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domingo, 30 de setembro de 2012

Haneen Zoabi: “O povo palestino jamais renunciará a ser livre”


Haneen Zoabi


Por Leonardo Wexell Severo

Filha da terceira geração após a Nakba, a catástrofe que caracteriza a diáspora palestina após a sua expulsão pelos sionistas em 1948, Haneen Zoabi é a primeira mulher de um partido árabe a ter assento no parlamento israelense. de Haneen, concedida nesta sexta-feira (28) no clube Homs, na capital paulista, onde reforçou a convocação para o Fórum Social Palestina Livre, que será realizado de 28 de novembro a 1º de dezembro em Porto Alegre.

Integrante da “Flotilha da Liberdade” que tentou furar o criminoso bloqueio e levar remédios e alimentos para a Faixa de Gaza, foi classificada por Israel como “terrorista”. “Defensora dos direitos humanos e do valor da liberdade para todos os povos”, Haneen Zoabi sublinha que sua bússola é a da justiça num mundo de paz e coexistência, onde todos vivam “em pé de igualdade”. “O povo palestino jamais renunciará ao direito de ser livre num território livre. Derrotaremos o apartheid de Israel”, sublinhou.
A parlamentar fez um “agradecimento especial à solidariedade da CUT Brasil” e destacou a relevância do nosso país para a luta contra o sionismo. Abaixo, selecionamos os principais trechos da entrevista.

“Luta contra o apartheid é invisibilizada pela mídia”

“85% da população palestina foi expulsa a partir de 1948. Hoje somos a terceira geração após a catástrofe, 1,2 milhão de árabes israelenses, 18% da população de Israel, um estado racista, que utiliza ferramentas religiosas para a sua dominação. Esta é a realidade da política do apartheid, tornada invisível pelos meios de comunicação que funcionam como instrumento de propaganda para justificar os massacres indiscriminados contra a população, sejam mulheres, idosos ou crianças. Na propaganda do dominador, os terroristas são os palestinos”


“Israel não tem Constituição, nem fronteiras”

“Israel é um país que não tem Constituição, nem fronteiras, mas 30 leis que legitimam qualquer abuso. Há uma lei de 2003, que proíbe terminantemente o casamento entre palestinos e uma de 2011 que possibilita o confisco de terras palestinas. É uma estratégia de guerra movida e exercida contra todo um povo com lógica de mais terras, menos árabes. Os expulsos a partir de 1967 não são mais cidadãos neste estado. Devido à lei de Reunião de Família e Naturalização, por exemplo, quem deixar Jerusalém por mais de seis meses pode perder a nacionalidade. Ou seja, um judeu que nasceu no Brasil tem mais direitos que um árabe que nasceu lá. Além do confisco de terras, se construímos uma casa corremos o risco de que ela seja derrubada porque o Ministério do Interior não tem mapas que registrem estas moradias. Assim, nossas construções são ilegais, não temos legitimidade para estar ali. Sem poder ocupar terreno, construímos mais andares para cima. Temos 60 mil casas sem autorização. Então o estado chega e destrói tudo”.


“Além do conflito pela terra, conflito pela identidade”

Além do conflito pela terra em Israel há um conflito pela identidade, pois o racismo é muito presente. O confisco das terras palestinas, a construção e delimitação das cidades, o desaparecimento de povoados e aldeias, as leis da educação, da construção de partidos e organizações civis são partes de uma mesma política de segregação. Querem proibir o povo palestino de habitar o seu território.


“Um judeu que nasceu no Brasil tem mais direitos que um árabe que nasceu lá”

Como palestina não posso casar com nenhum palestino, mesmo que ele seja brasileiro ou sírio. Se o pai do marido é palestino, tem sobrenome árabe e não pode casar. Quem vive na Cisjordânia vive melhor que os árabes israelenses, pois eles são palestinos, nós não somos. Devido a uma lei absurda, se falamos que temos identidade palestina não estamos sendo leais ao Estado israelense. Eu, deputada no parlamento israelense, não posso ser chamada de palestina. Nos documentos oficiais somos não judeus. Não temos identidade”.


