pelo Wiper/Viper estava repleto principalmente de lixo aleatório, e quase nada pode ser recuperado dele, Gostev disse. “Nós não vimos nenhum sinal do Flame naquele disco.”
 

Como o Flame é muito grande, ele é carregado no sistema por partes. A máquina primeiro é atingida por um componente de 6 megabytes, que contém cerca de meia dúzia de módulos compactados. O componente principal extrai, descompacta e descriptografa estes módulos e grava-os em vários locais do disco. O número de módulos em uma infecção depende do que os invasores querem fazer em uma máquina em particular.

Uma vez que os módulos estão descompactados e carregados, o malware se conecta e um dos cerca de 80 domínios de comando e controle para enviar informações sobre as máquinas infectadas para os invasores e ficam aguardando mais instruções. O malware contém uma lista de cerca de cinco domínios, mas também tem uma lista atualizável, na qual as pessoas responsáveis pelo ataque podem adicionar novos domínios se os outros tiverem sido derrubados ou abandonados.

Apesar do malware aguardar mais instruções, os vários módulos nele podem tirar screenshots e fuçar a rede. O módulo de screenshots grava imagens da tela a cada 15 segundos quando um aplicativo de comunicação de alto valor está sendo usado, como por exemplo mensagens instantâneas ou Outlook, e uma vez a cada 60 segundo quando outros aplicativos estão sendo usados.

Embora o toolkit do Flame não parecer ter sido escrito pelos mesmos programadores que escreveram o Stuxnet e DuQu, ele compartilha algumas coisas interessantes com o Stuxnet.


Acredita-se que o Stuxnet tenha sido escrito através de uma parceria entre Israel e os Estados Unidos, e foi lançado pela primeira vez em Junho de 2009. Acredita-se que ele foi projetado para sabotar as centrífugas usadas no programa de enriquecimento de urânio do Irã. DuQu foi uma ferramenta de espionagem descoberta em máquinas no Irã, Sudão, e alguns outros lugares em 2011 que foi projetada para roubar  documentos e outros dados de máquinas. Stuxnet e Duqu aparentemente foram feitos no mesmo framework, usando partes idênticas e técnicas similares.

Mas o Flame não lembra nenhum dos dois nem no framework, design ou funcionalidade.

Stuxnet e DuQu foram feitos de códigos compactos e eficientes, que foram reduzidos ao básico. O Flame tem 20 megabytes de tamanho, comparado com os 500 kilobytes do Stuxnet, e contém um monte de componentes que não são usados pelo código por padrão, mas parecem estar lá para fornecer aos atacantes opções para ativar depois da instalação.

“Era óbvio que o DuQu tinha a mesma fonte do Stuxnet, mas não importa quanto procurássemos por similaridades [no Flame], não havia nenhuma,” Gostev disse. “Tudo é completamente diferente, com exceção de duas coisas específicas.”

Uma delas é uma interessante função de exportação tanto no Stuxnet, quanto no Flame, que pode acabar ligando os dois malwares em uma análise mais aprofundada, disse Gostev. A função de exportação permite que o malware seja executado no sistema.

Além disso, assim como o Stuxnet, o Flame tem a habilidade de se espalhar infectando dispositivos USB usando o autorun e vulnerabilidades .lnk que o Stuxnet usou. Ele também usa a mesma vulnerabilidade no serviço spooler de impressão que o Stuxnet usou para se espalhar em computadores em uma rede local. Isso sugere que os autores do Flame podem ter tido acesso ao mesmo menu de exploits que os criadores do Stuxnet usaram.

Entretanto, diferente do Stuxnet, o Flame não se replica automaticamente sozinho. Os mecanismos de difusão estão desligados por padrão e precisam ser ligados pelos invasores antes do malware se espalhar. Uma vez que ele infecta um dispositivo USB inserido em uma máquina infectada, o exploit USB é desabilitado imediatamente.

Isso é provavelmente destinado a controlar a propagação do malware e diminuir a possibilidade dele ser detectado. Isso pode ser a resposta dos invasores para a contaminação fora de controle que ocorreu com o Stuxnet e que acelerou a descoberta daquele malware.

É possível que os exploits estivessem ativados nas primeiras versões do malware que permitiram a ele se espalhar automaticamente, mas foram desabilitadas depois que o Stuxnet se tornou público em Julho de 2010 e depois das vulnerabilidades .lnk e spooler de impressão terem sido corrigidas. O Flame foi lançado antes da descoberta do Stuxnet, e a Microsoft corrigiu as vulnerabilidade .lnk e no spooler de impressão em agosto e setembro de 2010. Qualquer malware tentando usar as vulnerabilidades agora seria detectado se as máquinas infectadas estivessem rodando versões atualizadas de programas antivírus. O Flame, na verdade, verifica a presença de versões atualizadas destes programas em uma máquina e, baseado no que encontra, determina se um ambiente contribui para usar os exploits para se espalhar.

Os pesquisadores dizem não saber ainda como a infecção inicial do Flame ocorre em uma máquina antes de começar a se espalhar. O malware tem a habilidade de infectar um computador com Windows 7 totalmente atualizado, o que sugere que pode existir um exploit zero-day no código que os pesquisadores ainda não encontraram.

O primeiro sinal do Flame que a Kaspersky encontrou em sistemas de clientes foi um nome de arquivo pertencente ao Flame que apareceu no computador de um cliente no Líbano em 23 de agosto de 2010. Uma pesquisa de internet no nome do arquivo mostrou que a empresa de segurança Webroot tinha relatado o mesmo arquivo aparecendo em um computador no Irã em 1º de março de 2010. Mas buscas online pelo nome de outros arquivos únicos encontrados no Flame mostram que eles podem ter estado por aí até antes dessa data. Pelo menos um componente do Flame parece ter aparecido em máquinas na Europa em 5 de dezembro de 2007 em em Dubai em 28 de abril de 2008.

