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sábado, 31 de março de 2012

"TOP SECRET" - A Conspiração contra o Brasil





Título original - O Dia que durou 21 anos

Extraordinário Documentário que revela minuciosamente a participação do governo dos Estados Unidos no golpe militar de 1964 que durou até 1985 e instaurou a ditadura no Brasil.
Pela primeira vez, documentos do arquivo norte-americano, classificados durante 46 anos como "Top Secret" são expostos ao público.
Textos de telegramas, áudio de conversas telefônicas, depoimentos contundentes e imagens inéditas fazem parte desse documentário, narrado pelo jornalista Flávio Tavares.

O Dia que durou 21 anos é uma coprodução da TV Brasil com a Pequi Filmes, com direção de Camilo Tavares. Roteiro e entrevistas de Flávio e Camilo Tavares.







Fonte: Grupo Beatrice

O holocausto dos negros



Timothy Bancroft-Hinchey

Muito se fala sobre o holocausto, muito se escreveu sobre os atos chocantes de maldade, barbaridade, crueldade contra vários grupos de pessoas desde os Estados Bálticos, até Europa Oriental e Central e Alemanha. Mas por quê a Escravidão não ocupa um lugar igual nos anais da depravação humana?

23 de março foi um dia de lembrança, um dia de homenagem aos homens, mulheres e crianças que foram arrancadas de suas casas, suas famílias e entes queridos. Onde estava este dia na mídia internacional? Esquecido.


A humanidade se lembra, justamente, das atrocidades do passado, garantindo que ficam nas páginas mais negras da história e fazendo com que as gerações futuras obrigatoriamente se apercebem quão baixo o ser humano pode afundar-se, garantindo que nunca maus esses terríveis atos de crueldade podem acontecer novamente. Muito foi dito e escrito sobre o holocausto judeu, mas sobre o holocausto africano - Escravidão?


Embora não haja registros exatos, foram feitas tentativas para documentar o número médio de escravos arrancados da África e levados para as Américas pelos ingleses, portugueses, espanhois, holandeses, franceses e dinamarqueses. O número oficial é 10 a 11 milhões. Mas vamos pesquisar mais ...

Estimativas credíveis (1) postulam 54 milhões como a cifra de pessoas transportadas contra a sua vontade entre 1666 e 1800. Se levarmos em consideração que o comércio quadruplicou entre 1810 e 1860, e apenas nos EUA, então o valor total seria algo em torno de 200 milhões de pessoas traficadas. Acrescente a isso o efeito sobre as famílias e vemos que este episódio mais terrível de nossa história coletiva é, em termos comparativos, praticamente ignorado.
Forçados a ficar deitados, cabeça contra pé, presos aos seus lugares, sem quaisquer estruturas de higiene ou saneamento, eles chegaram ao destino até seis meses depois num mar de excremento. Ou mortos. E este foi apenas o começo de um pesadelo que em muitos casos viram os escravos tratados como animais, ou pior, obrigados a dormir em condições insalubres e apertadas.

As punições incluíram serem fechados por trás de uma porta pesada, sem espaço para se movimentar durante até três dias, com insetos e escorpiões rastejando por todo o corpo; ser privado de comida e água; ser espancado; ser chicoteado; ser "saqueado" - colocado dentro de um saco, amarrada no pescoço e sendo arrastado ao redor do perímetro da fazenda atrás de um cavalo; ser preso com um anel ao redor do pescoço ou tornozelo; ser atirado para uma masmorra; orelhas cortadas; ossos quebrados; amputação de membros; olhos arrancados; ser enforcado; castração; ser queimado; ser assado. Por quê? Por comer um pedaço de cana de açúcar, por exemplo.

Hoje, 2012, 400.000 pessoas por ano continuam a ser vítimas de escravidão, é por isso que esta coluna raramente é escrita no "Dia da ONU", porque eu considero que todos os dias sejam dias de luta contra a escravidão. Na Mauritânia, um escravo negro pode ser comprado por 11 euros e no Sudão, por 64 Euros. Na Índia, Paquistão, Nepal e Bangladesh, o comércio de escravos continua a processar 25 milhões de euros por ano.

27 milhões de pessoas vivem hoje em condições de escravidão. E não é só em longínquos países como Bangladesh, Sudão ou Mauritânia. De acordo com estatísticas elaboradas por pesquisadores nos Estados Unidos da América (2), "A Agência Central de Inteligência (CIA) estima que 50.000 pessoas são traficadas para, ou transitado através, dos EUA anualmente como escravas sexuais, domésticas, trabalhadores na indústria têxtil, ou escravos agrícolas".