“Ministério da Educação de Israel transforma os árabes em fantasmas”

“O Ministério da Educação de Israel tem o papel de desaparecer com a nossa identidade. Entre os objetivos está o de vincular o judeu ao Estado de Israel, vinculado à diáspora no mundo, e fortalecer a linguagem hebraica. Eu não existia antes de 1948, nós todos somos fantasmas. Nas escolas árabes, está proibido ensinar o que aconteceu. A literatura de resistência está proibida. É proibido ensinar sobre a revolução nacionalista de 1952 no Egito, falar sobre Nasser. Todos os livros didáticos da sexta série, por exemplo, são sobre o holocausto, como catástrofe humana única. Eu me identifico mais como vítima do Holocausto do que os israelenses que estão nos reprimindo. Precisamos ser leais às lições da História: não mate, não seja racista, seja leal. Ao matar e discriminar, Israel é desleal com o Holocausto”.


“Não temos direito à memória ou à história”

“Nós somos proibidos até mesmo de lembrar a Nakba, a catástrofe. Não temos direito à memória ou à história. Todas as instituições são amordaçadas, proibidas até mesmo de mencionar a Nakba. Se algum estudante ou professor fala, o Ministério simplesmente corta os recursos da instituição de ensino”.


“50% dos palestinos vivem abaixo da linha da pobreza”

“Muitas vezes o homem palestino precisa sair para outras localidades à procura de emprego, mas a mulher, por conta dos filhos, fica muito vinculada à cidade. Como o sistema de comunicação e de transporte não chega às cidades árabes, tudo fica mais difícil para as mulheres, apesar de serem 54% dos palestinos graduados e 52% dos que têm título de mestrado. Mesmo com melhor qualificação, estudamos e ficamos em casa porque não temos trabalho. O resultado disso é que o ingresso das famílias judias é três vezes superior ao das famílias árabes. 50% dos palestinos vivem abaixo da linha da pobreza”

“O sionismo é um projeto racista, uma doença obsessiva”

“Temos lutado em defesa de um Estado para todos os seus cidadãos. Este é um projeto de cidadania que se choca com a essência do sionismo, que é racista, que é o projeto de um estado judeu. Para os judeus sionistas, o perigo representado pelos árabes-israelenses é o mesmo que os reatores nucleares do Irã. Vivemos um confronto entre a democracia e a judaização, entre o colonizador e o colonizado, daí o muro de separação, daí o cerco a Gaza. A judaização do Estado é uma doença obsessiva”.



“O boicote é o caminho pacífico para derrotar o apartheid de Israel”

“Israel tem 60 acordos com os países europeus e até acordo de armamento com o Estado brasileiro, para vender aviões para o Brasil. O fato é que cada vez que Israel se expande, anexando ilegalmente territórios palestinos, tem melhores relações com os países do mundo. Então o governo israelense lê isso como apoio à sua expansão, enquanto deveria pagar o preço por esta afronta às leis internacionais. Quando denunciamos esta expansão ilegal no parlamento, imediatamente sobe um ministro na tribuna e diz: não se preocupe, temos boas relações e estão melhorando a cada dia. Ou seja, quando se assina um acordo com Israel ele não é apenas econômico, como costumeiramente ouvimos dos governos, mas um acordo político. É um apoio imoral, porque Israel está cometendo crimes”


“Estamos no caminho correto”

“O governo de Israel vai proibir que me candidate nas próximas eleições devido à minha participação na Flotilha da Liberdade, identificada como iniciativa terrorista. Pelos meios de comunicação a elite política promove o racismo e a paranoia em relação ao outro, a industrialização do medo para justificar sua política contra os árabes. Eu confio que vamos virar esta página. Confio na liberdade como instinto natural do ser humano. Uma humanidade que Israel tentou domesticar com seu Estado militar, jogando seus tanques contra os que queremos somente sobreviver. Estou otimista, confio na força dos povos. A pergunta não é se estamos longe ou perto do objetivo, mas se o caminho é o correto. Estamos caminhando juntos pelo caminho correto”.




Fonte: Vermelho
Imagem: Google

José Pepe Mujica: Até onde chega a nossa fraternidade?


Nós viemos ao planeta para sermos felizes.
Porque a vida é curta, e rapidamente se vai.
E nenhum bem vale mais do que a vida, isto é claro!
Mas a vida vai se passando,
e as pessoas vão trabalhando e trabalhando
para consumir cada vez mais.









Fonte: Inspirado pelo Blog Conversa Avinagrada

sábado, 29 de setembro de 2012

Manuela, a companheira inseparavel de Pepe Mujica






Por Miguel Wiñazki

O temporal o lançou a ação. José "Pepe" Mujica, sem medir esforços correu para ajudar a seus vizinhos aos que os ventos destelhavam suas casas. Vizinho solidário primeiro e presidente da Nação depois, Mujica os socorría, sob o temporal que se desenrolava. Contribuía a acomodar as chapas do telhado que tremulavam na tempestade. Uma delas cravou sobre seu nariz e o corte indissimulado foi tão visível como o contraste moral com outros mandatários.