Kaspersky estima que o Flame infectou cerca de 1000 máquinas. Os pesquisadores chegaram a este número calculando a quantidade de clientes que foram infectados e estimando o número de máquinas infectadas que pertencem a clientes de outras empresas de anti-vírus.

Todas as infecções que os clientes da Kaspersky parecem ter sofrido não mostram indicações de que uma indústria específica, tal qual a de energia, ou sistemas específicos, tais quais sistemas de controle industrial foram escolhidos. Ao invés disso, os pesquisadores acreditam que o Flame foi projetado para ser uma ferramenta versátil que até agora infectou uma grande variedade de vítimas. Entre os atingidos estão indivíduos, empresas privadas, instituições educacionais e organizações governamentais.

Symantec, que também começou a analisar o Flame (que ela chama de “Flamer”), diz que a maioria de seus clientes que foram afetados pelo vírus residem na Cisjordânia Palestina, Hungria, Irã e Líbano. Eles receberam relatórios adicionais de máquinas de clientes na Áustria, Rússia, Hong Kong e Emirados Árabes Unidos.

Pesquisadores dizem que a data de compilação dos módulos do Flame parece ter sido manipulada pelos criadores, talvez numa tentativa de impedir que os pesquisadores determinassem quando os arquivos foram criados.

“Quem quer que tenha criado foi cuidadoso o suficiente para bagunçar as datas de compilação em cada um dos módulos”, disse Gostev. “Os módulos parecem ter sido compilados em 1994 e 1995, mas eles estão usando um código que foi lançado apenas em 2010.”

O malware não tinha uma data de validade, apesar dos operadores poderem enviar um módulo de auto-destruição se necessário. O módulo, chamado browse32, procura por todos os traços do malware no sistema, incluindo arquivos guardados repletos de screenshots e dados roubados pelo malware, e os elimina, apagando qualquer vestígio que possa ter ficado.

“Quando o modulo de auto-destruição é ativado, não sobra absolutamente nada”, disse Gostev.

ATUALIZAÇÃO: A Equipe de Reação de Emergência de Computadores do Irã anunciou na segunda-feira que havia desenvolvido um detector para descobrir o que ela chama de malware “Flamer” em máquinas infectadas e entregou a organizações selecionadas no começo de maio. Ela também desenvolveu uma ferramenta de remoção do malware. Kaspersky acredita que o malware “Flamer” é o mesmo Flame que seus pesquisadores analisaram.


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 EUA introduzem controle total da Internet


Se tiver dúvidas, basta conhecer a lista de palavras utilizadas pelo Ministério de Segurança Nacional (MSN) dos Estados Unidos (The Department of Homeland Security) para monitorar sítios e redes sociais na Internet.
 
No sábado passado, o jornal britânico The Daily Mail publicou esta lista, comunicando que o MSN foi obrigado a divulgar este documento após uma exigência da organização de interesse público Electronic Privacy Information Center (centro informativo de proteção da privacidade na rede).

A lista composta por centenas de palavras e frases feitas é impressionante. É difícil supor que o emprego de tais palavras como “México” ou “China” por particulares no Facebook seja captado por programas especiais. A lista inclui praticamente todo o Extremo Próximo – Iraque, Irã, Afeganistão, Paquistão, Iémen, assim como a Coreia do Norte, Colômbia e Somália.

O princípio de seleção é compreensível: a lista é dividida em tais categorias como “segurança interna”, “segurança nuclear”, “saúde e gripe aviária”, “segurança infraestrutural”, “terrorismo” e outras. Compreende-se também a presença de expressões e palavras-chave, tais como “bomba suja”, “reféns”, “sarin”, “jihad”, “Al-Qaeda”. Mas ao lado encontram-se palavras do léxico habitual de qualquer usuário pacífico da Internet – “nuvem”, “neve”, “carne de porco”, “químico”, “ponte”, “vírus”…

Pode ficar sob vigilância o autor do postsobre o Smart, carro popular na Europa, ou aquele que faça mencionar a história sobre Caim e Abel. Destaque-se que se monitora o próprio termo de “rede social”, ligado praticamente a tudo que se utilize pela rede mundial.

Os peritos do Electronic Privacy Information Center consideram que a lista inclui muitas palavras que tenham sentidos diferentes, o que ameaça as garantias concedidas pela Primeira emenda da Constituição dos Estados Unidos, que proclama a liberdade de expressão.

O Ministério de Segurança Nacional aceita em certo grau estas críticas. Segundo o secretário de imprensa do departamento, Matthew Chandler, é necessário considerar os algoritmos de programas de pesquisa. Ao mesmo tempo, em entrevista à edição eletrônica Huffington Post, Chandler declarou que a atividade do monitoramento da Internet se encontra na etapa inicial, sendo voltada para prevenir o terrorismo e controlar cataclismos naturais. Por outro lado, o responsável rejeitou quase automaticamente as suspeitas de o ministério ter utilizado as suas potencialidades para controlar a dissidência. Contudo, a julgar pela atividade do Electronic Privacy Information Center, não todos concordam com ele.

Ao mesmo tempo, o monitoramento da Internet e das redes sociais seria muito difícil sem a interação com líderes das tecnologias informativas. A Forbs escrevia neste contexto que, pelos vistos, o Ministério de Segurança Nacional tenha certos acordos com tais companhias como Google, Facebook, Twitter e outras que permitem obter acesso a alguns programas de computador e controlar a Internet em regime próximo de tempo real.

Entretanto, as maiores companhias dispõem de informações gigantescas sobre usuários da sua produção. No ano passado, tornou-se pública uma investigação do Wall Street Journal, conforme a qual o Google e a Apple recolham, como se verificou, a informação sobre o paradeiro de seus clientes não apenas através de gadgets portáteis, mas também com a ajuda de PC. Segundo a edição, a Apple guarda os dados sobre deslocamentos de seus usuários através de seus computadores Macintosh ligados à rede Wi-Fi. O Google faz o mesmo através de PC, cujos proprietários entram na Internet através do browser Google Chrome. Como destaca o jornal, as duas companhias declaram que a conservação destes dados é restritamente confidencial e que elas “não têm quaisquer intenções secretas”.