"Entre 100.000 e 300.000 crianças nos EUA estão em risco de tráfico para exploração sexual a cada ano "... 2,8 milhões de crianças nos EUA vivem nas ruas e um terço delas são atraídas para a prostituição dentro de 48 horas depois de sair de casa. Casos de escravidão foram relatados em 90 cidades nos EUA.
Criança dormindo em uma caixa debaixo de uma ponte em Miami

Então, não vamos varrer a escravidão por baixo do tapete, não vamos perpetuar a noção de que isso aconteceu no passado e não continua no presente. Continua, sim e os meios de comunicação internacionais devem assumir a causa, que é uma imensa mancha sobre a identidade coletiva da humanidade.





(1) http://academic.udayton.edu/race/02rights/slave04.htm
(2) http://www.gchope.org/human-slavery-statistics.html

Fonte: Pravda.ru
Imagem: Google

sexta-feira, 30 de março de 2012

Fábrica de Verdades


Um documentário descontraído que discute como a TV influencia a vida das pessoas, como altera o padrão ético, gera o conformismo e controla as massas.

Depoimentos brilhantes como o do escritor Ferréz, de Olgária Matos, Esther Hamburguer, Marcia Tiburi, Pedro Puntoni e Lisa Gunn, mostrando o lado que muitas pessoas sequer chegaram a pensar sobre a TV.

(docverdade)








Fonte: DOCVERDADE

Embaixador do Irã desmistifica imagem de seu país em palestra na ABI



Embaixador do Irã, Mohammad Ezabadi respondeu a todas as perguntas


Embaixador do Irã no Brasil, Mohammad Ali Ghanezadeg Ezabadi conversou animadamente, na noite passada, com um público eclético, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio, e desmistificou a imagem de um país que, sob o ponto de vista de seus inimigos, como os EUA e Israel, seria uma ameaça à paz mundial. Sempre em tom amistoso, sem elevar uma só vez o tom da voz que respondia em fasi às perguntas formuladas em português, Ezabadi foi aplaudido ao destensionar a audiência com uma afirmação inusitada para aqueles que imaginam os iranianos como repressores das mulheres:

Lá no Irã, a última palavra, diante do que a mulher está dizendo, é sempre dos homens: “Sim, senhora”.

A palestra, promovida pela Associação dos Engenheiros da Petrobrás, AEPET, Sindicato do Petroleiros do Rio de Janeiro-SINDIPETRO, CGTB e o Partido Pátria Livre-PPL, abordava o tema da energia nuclear como o centro da pauta, mas temas como o Holocausto, as ameaças dos EUA e de Israel contra o Programa nuclear iraniano e a suposta ameaça nuclear que estaria em curso no país terminaram por dominar o encontro.

A proposta iraniana é de energia nuclear para todos e armas nucleares para país nenhum – desarmou o diplomata.

Segundo Ezabadi, a verdadeira razão do conflito que se desenha, no Golfo Pérsico, entre os EUA e seus aliados é o petróleo, “é isso que motiva os EUA e outros países a querer dominar o mundo”, afirmou.

O Irã é o segundo país do mundo em gás natural e petróleo. E o primeiro que em recursos de hidrocarbonetos. Certamente, haverá uma grande repercussão no mundo no momento em que o Irã passar a somar esse fato a um grande desenvolvimento tecnológico, que é nosso objetivo. No futuro a energia será o ponto final das conversas – previu.

Sobre a construção de artefatos militares a partir do desenvolvimento nuclear, o Embaixador desfaz o discurso do Ocidente.

Isso é um slogan dos EUA sobre o desenvolvimento da tecnologia no Irã. Nós desenvolvemos a energia nuclear para fins pacíficos. Não acreditamos que possuir uma bomba atômica ou fabricar a bomba atômica seja capaz de oferecer segurança para qualquer país. Vejam o caso da ex-URSS. O país possuía muitas bombas atômicas e isso não impediu o colapso do regime. A África do Sul, com todo o seu arsenal atômico, não conseguiu enfrentar as grandes manifestações que colocaram fim ao Apartheid. Nós acreditamos que a segurança de um país está assegurada pela justiça social, pela distribuição da riqueza para o povo, nas posições firmes da nação – afirmou o embaixador.

O desgaste da imagem do Irã perante a opinião pública também foi um fato abordado durante os questionamentos respondidos por Ezabadi. A ação da mídia conservadora, alinhada aos interesses dos EUA, tem causado um estrago considerável na imagem do Irã, admite o diplomata, mas ele espera reverter o quadro “com a verdade”.