Há alguns meses eu presenciei outro feito que descreve Pepe Mujica de corpo inteiro.

Em um seminário, o presidente Pepe Mujica deu um discurso e logo após estava previsto que ficaria para um almoço junto com os comunicólogos dissertantes. Mas após o discurso partiu. Um pessoa, supostamente um de seus guarda-costas comentou feliz. "Que sorte que 'el loco' não permaneceu para o almoço". E explicou as razões de seu alívio. "É que quando vem a estes lugares onde a comida é tão boa (o evento se realizava no hotel Radisson) se escapa nas comidas. Ele vai sempre com 'a Manuela' em seu carro, e então faz um pequeno pacote com algo do que se come nestes hotéis luxosos e os leva para 'a Manuela' que o espera no carro. E a vezes o perdemos de vista". Claro, é um problema para os homens da segurança.

Mas, quem é 'a Manuela'? perguntei com curiosidade profissional e pessoal.

"É sua cadela", responderam vários em uníssono. "É que ele se sente culpado com 'a Manuela' -interpretavam- porque uma vez sem querer lhe cortou uma pata, com um tratorzinho que tem em sua chácara. E desde então sempre carrega junto com ele a cadela de três patas, e assim pode alimentá-la melhor".


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“Manuela”, a cadela de Pepe Mujica tem sua própria canção

É intitulada "casal Manuela e Pepe" e é escrita para a melodia do tema da tartaruga Manuelita, criada por Maria Elena Walsh. O cão, amado pelo presidente uruguaio, tem a distinção de ter três pernas. Eles dizem que é um personagem que acompanha seu dono em todos os lugares.

A canção é muito engraçada e cativante e descreve o presidente Mujica e sua relação com o "cão de marca" cachorro que roubou o coração do líder uruguaio. 

”Couplé de Manuela y el Pepe”

Manuelita no es una perra más, es astuta y muy sagaz.
En su mente de animal, tiene conciencia social.
Es de puro proletaria, que renguea al caminar.

Cuatro patas es una ostentación y según su convicción
tener cuatro es de burgués, si podes vivir con tres.
Muerte al perro con mantita, oligarca pequinés.

Manuelita, Manuelita quién diría donde estás,
vas a usar como tu cuchita el sillón presidencial.




Este é José Mujica, 'El Pepe', Presidente do Uruguai!!!









Imagem: Google (colocadas por este blog)

Fonte: Clarin, Junín24


Presidente do Uruguai Pepe Mujica ferido ao ajudar vizinho a segurar telhado




O presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, sofreu um pequeno corte no nariz quando tentava ajudar um vizinho cujo telhado de zinco voou durante a tempestade que afetou o Sul e Sudeste do país na 4ª feira (19.9). 

"Foi uma chapa do telhado", contou o próprio Mujica aos jornalistas que lhe perguntaram sobre a causa de um corte leve na parte superior de seu nariz. "Fui dar uma mão (no temporal, aos vizinhos), estávamos prendendo, não conseguimos segurar e ela se voltou me atingindo, mas não foi nada", disse o mandatário uruguaio sobre o episódio que aconteceu numa casa perto do sítio onde vive, nos arredores de Montevidéu.

"Assim que a chuva e o vento pararem, temos que juntar lenha, coletar os telhados e recomeçar", comentou o presidente sobre os efeitos da tormenta que afetou o Uruguai provocando quedas de centenas de árvores, interrupções em ruas e estradas e o esvaziamento de alguns edifícios por precaução. Aos que não sabem, o presidente Mujica ficou durante anos literalmente dentro de um buraco, como preso político da ditadura militar uruguaia.

Aos 77 anos, Mujica adota um estilo simples de vida, tem uma linguagem coloquial e demonstra pouco apego ao protocolo e às normas que regem habitualmente as aparições públicas de um chefe de Estado e de governo. Tanto que continua a morar na mesma casa simples do sítio em que morava antes de tomar posse.


(Aliás, alguém me diga se algum outro Chefe de Estado que não o Pepe Mujica sairia em meio a um vendaval para ajudar alguém???)




Fonte: Cão Uivador, Dia a Dia

Imagem:  Dia a Dia






Eleições em Cuba: quem indica os candidatos é o povo!