Mas tal significa que de qualquer modo você é espiado.

Pergunte-se contudo quão são amplas geograficamente as potencialidades do Big Brother, descritas ainda em 1949 no romance de George Orwell “1984”.

Na semana passada, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, declarou que especialistas quebraram com êxito o sítio da Al-Qaeda no Iémen e lá instalaram sua informação. Esta declaração foi qualificada como o primeiro reconhecimento de que os Estados Unidos efetuam operações cibernéticas. Mas é importante também a envergadura global da atividade que não reconhece fronteiras e barreiras linguísticas.



Fonte: DefesaNet



CANADÁ - Há uma pressao social (e agora econômica!) -Terá o mesmo destino da EUROPA???

Publico aqui o email que recebi da amiga Vavá que mora no Canadá.

Oi!
Aqui em Montreal, desde fevereiro, estudantes estão em greve contra a alta nas taxas de escolaridade.
O governo primeiramente os ignorou , o movimento cresceu e ganhou força... finalmente o governo tentou negociar com propostas rasas, sem sucesso.
O impasse dura mais de três meses, manifestacões diárias tomam as ruas da cidade, varios atentados ao metrô, invasões de um grupo de "cyber terroristas" ao site do governo, do Grande Premio de Formula 1, entre outros... até passeata de "pelados"!

E enfim o governo impôs uma lei (78) que impede manifestacões populares sem aviso prévio (de quantidade de pessoas, itinerario etc), greves estudantis etc... e que aplica multas altíssimas aos civis. essa foi uma decisao repressora, de censura contra a liberdade de expressão. Somos noticia no mundo inteiro, mas pouco vejo por ai....
 
Há quase tres semanas mais de 600 pessoas foram presas, e o povo saiu (mais uma vez) as ruas - familias, pais, professores... TODO mundo com panelas em punhos. personagens carismaticos foram criados e ganharam popularidade, assim como os líderes estudantis... grandes novos politicos! E o primeiro ministro daqui, Jean Charest,nada.. ganhou a antipatia do povo.

Acho importante divulgar o que vem acontecendo, desde ontem, associações de estudantes e o governo estão reunidos na cidade de Quebec (capital da provincia do Quebec) para tentar um acordo, pois final de semana do dia 10 tem premio de Formula 1 aqui, e no final do mês começam os festivais de verão e as reservas de hoteis estao abaixo do esperado...

Há uma pressao social (e agora econômica!) para resolver o problema.


Te mando alguns links.




http://www.radio-canada.ca/regions/Montreal/2012/05/03/004-manifestations-etudiants-montreal.shtml


http://www.lapresse.ca/le-soleil/actualites/societe/201205/25/01-4528727-banane-rebelle-continuera-de-manifester.php


https://www.facebook.com/photo.php?fbid=227459837365899&set=a.218855571559659.41372.218855501559666&type=1&theater

http://fr.canoe.ca/infos/quebeccanada/politiqueprovinciale/archives/2012/05/20120529-103012.html
 Jean Charest 
Photo: Agence QMI / Archives


http://www.radio-canada.ca/regions/Montreal/2012/05/20/003-montreal-27e-manifestation-conflit-etudiant.shtml?isAutoPlay=1


http://www.cbc.ca/news/canada/montreal/story/2012/05/22/montreal-day-100-student-strike.html


http://www.petitpetitgamin.com/2012/05/25/la-plus-belle-video-sur-les-casseroles-de-montreal/



Divulguem!!!



Michel Chossudovsky: A opção salvadorenha para a Síria



Modelado nas operações secretas dos EUA na América Central, a "opção salvadorenha para o Iraque", iniciada pelo Pentágono em 2004 foi executada sob o comando do embaixador dos EUA no Iraque John Negroponte (2004-2005) em conjunto com Robert Stephen Ford, que em janeiro de 2011 foi nomeado embaixador dos EUA na Síria, menos de dois meses antes de começar a insurgência armada contra o governo de Bashar al-Assad.


Por Michel Chossudovsky, no GlobalResearch 
 
"A opção salvadorenha" é um "modelo terrorista" de assassinatos em massa por esquadrões da morte patrocinados pelos EUA. Ela foi aplicada primeiramente em El Salvador, no auge da resistência contra a ditadura militar, resultando em cerca de 75 mil mortes.

John Negroponte foi embaixador dos EUA em Honduras de 1981 a 1985. Como embaixador em Tegucigalpa ele desempenhou um papel chave no apoio e supervisão dos mercenários Contra nicaraguenses que estavam baseados em Honduras. Os ataques além fronteiras dos Contra, na Nicarágua, ceifaram cerca de 50 mil vidas civis.

Em 2004, John Negroponte foi nomeado embaixador dos EUA no Iraque, com um mandato muito específico.

Negroponte, o arquiteto dos esquadrões da morte. O embaixador estadunidense na Síria (nomeado em janeiro de 2011), Robert Stephen Ford, fez parte da equipe de Negroponte na Embaixada dos EUA em Bagdá (2004-2005). A "Opção salvadorenha" para o Iraque estabeleceu as bases para o lançamento da insurgência na Síria, em março de 2011, a qual começou na fronteira Sul, na cidade de Daraa.

Em relação a acontecimentos recentes, as matanças e atrocidades cometidas que resultaram em mais de 100 mortes incluindo 35 crianças na cidade fronteiriça de Hula, em 27 de maio, eles foram, com toda a probabilidade, executados sob o que pode ser descrito como uma "Opção salvadorenha para a Síria".