Nada melhor do que a verdade para reparar estes danos causados pela campanha de difamação a qual meu país tem enfrentado, em nível mundial. A imagem do Irã, apresentada pela imprensa ocidental, não nos deixa contentes. Basta olhar para história contemporânea iraniana: nunca invadimos nenhuns pais, nunca tivemos um conflito sequer iniciado pelo Irã. Todos podem comprovar que nestes últimos 30 anos, não houve um atentado terrorista sequer no qual o Irã estivesse por trás, nunca foi comprovado isso. Nos atentados de 11 de setembro, será que o Irã estava atrás de tudo isso? Alguém ouvir falar ou leu uma noticia sequer de que um judeu, em qualquer parte do mundo, foi assassinado por um iraniano? Não temos nada contra os judeus. Historicamente o povo iraniano salvou o povo judeu e isso foi registrado na nossa história. O povo judeu esta concentrado no Estado de Israel, mas há uma comunidade grande de judeus que vive no Irã. É tão importante que tem representantes no nosso parlamento – ressaltou.

Ezabadi frisou, ainda, que o argumento do governo sionista de Israel para avocar o direito de autodefesa trata-se, na realidade, de uma falácia. Segundo o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, seu contraparte iraniano, Mahmoud Ahmadinejad teria afirmado que o objetivo do Estado iraniano é “varrer Israel do mapa”, após não reconhecer a existência do Holocausto.

O que o presidente Ahmadinejad fez, na verdade, foi uma pergunta: “Por que o Holocausto, se existiu mesmo, não pode ser pesquisado por ninguém que não seja judeu?”. Daí todo esse mal entendido que se arrasta por tantos anos – rebateu

Apoio brasileiro

Em sua primeira palestra aos brasileiros, o embaixador Ezabadi também fez questão de frisar o apoio do governo brasileiro ao Irã, consolidado na atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o auge da crise entre o Irã e o Ocidente, na questão nuclear.

O presidente Lula colocou o Brasil, de maneira definitiva, no cenário internacional, ao mediar juntamente com a Turquia as negociações junto à ONU, quanto ao nosso programa de enriquecimento de urânio. Somos signatários, desde então, do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, fato que as nações alinhadas aos EUA fazem questão de esquecer. Mas, desde então, temos no Brasil um parceiro sincero e agora, no governo da presidenta Dilma,consolidamos essa ótima relação – concluiu o embaixador iraniano.




Fonte: Correio do Brasil

DIA DA TERRA PALESTINA - Aos "Guerreiros Mirins" que lutam pela Liberdade


Homenagem deste Blog a todas as crianças da Palestina e do mundo árabe que são um exemplo a todos os adultos na luta contra a opressão e a violência.

Sem tempo para serem crianças, viram verdadeiros "guerreiros mirins" na luta pela liberdade de sua terra.

Contra metralhadoras, bombas e tanques essas crianças jogam pedras buscando defender sua terra, na esperança de um dia deixarem de ser "guerreiros mirins", e na ilusão num retorno a sua verdadeira infância e inocência que foi e está sendo violada.

















Fonte: Youtube
Imagem: Google

Israel aumenta truculência no Dia da Terra; Brasil realiza ato

Jovens palestinos participam do protesto pelo Dia da Terra, perto da Cidade de Gaza/ Foto: Hatem Moussa/AP

Os palestinos celebram, nesta sexta (30), o Dia da Terra, data marcada por protestos contra a ocupação de seus territórios por israelenses. Neste ano, também convocaram a chamada "Marcha Global para Jerusalém". Neste dia, serão realizadas manifestações contra a ocupação de terras palestinas e contra a "judaização" de Jerusalém, tanto na Cisjordânia e na Faixa de Gaza como nos países vizinhos. Em São Paulo, será realizada a Frente em Defesa do Povo Palestino, em solidariedade à causa.

A poucas horas do início dos protestos, o governo de Israel deslocou soldados para as fronteiras com o Líbano, Síria e Jordânia e reforçou batalhões na Cisjordânia e na fronteira com a Faixa de Gaza. Com a truculência que lhe é característica, Israel advertiu os governos dos países vizinhos de que reagiria com força a qualquer tentativa de manifestantes de ultrapassar as fronteiras.

A liderança dos cidadãos árabes de Israel, de origem palestina, também planeja realizar manifestações dentro do país, contra o confisco de terras de aldeias árabes na Galileia e no deserto do Negev.

Dia da Terra


A data lembra a resistência de palestinos e palestinas que protestavam contra a ocupação de suas terras por Israel na Galiléia, no dia 30 de março de 1976, quando seis cidadãos árabes - israelenses foram mortos pela polícia durante um protesto contra o confisco maciço de terras pertencentes a aldeias na Galileia, segundo o plano do governo de Israel de "Judaização da Galileia".