Por Vânia Barbosa
Jornalista e presidente do Conselho Deliberativo da ACJM/RS

Artigo publicado originalmente no Jornalismo B Impresso



De acordo com o estabelecido na Constituição da República e na Lei Eleitoral nº 72, de 29 de outubro de 1992, o Conselho de Estado de Cuba convocou, no último 5 de julho, eleições gerais para delegados às Assembleias Municipais, Provinciais e Nacional do Poder Popular. Em uma primeira etapa, no dia 21 de outubro os eleitores elegem, para um mandato de dois anos e meio, os delegados às Assembleias Municipais, e em 28 de outubro, em segundo turno, nas localidades onde nenhum dos candidatos tenha obtido 50% dos votos válidos mais um. Os delegados às Assembleias provinciais e à Assembleia Nacional do Poder Popular serão eleitos por um período de cinco anos, em uma nova data a ser estabelecida. Está prevista a participação de cerca de 8,5 milhões de cubanos.



Desvinculado do modelo partidarista o sistema eleitoral cubano possibilita o exercício livre da cidadania com a escolha dos candidatos pelos próprios eleitores, o que incentiva o alto índice de comparecimento às eleições, mesmo que o voto não seja obrigatório. Os candidatos não são indicados por partidos e sim pelos cidadãos maiores de 16 anos que automaticamente são inscritos no Registro Eleitoral, sem custos ou burocracia. Conforme o Artigo 3º da Lei Eleitoral, o voto é livre, igualitário e secreto, e o cidadão está protegido contra punições, multas ou sanções no trabalho caso se abstenha de votar, ao contrário do que ocorre em outros países. Os membros das Forças Armadas têm direito a votar, eleger e a ser eleitos.

Após a convocação das eleições, no início de julho, mais de 170 mil cubanos – representantes de todos os setores sociais do país – se qualificaram como autoridades eleitorais para integrar as comissões provinciais, municipais e de circunscrição que conduzem o processo de escolha dos delegados e, posteriormente, validam os resultados. Desde o último dia 3 de setembro e até o dia 29, a população participa das mais de 50.900 assembleias – organizadas também pela Comissão Eleitoral Nacional (CEN) – e ali indica, abertamente, os delegados que concorrem às Assembleias Municipais e Provinciais e à Assembleia Nacional do Poder Popular, eleitos mediante voto em urna, direto e secreto.

Os encontros são realizados em cerca de 29.500 circunscrições eleitorais e cada eleitor pode indicar um candidato entre os moradores residentes na área e, inclusive, de outra área pertencente à mesma circunscrição, caso seja necessário. Seguindo a legislação eleitoral – dependendo do número de habitantes – cada área terá entre dois e oito candidatos, tudo para garantir outras opções aos votantes e a indicação de pessoas com “méritos, capacidade, condições e possibilidades de representar a população”. A circunscrição eleitoral é uma divisão territorial do município a partir do número de seus habitantes, e se constitui em célula fundamental do Sistema do Poder Popular.

Desde o dia 22 de setembro foram divulgadas as listas dos candidatos para que a população as revise e, caso necessário, solicite adequações ou emendas, através das autoridades eleitorais. As alterações poderão ser feitas até a primeira quinzena de outubro e a partir daí tem inicio os preparativos para a etapa inicial das eleições, no dia 21 do mesmo mês.

Segundo dados da CEN, desde 1976, quando entrou em vigor a atual Constituição, mais de 95 por cento dos eleitores inscritos têm participado das eleições. Nas últimas eleições para deputados votaram cerca de 8 milhões de cubanos, cifra que superou 98 por cento de participação e com baixo índice de votos nulos ou em branco. Em Cuba, o registro de eleitores para as eleições gerais 2012-2013 conta com cerca de 8,5 milhões de cubanos, em um país de 11 milhões de habitantes.


A propaganda eleitoral

Outra característica no processo eleitoral cubano é a ausência de marketing e custos com propaganda, fatores que em outros países favorecem candidatos com maior poder econômico ou implicam na necessidade de obtenção de fundos para eleger um representante. As praças e as ruas são limpas de painéis ou panfletos e os candidatos não precisam disputar ou pagar espaços nos jornais, rádios e televisões. Também não ocorrem campanhas difamatórias entre os candidatos. A propaganda é feita pelas autoridades eleitorais que são responsáveis por publicar, na área de residência dos eleitores, as foto dos candidatos – todas em um mesmo formato e tamanho – e uma síntese da sua biografia.