O governo russo exigiu uma investigação

"À medida que a informação goteja de Hula, Síria, próxima à cidade de Homs e da fronteira sírio-libanesa, torna-se claro que o governo sírio não foi responsável por bombardear até à morte cerca de 32 crianças e seus pais, como é periodicamente afirmado e negado pelas mídias ocidentais e mesmo a própria ONU. Parece, ao invés, que havia esquadrões da morte em quarteirões próximos – acusados por "ativistas" anti-governo como sendo "bandidos pró-regime" ou "milícias" e pelo governo sírio como trabalho de terroristas da Al-Qaida ligados a intrusos estrangeiros". (Ver Tony Cartalucci, Syrian Government Blamed for Atrocities Committed by US Sponsored Deaths Squads , Global Research, May 28, 2012)

O embaixador Robert S. Ford foi despachado para Damasco no fim de janeiro de 2011 no momento do movimento de protesto no Egipto. (O autor estava em Damasco em 27 de janeiro de 2011 quando o enviado de Washington apresentou as suas credenciais ao governo Al-Assad).

No princípio da minha visita à Síria, em janeiro de 2011, refleti sobre o significado desta nomeação diplomática e o papel que poderia desempenhar num processo encoberto de desestabilização política. Não previ, contudo, que esta agenda de desestabilização seria implementada dentro de menos de dois meses a seguir à posse de Robert S. Ford como embaixador dos EUA na Síria.

O restabelecimento de um embaixador dos EUA em Damasco, mas mais especificamente a escolha de Robert S. Ford como embaixador dos EUA, dá azo a um relacionamento direto com o início da insurgência integrada por esquadrões da morte em meados de março de 2011, contra o governo de Bashar al-Assad.

Robert S. Ford era o homem para este trabalho. Como "Número Dois" na embaixada do EUA em Bagdá (2004-2005) sob o comando do embaixador John D. Negroponte, ele desempenhou um papel chave na implementação da "Opção salvadorenha no Iraque" do Pentágono. Esta consistiu em apoiar esquadrões da morte e forças paramilitares iraquianas modeladas na experiência da América Central.

Desde a sua chegada a Damasco no fim de janeiro de 2011 até ser chamado de volta a Washington em outubro de 2011, o embaixador Robert S. Ford desempenhou um papel central em preparar o terreno dentro da Síria bem como em estabelecer contatos com grupos da oposição. A embaixada do EUA foi a seguir encerrada em fevereiro. Ford também desempenhou um papel no recrutamento de mercenários mujaedines junto a países árabes vizinhos e na sua integração dentro das "forças de oposição" sírias. Desde a sua partida de Damasco, Ford continua a supervisionar o projeto Síria fora do Departamento de Estado dos EUA.

"Como embaixador dos Estados Unidos junto à Síria – uma posição que o secretário de Estado e o presidente mantêm – trabalharei com colegas em Washington para apoiar uma transição pacífica para o povo sírio. Nós e nossos parceiros internacionais esperamos ver uma transição que estenda a mão e inclua todas as comunidades da Síria e que dê a todos os sírios esperança de um futuro melhor. O meu ano na Síria diz-me que uma tal transição é possível, mas não quando um lado inicia constantemente ataques contra pessoas que se abrigam nos seus lares". ( US Embassy in Syria Facebook page )

"Transição pacífica para o povo sírio"? O embaixador Robert S. Ford não é um diplomata vulgar. Ele foi o representante dos EUA em Janeiro de 2004 na cidade xiita de Najaf, no Iraque. Najaf era a fortaleza do exército Mahdi. Poucos meses depois ele foi nomeado o "Homem Número Dois" (Ministro Conselheiro para Assuntos Políticos) na embaixada dos EUA em Bagdá no princípio do mandato de John Negroponte como embaixador no Iraque (junho 2004 – abril 2005). Ford a seguir serviu sob o sucessor de Negroponte, Zalmay Khalilzad, antes da sua nomeação como embaixador na Argélia em 2006.

O mandato de Robert S. Ford como "Número Dois" sob o comando do embaixador Negroponte era coordenar fora da embaixada o apoio encoberto a esquadrões da morte e grupos paramilitares no Iraque tendo em vista fomentar a violência sectária e enfraquecer o movimento de resistência.

John Negroponte e Robert S. Ford, na embaixada dos EUA, trabalhavam em estreita colaboração no projeto do Pentágono. Dois outros responsáveis da embaixada, principalmente Henry Ensher (vice de Ford) e um responsável mais jovem na seção política, Jeffrey Beals, desempenharam um papel importante na equipe "conversando com um conjunto de iraquianos, incluindo extremistas". (Ver The New Yorker, March 26, 2007). Outro ator individual chave na equipe de Negroponte era James Franklin Jeffrey, embaixador dos EUA na Albânia (2002-2004).

Vale a pena notar que o recém nomeado chefe da CIA nomeado por Obama, general David Petraeus, desempenhou um papel chave na organização do apoio encoberto a forças rebeldes da Síria, na infiltração da inteligência síria e nas forças armadas.

Petraeus desempenhou um papel chave na "Opção salvadorenha do Iraque". Ele dirigiu o programa "Contra-insurgência" do Comando Multinacional de Segurança de Transição em Bagdá em 2004 em coordenação com John Negroponte e Robert S. Ford na Embaixada dos EUA.

A CIA supervisiona operações secretas na Síria. Em meados de março, o general David Petraeus encontrou-se com seu confrades da inteligência em Ancara, para discutir apoio turco ao Free Syrian Army (FSA) (CIA Chief Discusses Syria, Iraq With Turkish PM , RTT News, March 14, 2012)

David Petraeus, o chefe da CIA, efetuou reuniões com altos oficiais turcos ontem e em 12 de março, soube o Hürriyet Daily News. Petraeus encontrou-se ontem com o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan e seu colega turco, Hakan Fidan, chefe da Organização de Inteligência Nacional (MIT), no dia anterior.