Desde então, a data, denominada Dia da Terra, foi adotada por palestinos, tanto nos territórios ocupados como na diáspora, e tornou-se uma das celebrações mais sensíveis do ano, na qual se realizam protestos que frequentemente resultam em confrontos com as autoridades israelenses.

Fronteira

Neste ano, além dos protestos nos territórios ocupados e dentro de Israel, foram anunciadas manifestações no Líbano, na Síria e na Jordânia.

Depois do precedente de maio de 2011, quando refugiados palestinos residentes na Síria e no Líbano tentaram ultrapassar as fronteiras, as autoridades israelenses se preparam para uma eventual repetição da tentativa.

Naquela ocasião, manifestantes palestinos protestaram no dia 15 de maio – data da criação do Estado de Israel, a qual denominam Nakba, que significa catástrofe, em árabe.

O Exército israelense abriu fogo contra os refugiados, que tentavam cruzar as fronteiras a pé, matando 13 pessoas.

No Brasil, solidariedade

Formada por várias organizações da sociedade civil – entre centrais sindicais, movimentos sociais e entidades árabe-brasileiras e islâmicas –, a Frente em Defesa do Povo Palestino realiza em São Paulo, hoje 30, a partir das 17h, na Praça Ramos de Azevedo, um ato em solidariedade ao povo palestino.





Fonte: Vermelho

Para um amigo



Não desanimes meu amigo, nessa batalha não podemos perder um grande guerreiro como você.
Escute essa música que é um verdadeiro remédio para a alma, depois disso retorne para o campo de batalha, pois aqui é o seu lugar.

E lembre sempre que, "Os mais fortes de todos os guerreiros são estes dois — Tempo e Paciência."

quinta-feira, 29 de março de 2012

Roger Waters: É preciso lutar pela liberdade da Palestina


"O objetivo é criar um encontro que irá incentivar homens e mulheres de boa-fé a se unir em apoio da justiça e da liberdade para as pessoas da Palestina". Foi o que declarou em coletiva à imprensa, nesta quarta-feira (28), no hotel Fasano, em Ipanema, no Rio de Janeiro, o baixista e compositor inglês Roger Waters, ex-Pink Floyd, defendeu a causa palestina.

"Quando você observa os dois lados, fica claro que há apenas um a apoiar", disse o músico, ao divulgar o Fórum Social Mundial Palestina Livre, que irá ocorrer em novembro em Porto Alegre.


Segundo ele, o caminho mais correto para Israel é voltar às fronteiras de 1967. "Acho a paz possível, talvez não agora, mas nos próximos anos."

Durante a coletiva ele desabafou "há certas culturas que querem nos vender uma noção de vida que não corresponde ao que a vida é de verdade. O muro da desinformação é provavelmente a força mais potente e negativa que existe".

O músico, que fez críticas ao presidente do Chile, Sebastian Piñera, quando tocou no país no começo de março, elogiou o atual momento do Brasil. E citou o papel do presidente Lula para as mudanças observadas no país.

Waters ressaltou que o crescimento brasileiro e da América Latina como um todo nos últimos anos demonstra uma reconfiguração nesta região. "Apesar de não morar aqui, sinto que as pessoas estão se organizando melhor, a distribuição está sendo feita de uma forma mais justa do que no passado. O país está se tornado um exemplo de potência mundial."




Fonte: Vermelho

O racismo de que os EUA gostam


Em Gaza, os americanos viram o rosto

O racismo a serviço do império euroamericano

por Mauro Santayana

Podemos talvez encontrar a origem do racismo, a partir do equívoco bíblico, de que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança. Levando a idéia ao pé da letra, nasceu a paranóia da intolerância ao outro. A imagem negra de Deus é a de seus deuses africanos, a imagem judaica de Deus é a de um patriarca hebreu, na figura de Jeová. Os muçulmanos não deram face a Alá, nem veneram qualquer imagem de Maomé, mas isso não os fez mais santos. Desde a morte de Maomé, seus descendentes e discípulos se separaram em seitas quase inconciliáveis, que se combatem, todas elas reclamando o legado espiritual do Profeta. Os muçulmanos, como se sabe, reconhecem Cristo como um dos profetas.

Os protestantes da Reforma também prescindiram de imagens sagradas, o que, sem embargo, não os impediu de exercer intolerância e violência contra os católicos, com sua inquisição – em tudo semelhante à de seus adversários.