Para concorrer não é necessário que o candidato seja filiado a qualquer partido político e as regras são as mesmas para todos os cargos do Poder Popular. As candidaturas deverão ser antes apresentadas por alguma organização ou movimento social e submetidas à consideração da Assembleia do Poder Popular da circunscrição correspondente, além de aprovadas pelos delegados. Será considerado eleito aquele que obtenha mais da metade dos votos válidos dos eleitores. 50% das vagas são garantidas às mulheres.

Após eleger o seu representante a população participa das discussões e decisões mais importantes. Também, a qualquer momento o mandato poderá ser revogado pela maioria dos eleitores caso o eleito não cumpra com as obrigações assumidas em sua base eleitoral. Não existe remuneração para o exercício do mandato e os eleitos permanecem exercendo suas profissões e recebendo o salário correspondente ao seu trabalho.

A Composição atual do Poder Popular se dá da seguinte forma: Assembleia Nacional do Poder Popular; Assembleias Provinciais do Poder Popular, em cada uma das 15 províncias, além do município especial da Isla de la Juventud; Assembleias Municipais, nos 169 municípios; 1540 Conselhos Populares, cada um agrupando várias circunscrições eleitorais e integrados pelos seus delegados, dirigentes de organizações de massas e representantes de entidades administrativas; circunscrições eleitorais, ainda que não pertençam de forma orgânica à estrutura do sistema do Poder Popular ou do Estado são fundamentais antes e após o processo eleitoral.

O Presidente, o Conselho de Estado e o Conselho de Ministros.

Tanto os membros do Conselho de Estado como os do Conselho de Ministros são indicados pelos delegados eleitos para a Assembleia Nacional do Poder Popular. Considerando o Art.74 da Constituição da República de Cuba, o Conselho de Estado é formado por um presidente, um Primeiro Vice-Presidente, cinco Vice-Presidentes e um Secretário.Para ser Presidente do Conselho de Estado é necessário antes ser eleito deputado com mais de 50% dos votos válidos, diretos e secretos da população e, em nova votação, deverá alcançar mais de 50% dos votos secretos dos parlamentares.

O Partido Comunista Cubano

Há muitas dúvidas ou distorções que pairam sobre a existência de um partido único em Cuba, o Partido Comunista Cubano, e a relação que isso tem com a democracia. De acordo com a Constituição cubana, durante o processo eleitoral o PCC não indica candidatos e nem faz campanha a favor de seus militantes. Por se diferenciar do conceito clássico de partidos políticos se mantém em sua condição de força dirigente superior da sociedade com a missão de representar os interesses de todo o povo e não somente os da sua militância.

O Partido não tem ingerência na Assembleia Nacional do Poder Popular e nem no governo, e só após consulta à população, via assembleias, apresenta propostas para serem apreciadas nestas instituições. Em processos eleitorais ocorridos até hoje já foram eleitos inúmeros militantes do PCC, indicados pelas assembleias populares em razão dos seus méritos pessoais e compromissos com a sociedade, e não pela sua militância no Partido. Um importante papel exercido pelo PCC é o de acompanhar e garantir o cumprimento das leis do país, entre elas, a Lei Eleitoral.





Postado por Alexandre Brandão no site Solidários



Fonte: Solidários

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Estados europeus sugerem botão para denunciar conteúdos "terroristas" na Internet



Um grupo de trabalho liderado pela Holanda e que reúne vários Estados da União Europeia definiu um conjunto de propostas para reduzir o impacto do uso terrorista da Internet, entre as quais um já polémico botão que permitiria a qualquer pessoa denunciar uma página que considere suspeita.


De acordo com o El País, as conclusões do projecto – chamado CleanIT, de que fazem ainda parte a Alemanha, Espanha, Reino Unido e Bélgica e que tem financiamento europeu – foram entregues sob a forma de recomendações e de tópicos a discutir à European Digital Rights, uma organização internacional de defesa dos direitos dos cidadãos, num documento confidencial que acabou por vir a público e gerar controvérsia.

Entre as sugestões, está a criação de um botão de denúncia de conteúdos que os utilizadores considerem ser terroristas. Este botão, que, de acordo com as sugestões do grupo, faria parte do browser ou do próprio sistema operativo, seria desenvolvido e financiado a nível europeu e permitiria que os utilizadores fizessem denúncias anónimas às autoridades.