Um responsável da Embaixada dos EUA disse que responsáveis turcos e americanos discutiram "muito frutuosamente as mais prementes questões da cooperação na região para o próximos meses". Responsáveis turcos disseram que Erdogan e Petraeus trocaram pontos de vista sobre a crise síria e o combate anti-terror. (CIA chief visits Turkey to discuss Syria and counter-terrorism | Atlantic Council , March 14, 2012)

Ver também:
 

Dr Bashar Al-Ja’afari’s Press Conference at the UN (resposta do embaixador da Síria à declaração da ONU acerca do massacre de Hula)
Phony ‘Hula Massacre’: How Media Manipulates Public Opinion For Regime Change in Syria
Syria: Guardian's Hula Massacre Propaganda Stunt Uses "Little Kid". Another case of reckless journalism aimed at selling war






Fonte: Resistir.Info,  Original no GlobalResearch
Imagem: Google (colocadas por este blog)

terça-feira, 29 de maio de 2012

Apelo do Dr. Rath às pessoas da Alemanha, da Europa e de todo mundo, Berlim 13.03.2012



Reproduzo aqui o excelente vídeo que assisti no Blog infinitoaldoluiz




Vivemos em tempos de mudança!
Claro que o Status Quo tenta defender-se contra isto.

 
Se tiver algumas questões, visite-nos: http://www.wiki-rath.org/



A partir deste evento realizado a 13.03.2012 em Berlim, o Dr. Rath apela às pessoas na Alemanha e na Europa para assumirem responsabilidades. É um apelo para construir juntamente uma Europa democrática para o povo e pelo povo -- e para um sistema de saúde orientado na prevenção e eliminação de doenças, a nível mundial. Os resultados disponíveis de pesquisa de terapias naturais, cientificamente comprovados, demonstra que a aplicação destes conhecimentos vai diminuir muitas doenças comuns a uma fracção de seu estado presente. Infelizmente, este "mundo deslumbrante sem doenças" não nos é oferecido, pois cada uma destas doenças representa um mercado de biliões para a indústria farmacêutica. Se querermos criar este mundo para nós e para os nossos filhos, então temos que nos empenhar. Agora!

A 13 de Novembro de 2007 realizou-se na cidade polaca de Auschwitz, o local do "Campo de concentração Nazi de Auschwitz", um acontecimento histórico.
Nesta cidade, onde se cometeram os maiores crimes contra a humanidade, surgiu o plano para uma nova Europa. Tomando em conta o papel importante do cartel petrolífero como do cartel farmacêutico na segunda guerra mundial e nos crimes cometidos em Auschwitz, os sobreviventes do "Campo de concentração" levantaram mais uma vez a sua voz moral -- possivelmente pela ultima vez -- para exigir do povo uma Europa para o povo.


http://www.eu-referendum.org/english/petitions/europe_for_the_people_info.html


Além do mais eles entregaram ao Dr. Rath e á Fundação o prémio "Relay of Life" com o mandato de ajudar a levar a mensagem "Nunca mais" para a próxima geração. 


O discurso do Dr. Rath na recepção do prémio está aqui documentado:








Fonte: retirado do Blog infinitoaldoluiz

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Venezuela afirma que cabo de fibra ótica para Cuba está operando



Marina Terra | Opera Mundi

Com isso, país caribenho terá acesso mais fácil à internet, sem precisar utilizar a telefonia via satélite.





O governo da Venezuela informou que o o cabo de fibra ótica submarino conectado com Cuba está em funcionamento. Isso significa que o país caribenho, antes dependente da telefonia via satélite, poderá acessar a internet com mais facilidade e rapidez. O embargo dos Estados Unidos impedia que Cuba ligasse cabos a outros países.



O ministro venezuelano do Poder Popular para a Ciência, Tecnologia e Inovação, Jorge Arreaza, lembrou nesta quinta-feira (24/05) que o projeto, que custou 70 milhões de dólares, tem um ano e soma 600 quilômetros de cabo da Venezuela até a ilha, tento ainda outros 236 quilômetros até a Jamaica.

"Agora basta Cuba acionar o cabo. É um país soberano, eles decidirão quando isso irá acontecer", sublinhou. Ele também destacou que a capacidade do cabo submarino é de 640 gigabytes por segundo. O projeto foi executado pela empresa francesa Alcatel-Lucent.

Em coletiva de imprensa em Caracas, Arreaza recordou que a Venezuela já tem conexão por meio dessa tecnologia com Colômbia, Brasil e o Caribe. "Na Venezuela, o cabo submarino nos permite novas conexões e alimentar as redes internas de fibra ótica."






* Com informações da AVN (Agência Venezuelana de Notícia) e CubaDebate

Fonte: Retirado do site Solidários

Defesa da soberania une povo sírio






Face aos relatos difundidos pela generalidade da comunicação social relativos à situação na Síria, Tiago Vieira e Filipe Ferreira admitem ter partido com expectativas ensombradas quanto ao que iriam encontrar. Na verdade, constataram que a vida em Damasco e Lathakia – as cidades que visitaram integrados numa delegação composta por organizações de 24 países – prossegue com relativa normalidade.

As ruas apresentavam o movimento de "cidades agitadas", com "pessoas ocupadas pelo quotidiano", por aqueles dias "rodeadas de propaganda eleitoral", lembrou Tiago Vieira. "Os cafés, bares e lojas, os transportes e os serviços públicos funcionavam sem sobressaltos e os mercados encontravam-se abastecidos de produtos frescos", acrescentou Filipe Ferreira, isto apesar das autoridades admitirem que os ataques dos bandos armados nas zonas agrícolas têm afastado muita gente do trabalho no campo, com consequências na produção de bens, e das sanções impostas pelas potências imperialistas terem algum impacto econômico, explicou o dirigente do CPPC.

A imagem de um país repleto de polícias e militares revelou-se igualmente falsa. "Alguns membros da delegação que integrámos notaram mesmo que nos seus países a presença de forças da ordem é muito mais ostensiva", disseram.

A quebrar a normalidade, apenas as medidas tomadas para a protecção dos edifícios públicos, o que não causa estranheza dados os ataques bombistas dos últimos meses na Síria.

"Um dia estávamos a jantar no centro de Damasco e um amigo telefonou-me muito preocupado com as informações que estavam a ser difundidas em Portugal. Disse-me que se falava de bombardeamentos e caos na cidade. Eu respondi-lhe que não se passava nada", relatou Tiago Vieira.