Essa idéia que associa as diferenças étnicas e teológicas à filiação divina, tem sido a mais perversa assassina da História. Os povos, ao eleger a face de seu Deus, fazem dele cúmplice e protetor de crimes terríveis, como os de genocídio. O Deus de Israel, ao longo da Bíblia, ajuda seu povo, como Senhor dos Exércitos, a “passar pelo fio da espada” os inimigos, com suas mulheres e seus filhos. Quando Cortés chegou ao México, incitou os seus soldados ao invocar a Deus e a São Tiago, com a arenga célebre: “adelante, soldados, por Dios y San Tiago”.

Quando falta aos racistas um deus particular, eles, em sua paranóia, se convertem em seus próprios deuses. Criam seus mitos, como os alemães, na insânia de se considerarem os mestres e senhores do mundo. Dessa armadilha da loucura só escaparam os primitivos cristãos, mas por pouco tempo, até Constantino. A Igreja, a partir de então, se associou aos interesses dos grandes do mundo, e fez uma leitura oportunista dos Evangelhos.

A partir do movimento europeu de contenção dos invasores muçulmanos e do fanatismo das cruzadas, a cruz, símbolo do sacrifício e da universalidade do homem, se converteu em estandarte da intolerância. Nos tempos modernos, o símbolo se fechou – com a angulação dos braços, no retorno à cruz gamada dos arianos – em sinal definitivo e radical da bestialidade do racismo germânico sob Hitler.

Os fatos dos últimos dias e horas são dramática advertência da intolerância, e devem ser vistos em suas contradições dialéticas. O jovem francês que mata crianças judias e soldados franceses de origem muçulmana, como ele mesmo, é o resultado dessa diabólica cultura do ódio de nosso tempo aos que diferem de nós, na face e nas crenças. É um tropeço da razão considerar todos os muçulmanos terroristas da Al-Qaeda, como classificar todos os judeus como sionistas e todos alemães como nazistas. Ser muçulmano é professar a fé no Islã – e há muçulmanos de direita, de esquerda ou de centro.

Merah, se foi ele mesmo o assassino, matou cidadãos do moderno Estado de Israel, como eram as vítimas da escola de Toulouse, mas também muçulmanos do Norte da África, como ele mesmo. Os fatos são ainda nebulosos, e os franceses de bom senso ainda duvidam das versões oficiais, como constatou Teh Guardian em matéria sobre o assunto.

Em El Cajon, nas proximidades de San Diego, na Califórnia – uma comunidade em que 40% de seus habitantes é constituída de imigrantes do Iraque, uma senhora iraquiana, que morava nos Estados Unidos há 19 anos, foi brutalmente assassinada, com o recado de que, sendo terrorista, depois de morta deveria voltar para o seu país. O marido, também iraquiano, é, por ironia da circunstância, empregado de uma firma que assessora o Pentágono na preparação psicológica dos militares que servem no Oriente Médio. E também nos Estados Unidos, na Flórida, um vigilante de origem hispânica (embora com o sobrenome significativo de Zimmermann, bem germânico) matou, há um mês, um jovem de 17 anos, Travyon Martin, provocando a revolta e os protestos da comunidade negra.

Em Israel, o governo continua espoliando os palestinos de suas terras e casas e instalando novos assentamentos para uso exclusivo dos judeus. O governo de Telavive não reconheceu a admoestação da ONU de que isso viola os direitos humanos essenciais. Os Estados Unidos votaram contra a advertência internacional a Israel.

Como se vê os direitos humanos só são lembrados, quando servem para dissimular os reais interesses de Washington e de seus aliados e dar pretexto à agressão a países produtores de petróleo e de outras riquezas, como ocorreu com o Iraque, a Líbia e o Afeganistão.



Extraído do JB online

Veja a matéria completa aqui


Fonte: IraNews


Quantas violações ainda falta(riam) para que o "Prêmio Nobel da PAZ" declare os crimes de Israel?


Quantas violações ainda falta(riam) para que os EUA declarem os crimes de Israel?

*Franklin Lamb, Veracity Voice

Dia 6/3/2012, o Serviço de Pesquisas do Congresso dos EUA [orig. US Congressional Research Service, CRS] divulgou relatório ao Congresso dos EUA, sobre uma lei vigente que impõe restrições ao uso de armamento fabricado nos EUA, pelos países que recebem essas armas. Para os que acompanham o assunto, não há grande novidade no relatório do CRS, por mais que Israel continue a violar rotineiramente praticamente todas as leis norte-americanas criadas para regular o modo como são usadas as armas norte-americanas entregues a outros países.[1]

Segundo nos disse um pesquisador do CRS que pediu para não ser identificado, em conversa pelo Skype e, depois, em memorando enviado por e-mail:

“Um estagiário e eu decidimos, quase de brincadeira, contar as violações das leis de uso de armas americanas por Israel, desde a aprovação da Lei AECA [US Arms Export Control Act] , em 1976, até o mês passado [fevereiro de 2012]. Estimamos que tenha havido mais de 2,5 milhões de violações, se se consideram as leis vigentes, a história legislativa e o objetivo do Congresso ao aprovar aquela lei. Para essa estimativa, consideramos todas as violações do Acordo ACEA e da lei de 1961, de Assistência Militar a outros países [orig. Foreign Assistance Act]. Consideraram-se vários tipos de armas, munição US 155 mm, vários tipos de mísseis, bombas, foguetes e, evidentemente, bombas de fragmentação. Por exemplo, se Israel fosse julgada por infringir leis vigentes, a promotoria teria como provar facilmente que as bombas de fragmentação lançadas contra o Líbano em 2006 foram violação ‘extra’, além das mais de 2 mi de bombas usadas na invasão do Líbano e nas invasões subsequentes (1978, 1993 e 1996). Se se somam também as vezes que Israel usou armas norte-americanas contra Gaza, Cisjordânia e Síria, o número real de violações daquelas leis chegará facilmente a vários milhões. Todas acobertadas pela mais completa impunidade.”

Nos termos da lei norte-americana, o governo dos EUA é obrigado a impor condições muito estritas ao uso contra populações civis, de armas entregues a países estrangeiros pelos EUA. Violações dessas condições podem levar à suspensão de fornecimento de armas norte-americanas ou ao cancelamento de contratos e, em caso extremo, ao cancelamento de toda ajuda militar ao país violador.

A sessão 3(a) da Lei AECA fixa os critérios para que países sejam elegíveis para receber armas norte-americanas e fixa claramente as condições sob as quais aquelas armas podem ser usadas. A sessão 4 da Lei AECA determina que armas norte-americanas podem ser vendidas a nações amigas “para uso exclusivo em atos de autodefesa legítima e na “segurança interna” e para capacitar alguns países a participar de “medidas coletivas exigidas pela ONU com o objetivo de manter ou restaurar a paz e a segurança internacionais.”

No caso de que o Presidente do Congresso entenda, nos termos do disposto nas seções acima da Lei AECA, que houve “violação substantiva” de acordo aplicável a venda de armas, o país envolvido naquela compra torna-se automaticamente inelegível para receber qualquer outro tipo de arma norte-americana. O mesmo ato proíbe que os EUA deem aval, garantias em empréstimos ou participem em outros negócios com o país violador, que ficará impedido, até, de receber armas por efeito de compras já feitas ou contratos vigentes.

Os EUA só usaram uma vez essa via, contra Israel

No verão de 1982, questões levantadas por pesquisadores em Beirute e pelo jornalista Jonathan Randal do Washington Post, sobre o uso, por Israel, de armas e equipamentos militares fornecidos pelos EUA no Líbano, em junho e julho daquele ano, levaram o governo Reagan a declarar, dia 15/7/1982, que Israel “teria possivelmente” violado o Acordo de Assistência para Mútua Defesa EUA-Israel [Mutual Defense Assistance Agreement with the United States (TIAS 2675)] de 23/7/1952 e a Lei AECA.

Nos termos do acordo entre EUA e Israel de 1952, “O governo de Israel assegura ao governo dos EUA que tais equipamentos, materiais ou serviços que sejam adquiridos dos EUA (...) são necessários e serão usados exclusivamente para manter a segurança interna, na legítima autodefesa de Israel, ou para permitir que Israel participe na defesa da área na qual está inserida, ou de ações e medidas de segurança coletiva ordenadas pela ONU; e que Israel não empreenderá nenhuma ação de agressão contra qualquer outro estado.”

Naquela ocasião, todas as preocupações centravam-se na questão de se Israel teria ou não usado bombas de fragmentação fornecidas pelos EUA contra alvos civis, no bombardeio massivo contra a área oeste de Beirute, durante o sítio de quase três meses.

A Comissão de Assuntos Exteriores da Câmara de Deputados dos EUA organizou audiências públicas sobre essa questão, em julho e agosto de 1982. Dia 19/7/1982, o governo Reagan anunciou que passava a proibir novas exportações de bombas de fragmentação para Israel. A proibição foi levantada pelo mesmo governo Reagan em novembro de 1988, sob pressão do lobby pró-Israel sobre a Casa Branca, que ameaçou boicotar a campanha eleitoral de George H. W. Bush, que concorria contra o senador Walter Mondale.

Os fatos desse evento, centrado em eventos ocorridos no Líbano, são instrutivos.