Outra medida polémica que se pode ler no documento do CleanIT, é a sugestão de que as empresas de Internet permitam unicamente nomes e fotografias reais dos utilizadores. Além disso, a pedido da empresa de Internet, o utilizador deverá fornecer provas de que aquele é o seu nome real, se for denunciado pelo botão. As empresas de Internet armazenariam a identidade real dos utilizadores para fornecer às autoridades no caso de uma investigação.

No centro do debate, ouve-se do lado das críticas a acusação de que as mudanças propostas no documento implicam uma violação das directivas comunitárias.

O responsável do Clean IT, But Klaasen, que trabalha no Ministério holandês da Justiça e Segurança, assegurou que compreende a “histeria” em volta da publicação do documento porque conduz a más interpretações. Klaasen insiste que é apenas um texto em discussão. Deste modo, publicado assim “assusta as pessoas". "Por isso é que não queríamos que fosse publicado, porque é material ainda de reflexão. E estamos conscientes de que há ideias muito duras”, segundo o El País

O El País refere ainda que Joe McNamee, director da European Digital Rights, escreveu que “o documento mostra o quanto os debates internos nessa iniciativa se afastaram dos seus objectivos publicamente declarados, assim como das normas jurídicas fundamentais que sustentam a democracia europeia e o Estado de direito”. McNamee assegura que o texto lhe foi desviado por um participante que queria mostrar que alguns deles não concordavam com as propostas, mas temiam expressá-lo e ser considerados “brandos” contra o terrorismo.




Fonte: Público
Imagem: Google


Peço aos amigos que compartilhem esse post, o "terrorismo" será a desculpa que usarão para censurar a internet, quem discordar de algum post, bastará apertar um botão e pronto, seremos todos chamados de terroristas.


Burgos Cãogrino

Falluja: Uma Geração Perdida?



Poderoso documentário de Feurat Alani, que aborda as consequências da Guerra do Iraque, nomeadamente em Falluja, onde o exército dos EUA esmagou a resistência iraquiana naquela cidade, com recurso a armas proibidas pelas convenções internacionais como; o Fósforo Branco (FB) e o Urânio Empobrecido (DU).

Desde 2004, tem havido um aumento dramático nos bebés que nascem com graves deformações congénitas na cidade de Falluja. Os seus habitantes e os médicos, assistem impotentes a uma situaçao desesperante, onde 1 em cada 5 recém-nascidos naquela cidade, sofre de alguma deformaçao congénita. Uma incidência elevadissíma de danos genéticos. Chris Busby (cientista especializado em radioactividade) afirma neste documentário, que os danos genéticos causados à população de Falluja pelo uso destas armas proibidas, são mais graves que em Hiroshima.

O Urânio Empobrecido (DU), são os resíduos radiactivos do Urânio Enriquecido, usado nas centrais nucleares. Quando usado em armas militares, causam uma grande contaminação, prevendo-se que permanece no solo, devido à sua meia-vida durante 4,468 mil milhoes de anos. O exército dos EUA e a NATO têm usado munições com Urânio Empobrecido (DU), desde a 1ª Guerra do Golfo em 1991. Foi usado também na Bósnia.

 
Mais um exemplo, em como os crimes de guerra cometidos em nome da Guerra de Terrorismo levada a cabo pelos EUA e a NATO seguem impunes. Esta impunidade, não seria possível se não existisse um silêncio conivente dos principais meios de comunicação social.

O documentário conta com a participação de: Chris Busby, Ross Caputi, Gerard Matthew, Bing West, Dai Williams, Bunny Easton, Douglas Weir, Francis Boyle e Doug Rokke. - Sinopse de Malandro




Falluja: Uma Geração Perdida? (2011) from Malandro on Vimeo.

Fallujah: A Lost Generation?, 2011, 48 mins.
De: Feurat Alani
Produção: Baozi Prod
EUA / Iraque
Tradução e legendagem: Malandro (PT)
Fonte: DOC VERDADE

Benjamin Netanyahu na ONU


... e como o mundo vê Netanyahu

























Imagens: Google



Bloqueio dos EUA contra Cuba é condenado na ONU




A 4ª jornada de debates da Assembleia Geral das Nações Unidas augura nesta sexta-feira (28) uma nova série de condenações do mais alto nível contra o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba. O último pronunciamento escutado no plenário para repudiar esse bloqueio à ilha caribenha foi feito na última quinta-feira (27) pelo chanceler do Peru, Rafael Roncagliolo Orbegoso, no fechamento da corrente de quase 40 discursos na quinta-feira.