"Isto não quer dizer que não há combates. Há. Mas o ambiente de conflito e insegurança permanentes é falso", afirmou.

Conflito manipulado

A manipulação da informação sobre os acontecimentos na Síria foi, aliás, uma das marcas mais impressivas da viagem, referiram. "Chegamos a sentir-nos perplexos com a diferença entre a realidade que observávamos e a informação veiculada pelos media", frisou Tiago Vieira.

Saliente na experiência de Tiago Vieira e Filipe Ferreira, também, "o grande sentimento de unidade daquele povo, não necessariamente em torno do governo, mas em defesa da soberania e independência do país", esclareceu o dirigente da JCP.

"Foi interessante ouvir as críticas ao governo sírio, mas, ao mesmo tempo que o faziam, as pessoas repudiavam os actos terroristas", aduziu ainda Tiago Vieira.

"Abordavam-nos na rua pensando que éramos observadores da ONU. Explicávamos que não e elas prosseguiam a conversa, pedindo que, nos nossos países, descontruíssemos a ideia criada em relação aos acontecimentos na Síria", disse, por seu lado Filipe Ferreira.

Para o dirigente do CPPC, outro facto relevante foi o apuramento dos dados do conflito. "As autoridades disseram-nos que, em média, são mortos pelos terroristas 15 soldados por dia" e "admitiram que actualmente os confrontos ocorrem no Norte do território e nas zonas de fronteira com o Líbano e a Turquia", sobretudo "com incursões relâmpago".
"Ninguém nos ocultou a realidade", insistiu Filipe Ferreira. Para além da liberdade de que gozaram para falar com a população, "vimos a entrega de corpos de soldados mortos às respectivas famílias. Visitámos hospitais e falámos com militares feridos que, na sua maioria, nos diziam ter combatido bandos onde operavam estrangeiros, facto que reforça a ideia de que na Síria estão em acção muitos mercenários".

Os representantes do governo com quem os membros da delegação falaram "também nos confirmaram que são precisamente esses mercenários os responsáveis pela esmagadora maioria dos mortos nas manifestações", chegando mesmo a "descarregar metralhadoras contra os manifestantes para criar o tal clima de medo e caos que tem sido propagandeado", precisou Tiago Vieira.

Futuro nas mãos do povo

Integrados no programa da visita acolhida pela União Nacional de Estudantes Sírios, estiveram, igualmente, contactos e reuniões com várias organizações políticas, sociais e sindicais sírias, com líderes religiosos e comunitários.

O balanço que Tiago Vieira e Filipe Ferreira fazem destes encontros é positivo, sobretudo porque permitiram perceber que a contestação a certas orientações governamentais é real e encarada pelo regime com normalidade, e que essas mesmas «políticas de cariz neoliberal, de privatizações" estiveram na base do "agravamento do desemprego ou a subida da inflação", destacou Tiago Vieira.

A questão é que, a dada altura, "as facções reaccionárias que pretendiam transformar o movimento reivindicativo num promotor da guerra civil e da intervenção estrangeira escorraçaram as organizações de cariz progressista".

Filipe Ferreira vai mesmo mais longe e recorda que
"grande parte da oposição desvinculou-se do caminho violento e, percebendo que estava em causa a soberania e independência, encetaram um processo de diálogo com o governo e uniram-se em torno da ideia de que o futuro do país só pode ser decidido pelo povo sírio".







Fonte: Cebrapaz
Imagem: Google (colocada por este blog)

domingo, 27 de maio de 2012

A intervenção criminosa dos EUA em Honduras e América Central

 

 O recente massacre de integrantes da comunidade miskita no Rio Patuca, em Honduras, no último 11 de maio, quando dois helicópteros da agência anti-drogas dos EUA (DEA sigla em inglês), dispararam sobre uma canoa onde trabalhavam camponeses, matando duas mulheres grávidas, dois homens e ferindo gravemente a outros quatro.

Por Rina Bertaccini*


Este fato evidencia não só a continuidade do terrorismo de Estado imposto pelo golpe militar de 2009 contra o presidente Manuel Zelaya, mas também a trágica ocupação militar norte-americana no país.

Por trás deste ataque que "se investiga" em Washington, segundo informam, não só se adverte a militarização estadunidense de Honduras, com cinco bases e centros de operações além da base de Palmerola (estratégica para a IV Frota) , mas que se trata de um ataque direto contra os miskitos, para facilitar a ocupação da zona e a imposição do corredor mesoamericano de agro combustíveis.


Os assassinatos cotidianos de camponeses, dirigentes sindicais e políticos, professores, estudantes e jornalistas, neste caso somam 25 assassinatos desde princípios de 2010, permite comprovar que o atual governo de Porfírio Lobo, surgido das eleições convocadas e digitadas pelos militares golpistas de junho de 2009, é só uma continuação desta ditadura.


Os assassinatos cometidos pela força de ocupação neste país são cotidianos e evidenciam que esse é o projeto-roteiro dos Estados Unidos para a América Latina, se deixarmos avançar. A taxa de crimes chega a 86,5% para cada cem mil habitantes. Estima-se que cerca de 700 homicídios mensais e umas 20 vítimas diárias. Destes homicídios 55% ocorreram na zona norte do país (Atlántida, Cortés e Morazán), 84, 6% com armas de fogo , e quase 28% dos assassinatos participaram pistoleiros.


Sabe-se que há assessores israelenses, paramilitares e pistoleiros colombianos, após um acordo dos golpistas com o ex-presidente da Colômbia Alvaro Uribe, assim como ex-militares argentinos e da Fundação Um América, que participou ativamente no golpe .


Centenas de pessoas foram detidas e torturadas. Mas por não poder quebrar a resistência e ao entender que não tem possibilidade de ganhar em novas eleições, a repressão aumenta a cada dia. Não podemos deixar o povo hondurenho sozinho. É nosso dever pronunciarmos solidariamente perante as enérgicas denúncias que as organizações populares de Honduras fazem, denúncias que a grande mídia silencia de maneira sistemática.