Durante a guerra do Ramadan de 1973, a primeira-ministra de Israel, Golda Meir, vendo que as forças árabes avançavam sobre Israel, depois da ofensiva síria e egípcia de 6/10, e alertada pelo ministro israelense da Defesa sobre o desastre iminente, ameaçou o presidente Nixon: Israel usaria bombas nucleares, a menos que os EUA viessem em socorro de Israel. A resposta imediata de Nixon foi ordenar embarque imediato, para Israel, por avião, das armas norte-americanas armazenadas para uso na guerra do Vietnã, na base Clark da Força Aérea dos EUA, próxima da Baía Subic, nas Filipinas. O comandante daquela base demitiu-se, depois de responder a Washington que, com os EUA já na defensiva no Vietnã, aquelas armas eram necessárias para os soldados norte-americanos. Entre as armas armazenadas na base Clark havia oito tipos de bombas norte-americanas de fragmentação, inclusive as M-42, M-46,CBU-58 A/B, APAM (BLU) 77/B, MK 20 “Rockeye”, MK 118 e as “Birdies”, que era como os Marines em Beirute referiam-se às M-43 no final de 1982 e 1983.

Durante um encontro no final de junho de 1982 com o primeiro-ministro Begin de Israel, Reagan recebeu um bilhete escrito à mão, de George Shultz. Baseado na informação que tinha em mãos, Reagan disse diretamente a Begin que os EUA tinham informação confiável de que Israel estava usando armas norte-americanas contra civis no Líbano. Nesse ponto da conversa, nas palavras de Reagan, Begin deu sinais de intensa agitação. Tirou os óculos, olhou diretamente para Reagan e apontou-lhe o dedo: “Senhor presidente, Israel nunca usou e nunca usaria armas norte-americanas contra civis, e dizer o contrário é libelo mortal contra todos os judeus, em todo o mundo.” Imediatamente depois do encontro, Reagan disse ao secretário de Defesa Casper Weinberger, como relatam o próprio Weinberger e vários biógrafos de Reagan, que “eu não sei o que significa “libelo mortal”, mas sei que o homem olhou-me diretamente nos olhos e mentiu para mim.”

A sugestão original do secretário de Estado George Schultz a Reagan, de que Israel estava usando dois tipos (as M-42 e as CBU-58) de bombas de fragmentação norte-americanas foi logo transformada e divulgou-se a ‘explicação’ segundo a qual Israel. de fato, usara todos os oito tipos de bombas de fragmentação norte-americanas que Nixon enviara a Golda Meir, em outubro de 1973.

Mas no final de julho de 1982, apresentaram-se provas de que Israel usara os oito tipos de bombas norte-americanas de fragmentação, numa assembleia do Pentágono e outros altos oficiais, no prédio da Indian Head Ordnance, no rio Potomac, ao sul de Maryland, segundo depoimento da falecida jornalista americana Janet Lee Stevens. Ali se expuseram provas materiais ainda preservadas, inclusive fotos e bombas de fragmentação, algumas das quais ainda cheias de minol, elemento altamente explosivo, que carreguei pessoalmente na minha mala; todo esse material foi recolhido pela jornalista Janet e sua equipe de pesquisa (na qual trabalhavam combatentes palestinos enviados por Yassir Arafat e Khalil al Wazir (Abu Jihad), alguns combatentes Marabatoun, vários homens da milícia Amal e eu, para ajudar na tarefa de recolher provas).

O lobby EUA-Israel, não por acaso, considera absolutamente inócuas as leis norte-americanas sobre controle do uso de armas norte-americanas. As proibições contra Israel usar armas norte-americanas contra civis jamais foram consideradas, e como tudo indica jamais serão consideradas, dentre outros motivos porque o governo israelense mantém a ocupação de praticamente todo o governo dos EUA.

O valor antigamente tão prezado de todos os cidadãos norte-americanos, de viverem em nação erguida sobre leis humanitárias, e a confiança de que o interesse da segurança nacional dos EUA seria defendido por política externa que brotasse da convicção de que todas as nações são iguais e merecem idêntico respeito, foram sacrificados, para retardar o mais possível o inevitável colapso da empresa colonial de apartheid que Israel tentou implantar na Palestina.

A genuflexão de Obama (“nosso apoio é incondicional”) ante Israel aumenta os riscos que pesam contra os EUA, os quais, hoje, já ameaçam com armas norte-americanas todo e qualquer país, no Oriente Médio, e além dele, que sequer considerem a possibilidade de confrontar a aspiração sionista de dominação regional.

É mais que hora de os cidadãos norte-americanos retomarem para eles mesmos o próprio país e voltarem a se integrar à comunidade das nações, em atitude de mútuo respeito por todos os países e por todos os povos, sem permitir que os EUA continuem comprometidos em alianças espúrias com seja quem for.