Rafael Roncagliolo Orbegoso
O titular peruano disse que o bloqueio econômico, comercial e financeiro norte-americano é injusto, ilegítimo e ilegal, e recordou que se mantém apesar das inumeráveis condenações da própria Assembleia Geral.

Gordon Darcy Lilo
Antes, o premiê das Islas Salomón, Gordon Darcy Lilo, reiterou seu respaldo ao clamor internacional pelo levantamento do assédio norte-americano contra Cuba e agradeceu a colaboração do país antilhano na formação de médicos dessa ilha do Pacífico.

Winston Baldwin Spencer
Na mesma linha, o chefe do governo de Antigua e Barbuda, Winston Baldwin Spencer, demandou a Washington o fim imediato e incondicional do bloqueio contra o povo de Cuba.

Sustentou que a continuação dessa medida destrói as esperanças das nações na solução dos assuntos mundiais e recordou as consecutivas demandas da Assembleia Geral das Nações Unidas para seu levantamento.

Advertiu sobre os inúmeros danos econômicos, dificuldades, necessidades e limitações ocasionadas ao povo cubano, o qual, afirmou, tem sabido preservar sua soberania, independência e seu direito à autodeterminação.

Donald Rabindranauth Ramotar
Por sua vez, o vice-presidente de Seychelles urgiu a derrubar todas as barreiras que afetam o comércio, como o bloqueio econômico contra Cuba.O presidente de Guiana, Donald Rabindranauth Ramotar, quis "deixar sua firme oposição" ao assédio dos Estados Unidos contra o país antilhano e destacou os avanços conseguidos por Cuba em seu desenvolvimento.

Teodoro Obiang Nguema
Pouco antes, o chefe de Estado da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, disse que medidas como essa causam sofrimento à população e estão em contradição com os Objetivos do Milênio adotados pela Nações Unidas.

Portia Simpson Miller
A primeira ministra da Jamaica, Portia Simpson Miller, repudiou de o longo bloqueio econômico e comercial contra Cuba e sublinhou os negativos e severos efeitos no crescimento e desenvolvimento desse país. O premier de Lesotho, Thomas Motosoahae Thabane, criticou que não tenha sido escutado o pedido sobre o fato durante 20 anos para o levantamento do bloqueio estadunidense contra Cuba.

A denúncia ao bloqueio norte-americano ficou instalada na reunião desde o discurso inicial dos debates por parte da mandatária brasileira, Dilma Rousseff, que afirmou que "é o momento de pôr um fim a esse anacronismo, que é condenado pela imensa maioria dos membros das Nações Unidas."

A rejeição a esse bloqueio que dura já meio século também foi exposto ante o plenário pelos chefes de Estado de Namibia, da África do Sul, El Salvador, Gabón, Ghana, Bolívia e Gambia, entre outros.

Segundo autoridades cubanas, o dano econômico ocasionado ao povo de Cuba pela aplicação do bloqueio dos Estados Unidos, considerando a depreciação do dólar frente ao valor do ouro no mercado internacional, ascende a um bilião 66 bilhões de dólares.







Fonte: Prensa Latina, Vermelho

Imagem: Google (colocadas por este blog)






quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Benjamin Netanyahu e o Coyote na ONU




Benjamin Netanyahu conta com novos recursos audiovisuais para criticar o programa energético nuclear do governo de Mahmoud Ahmadinejad, do Irã. Durante a 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o premiê expôs à cúpula de diplomatas e demais lideranças uma cartolina com a imagem de uma bomba digna dos desenhos do Pernalonga e do Patolino. A ideia era indicar (como em um infográfico) o nível máximo de enriquecimento de urânio iraniano que Israel irá tolerar antes de recorrer a uma intervenção armada contra o país.







E as armas nucleares de Israel?

Benjamin Netanyahu devería mostrar um desenho do Arsenal Nuclear de Israel.

 Netanyahu devería ter levado na ONU os documentos  que confirmam as armas nucleares de Israel.





Impunidade de crimes sionistas é condenada na ONU



A vice-Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU considerou inadmissível que os crimes israelenses cometidos na Palestina prossigam sem punição. A declaração foi feita dias depois de se assinalarem os 30 anos do massacre de Sabra e Chatila.



Durante uma sessão do Conselho dos Direitos Humanos, realizada segunda-feira, na qual Israel não esteve presente em sinal de protesto, Kang Kyung-wha advertiu que as autoridades israelenses têm de adotar medidas que conduzam ao fim das violações dos direitos humanos dos palestinos e, simultaneamente, combatam a impunidade que as tem dominado.