O mais grave, no caso dos miskitos foi a tentativa de justificação desses assassinatos por parte do Diretor de Polícia Nacional, Ricardo Ramírez Cid, que disse que "houve um intercambio de disparos na cena". Ainda quando se observou que as vítimas estavam desarmadas e os sobreviventes hospitalizados na La Ceiba relataram que atiraram a sangue frio com metralhadoras e granadas.


O mesmo acontece com os crimes e ameaças contra os campesinos de Aguán. O povo miskito é um dos mais golpeados pela tragédia da ocupação desse país centro-americano, assim como pela corrupção policial e militar no tema do narcotráfico, além do feudalismo imperante nessa zona do país, submersa numa enorme pobreza. Há mais de 1700 deficientes e dezenas de mortos na comunidade miskita.


O jornal New York Times em sua edição dia 5 de maio há um artigo dizendo que a "Armada dos Estados Unidos, usando lições do conflito da década passada (Iraque) na guerra que está sendo travada na selva miskita, construiu um acampamento (centro operativo) com pouca notoriedade pública, mas com apoio do governo hondurenho". O citado artigo reconhece a instalação de três "bases de operações avançadas" localizadas em Mocarón, Porto Castilha e El Aguacate".


O comando sul do pentágono está patrocinando em toda a américa centarl o que chamam "estados falidos" para justificar os intervenções em nome da segurança nacional, o velho esquema com que semearam ditaduras em todo o continente no século vinte. Essa direção aponta os "acordos de segurança" que os Estados Unidos veem estabelecendo com os países da região.


A situação de Honduras que se agrava cada dia somando milhares de mortos, se somam a tragedia mexicana, sobre a que se estende um silencio cumplice. Desde que o México assinou com os Estados Unidos o Plano Mérida no ano de 2006 (uma réplica do Plano Colômbia) e Washington enviou armas e assessores para uma suposta guerra contra o narcotráfico, mais de 55 mil pessoas foram sequestradas e assassinadas de forma atroz, semeando o terror no norte deste país.


Existem uns dez mil desaparecidos. As Forças Armadas interviram diretamente no conflito e ninguém ignora a esta altura dos acontecimentos que a maioria desses mortos não tem nada a ver com o narcotráfico e que Estados Unidos entregou armas aos paramilitares como os Zetas, como descobriu investigando a Operação Castaway (Operação Naufrago) ou Rápido e Furioso. Supostamente, se tratava de uma operação encoberta da DEA para entregar armas e "conhecer" as vias do contrabando. Mas essas armas foram parar nas mãos dos paramilitares mexicanos, que se treinaram na tortura com a população civil e com imigrantes que vão até os EUA e são assassinados e mutilados, como foram vistas aparições de cadáveres em distintos lugares.


México se converteu num estado falido e caótico que, segundo políticos republicanos, ameaça agora  "a segurança dos Estados Unidos", e portanto poderia ser passível de uma intervenção, especialmente se nas próximas eleições não ganham seus "escolhidos" como governantes. As armas dos EUA também foram para as "gangues" criadas neste país e, em seguida, enviadas para seus países de origem, tanto El Salvador como Honduras e Guatemala, com a finalidade de manter o crime e o caos.


Honduras sobre terrorismo de Estado encoberto e Guatemala, onde o feminicídio e a violência do velho militarismo e paramilitarismo contra-insugência se potencializa com a chegada a presidência de um oficial dos "Kaibiles" a força especial mais brutal de todos os tempos, preparada nos Estados Unidos e autora de crimes de contra a humanidade e de desaparecimento de aldeias inteiras, cuja população foi eliminada.


Estes integram a cifra de mais de 90 mil desaparecidos durante as ditaduras militares guatemaltecas, a mais alta da América Latina considerando, além disso, a população de pouco mais de dez milhões de habitantes.  Esta é parte da realidade da América Central, ao que se soma ao governo direitista do Panamá, que já produziu matanças de indígenas, perseguição de trabalhadores e assinado com os Estados Unidos a instalação de doze bases militares e centros operativos rodeando todo o país, que tinha conseguido se libertar do Comando Sul no fim de 1999.


A tragédia ilimitada na América Central continua com a virtual ocupação da Colômbia com pelo menos oito bases militares estrangeiras e um terrorismo de Estado encoberto faz anos e agora na suposta "Democracia de Segurança", onde continuam as matanças militares e paramilitares, dia após dia, e se impede qualquer processo de paz que signifique produzir uma verdadeira mudança neste país. Colombia é o país da América Latina que junto com a Guatemala, tem a maior cifra de mortos e desaparecidos do continente ao longo do século 20 e até agora neste século.


Perante esta realidade, ao que se unem os tratados de livre comercio assinados com vários governos da região, a invasão das agências dos Estados Unidos no continente e a militarização da região em ascensão, com as consequências sociais e políticas que estamos vendo, o Movimento pela Paz, Soberania e a Solidariedade entre os Povos (Mopassol), chama a organizações populares a estenderem sua solidariedade e realizar atos e demandas para deter o massacre dos povos irmãos e denunciar os graves perigos de uma aprofundamento da intervenção estrangeira, que inevitavelmente se estenderia até todo o continente.


É hora de dizer chega ao crime e deter a guerra de baixa intensidade, a invasão silenciosa das fundações do poder imperial e a militarização que tenta uma recolonização regional no século 21. 


 

* presidenta do Mopassol da Argentina e vice-presidenta do Conselho Mundial da Paz


Fonte: Vermelho

John Pilger: Agora, todos são suspeitos…

 

Agora que os EUA estão em guerra permanente com o resto do mundo, todos estamos na linha de fogo. O que fazer então?

Por John Pilger*

Todos são potenciais terroristas. Não interessa que se viva na Grã-Bretanha, nos Estados Unidos, na Austrália ou no Oriente Médio. Na verdade, a cidadania foi abolida. Ligue-se o computador e o centro de operações de segurança nacional do Departamento de Estado pode verificar se se está teclando não só "al-Qaeda", mas também "exercício", "furo", "onda", "iniciativa" ou "organização", todas elas palavras proscritas.

O anúncio pelo governo britânico de que pretende espiar todos os emails e chamadas telefônicas é coisa velha. O satélite aspirador conhecido por Echelon tem estado a fazer isso há anos. O que há de novo é estado de guerra permanente desencadeado pelos EUA e o estado policial que está consumindo a democracia ocidental.

O que fazer?


Através do espelho

Na Grã-Bretanha, há tribunais secretos tratando de "suspeitos terroristas", sob instruções da CIA. O habeas corpus está moribundo. O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos decidiu que cinco homens, incluindo três cidadãos britânicos, podem ser extraditados para os EUA, embora apenas um deles tenha sido acusado de um crime. Todos estão presos há anos ao abrigo do tratado de extradição 2003 EUA/RU, assinado um mês após a criminosa invasão do Iraque.
O Tribunal Europeu condenou este tratado como passível de conduzir a "castigos estranhos e cruéis".

A um dos homens, Babar Ahmad, foram concedidas a título de compensação £63 mil por 73 ofensas registadas sofridas sob custódia da Polícia Metropolitana. Uma das mais notórias foi abuso sexual, típica do fascismo. Outro dos homens é um esquizofrênico que teve colapso mental total e se encontra no hospital Broadmoor. Outro é um que corre risco de suicídio. Vão para a "Terra da Liberdade", junto com o jovem Richard O’Dwyer, que enfrenta dez anos algemado e de fato-macaco laranja (farda prisional americana – N.T.) porque alegadamente infringiu o copyright americano na internet.

Da forma como a lei está sendo politizada e americanizada, estas coisas estranhas não são raras. Na elaboração da acusação contra um estudante universitário de Londres de nome Mohammed Gul, por disseminar "terrorismo" na internet, os júris do Tribunal de Recurso estabeleceram que "atos… contra as forças armadas de um Estado em qualquer parte do mundo que procurem influenciar o governo e forem feitos com objetivos políticos" são agora crimes. É de chamar ao banco dos réus Thomas Paine, Aung San Suu Kyi e Nelson Mandela.

O que fazer?

O prognóstico é claro: a doença a que Norman Mailer chamou "pré-fascista" fez metástases. O procurador-geral dos EUA Eric Holder defende o "direito" do seu governo assassinar cidadãos americanos. Ao protegido Israel, permite-se que aponte as armas nucleares ao Irã, que não as tem. Neste mundo de espelhos, a mentira é generalizada. O massacre de 17 civis afegãos a 11 de março, incluindo pelo menos nove crianças e quatro mulheres, é atribuído a um soldado americano "canalha".

A "autenticidade" deste ponto de vista é garantida pelo presidente Obama, que "viu um vídeo" e o considera "prova concludente". Uma investigação parlamentar afegã independente conseguiu testemunhas oculares que deram provas evidentes de pelo menos 20 soldados, auxiliados por um helicóptero, terem arrasado as suas aldeias, matando e violando: ainda que acessoriamente mais mortífero, um normal "raide noturno" das forças especiais US.

Pegue-se a tecnologia de matar dos videogames – uma contribuição americana para a modernidade – e o comportamento é o mesmo. Mergulhadas nos valores da banda desenhada, fraca ou brutalmente treinadas, frequentemente racistas, obesas e chefiadas por uma classe de oficiais corrupta, as forças americanas transferem o homicídio doméstico para locais longínquos cujas desgraçadas lutas são incapazes de compreender. Uma nação que foi fundada com base no genocídio de uma população nativa dificilmente abandona o hábito. O Vietnã era "terra de índios" e os seus "ardis" e "chinesices" eram para serem "rebentados".

O rebentar de centenas, sobretudo mulheres e crianças, na aldeia vietnamita de My Lai, em 1968, foi também um incidente "canalha" e, com alguma irreverência, uma "tragédia americana" (título de capa da Newsweek). Apenas um dos 26 acusados foi condenado e mesmo esse foi deixado ir por Richard Nixon. My Lai está na província de Quang Ngai onde, conforme soube como repórter, se calcula que 50 mil pessoas tenham sido mortas por tropas americanas sobretudo nas chamadas "zonas de fogo livre".

Trata-se do modelo da guerra moderna. Tal como o Iraque e a Líbia, o Afeganistão é um parque temático para os beneficiários da nova guerra permanente da América: a Otan, as empresas de armamento e de alta tecnologia, os media e a indústria da "segurança" cuja contaminação lucrativa contagia a vida corrente. A conquista ou "pacificação" de território não interessa. O que interessa é a nossa pacificação, cultivar a nossa indiferença.

O que fazer?

Verdadeiros camaradas

A queda no totalitarismo tem marcos. Num dia destes, o Supremo Tribunal em Londres decidirá se o editor da WikiLeaks, Julian Assange, será extraditado para a Suécia. Caso este recurso final falhe, o facilitador do conhecimento da verdade a uma escala épica, sem acusação de qualquer crime, vai ter de enfrentar reclusão em isolamento e um interrogatório sobre alegações sexuais ridículas. Graças a um acordo secreto entre os EUA e a Suécia, pode ser "entregue" ao gulag americano em qualquer altura.

No seu próprio país, a Austrália, a primeiro-ministra Julia Gillard conspirou com aqueles de Washington a quem chama os seus "verdadeiros camaradas" para garantir que o seu concidadão seja vestido de fato-macaco laranja se se der o caso de voltar para casa. Em fevereiro, o seu governo escreveu uma "emenda WikiLeaks" ao tratado de extradição entre a Austrália e os EUA que torna mais fácil aos seus "camaradas" deitarem-lhe a mão. Deu-lhes inclusivamente o poder de aprovação sobre investigações de Liberdade de Informação, de forma a que o mundo exterior possa ser enganado, como é costume.

O que fazer?


 

*John Pilger é jornalista.
Fonte: Revista Fórum, Vermelho

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