A responsável referia-se aos crimes sionistas praticados em 2008 e 2009 durante o ataque militar contra a Faixa de Gaza. “Há quase três anos que este Conselho tomou conhecimento das recomendações da missão de investigação [relatório Goldstein]. No entanto, ainda ninguém foi indiciado”, disse, de acordo com a Lusa.

Para Kyung-wha, as sentenças, quando existem, devem também ser proporcionais aos crimes cometidos, o que não acontece, acusou, exemplificando com o caso de um soldado israelense condenado recentemente a 45 dias de cárcere pela morte de duas palestinas que erguiam uma bandeira branca durante a operação “Chumbo Fundido”, na qual, de acordo com as Nações Unidas, pelo menos 1400 palestinos foram mortos, mais da metade dos quais civis.






















O documento apresentado em Genebra criticou ainda a ação impune dos colonos israelenses contra a população palestina e as suas respectivas propriedades e meios de subsistência.
O caso paradigmático apresentado ao Conselho dos Direitos Humanos pela vice-Alta Comissária foi o de um ataque com um coquetel molotov contra uma família palestina da Cisjordânia. Entre as vítimas, que continuam hospitalizadas dada a gravidade dos ferimentos, está uma criança de seis anos.


“Inicialmente, Israel deteve três filhos de colonos, mas ao fim de cinco dias os suspeitos foram libertados mantendo-se em prisão domiciliar”, relatou a responsável, citada pela EFE.

Kang detalhou igualmente o caso da família Daraghmeh, residente no Norte da Cisjordânia, que apesar de ter apresentado dezenas de queixas à polícia em resultado do roubo e destruição de 850 oliveiras, e ter sido obrigada a requerer 35 intervenções médicas devido a ataques de colonos, continua a aguardar que as autoridades procurem e castiguem os responsáveis.

Dados da ONU indicam que só entre 1 de Agosto e 11 de Setembro, 426 oliveiras foram destruídas em 25 episódios de violência atribuídos a colonos. A isto acrescenta-se a destruição de 465 estruturas de palestinos na Cisjordânia ou em Jerusalém desde o início deste ano, 136 das quais habitações, provocando a expulsão de quase 700 pessoas.

No dia seguinte à apresentação do relatório, Israel decidiu encerrar durante dois dias todas as entradas e saídas da Faixa de Gaza e Cisjordânia. A justificativa é a celebração do… Dia do Perdão (Yom Kippur), a mais importante festividade do calendário judaico.

30 anos de Sabra e Chatila

A denúncia feita perante o Conselho dos Direitos Humanos ocorreu dias depois de se ter assinalado 30 anos sobre o massacre de Sabra e Chatila. Na Palestina, mas também entre as comunidades da diáspora palestina, o genocídio ocorrido em Setembro de 1982 durante a invasão israelita do Líbano foi recordado, bem como a impunidade que, deste então, vigora.

No campo de refugiados de Sabra e Chatila foram assassinadas entre 800 e 3500 pessoas. O então ministro da Defesa de Israel, Ariel Sharon – que posteriormente ocupou o cargo de primeiro-ministro –, foi considerado “responsável indireto” pelo massacre. Nunca ninguém foi levado perante a justiça, lamentaram os familiares das vítimas.




Ariel Sharon - Ronald Reagan

Por ocasião dos 30 anos do genocídio, foram também divulgados documentos desclassificados por Israel que indicam que entre Tel Aviv e Washington houve uma comunicação estreita durante os três dias do massacre.

As informações, publicadas pelo New York Times, atestam que o responsável diplomático norte-americano no Líbano, Morris Draper, não estaria totalmente ao corrente da ação dos milicianos protegidos pelo exército israelita, mas, não obstante, terá sido conivente com o prolongamento da ocupação de Beirute por parte das forças armadas sionistas, precisamente por mais 48 horas, isto é, tempo suficiente para a “limpeza” em Sabra e Chatila, como a denominava Sharon.




George Shultz e Ronald Reagan

Na época, foi o próprio secretário de Estado dos EUA, George Shultz, quem admitiu que a administração Regan não havia feito tudo para evitar o massacre, uma vez que, justificou-se, “confiou na palavra de israelitas e libaneses”.






Fonte: Avante, Vermelho
Imagem: Google (colocadas por este blog)
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