[1] O relatório “U.S. Defense Articles and Services Supplied to Foreign Recipients: Restrictions on Their Use”, assinado por Richard F. Grimmett, especialista em segurança internacional, distribuído dia 6/3/2012, de apenas 7 laudas, e que parece ser documento burocrático, que não avança além de ‘possíveis violações’ ocorridas até 1985, pode ser lido em http://www.fas.org/sgp/crs/weapons/R42385.pdf.

Sobre Israel, lê-se lá, em 2012:

“Em duas ocasiões surgiram questões sobre uso impróprio que Israel teria dado a armamento produzido nos EUA, mas o presidente (governo Reagan) concluiu expressamente que não houvera qualquer violação do acordo sobre uso de armas: dia 1/10/1985, Israel usou aviões que lhe foram fornecidos pelos EUA para bombardear o quartel-general da OLP na Tunísia; o governo Reagan declarou logo depois que o ataque israelense fora “expressão compreensível da necessidade de autodefesa”, embora “não se possam desconsiderar os efeitos do bombardeio propriamente dito”. E dia 14/6/1976, depois da missão israelense de resgate no aeroporto do Entebbe, Uganda, o Departamento de Estado dos EUA declarou oficialmente que o uso pelos israelenses de equipamento militar fornecido pelos EUA naquela operação acontecera conforme os termos de acordo vigente desde 1952 entre EUA e Israel” (p. 6).


*Dr. Franklin Lamb é diretor do grupo “Americans Concerned for Middle East Peace”, Beirut-Washington; é membro da Fundação Sabra Shatila; e militante a favor de direitos humanos para os palestinos, no Líbano. É autor de The Price We Pay: A Quarter-Century of Israel’s Use of American Weapons Against Civilians in Lebanon [O preço que pagamos: 25 anos de uso de armas norte-americanas contra civis no Líbano]. Vive no Líbano. Recebe e-mails em fplamb@gmail.com




Tradução: Vila Vudu

Fonte: IraNews

Imagem: Google



quarta-feira, 28 de março de 2012

A vergonhosa violência de Israel contra crianças palestinas


Soldado de Israel pisa sobre criança palestina. Antes agrediu a mãe


A vergonhosa violência contra crianças palestinas

Paulo Moreira Leite

Tempos atrás, fiz uma nota sobre os maus tratos sofridos por crianças palestinas que são presas pelas forças de segurança de Israel. É uma situação preocupante e vergonhosa, que, aos poucos, começa a se tornar debate internacional.

Não se trata de uma repressão destinada a impedir pequenos furtos e atos de violência. São medidas que visam punir adolescentes e crianças — o limite legal é 16 anos — que jogam pedras em soldados de Israel e também em colonos instalados, à revelia da lei internacional, na Cisjordânia, que é território palestino.

Minha primeira nota se baseava numa reportagem da correspondente do jornal inglês “Guardian”, que conversou com crianças, advogados e famílias.
Agora, “El País” publica uma reportam sobre o assunto. Conforme o jornal, ”o tratamento que recebem os menores palestinos detidos pelas forças de segurança israelenses preocupa há tempos as chancelarias europeias e as organizações de defesa da infância. Preocupam-se de que os jovens sejam interrogados sem a presença de um advogado, que sejam encerrados em celas de isolamento e, sobretudo, que sofram maus-tratos.”

Segundo o jornal, a ONG Defense for Children International (DCI) compilou casos durante quatro anos. Numa investigação que tem apoio da União Européia, a DCI afirma que se encontrou um “padrão de abusos sistemáticos” e, pior ainda, “alguns casos de torturas praticadas em crianças encarceradas em centros militares”.

Todos os anos, diz a entidade, o exército israelense detém, interroga e encarcera entre 500 e 700 menores. Com base em 311 declarações juradas de menores palestinos detidos, 234 menores sofreram algum tipo de violência física durante ou depois da detenção; 57% dos detidos receberam ameaças e 12% foram encerrados em uma cela de isolamento.

Duas entidades israelenses, B’Tselem e Médicos pelos Direitos Humanos, costumam condenar o tratamento dado aos menores palestinos nos cárceres israelenses.

Mark Regev, porta-voz do governo israelense, afirma que, “quando as autoridades militares detêm menores, o fazem de acordo com os procedimentos específicos necessários”.

A lei militar considera menores apenas quem ainda não completou 16 anos de idade, o que significa que a partir daí mesmo quem ainda é considerado adolescente recebe o tratamento mais severo reservado a adultos — e não há mais um cuidado específico com sua situação. Os menores de 16 anos são tratados por tribunais especiais, cujo objetivo é adequar o tratamento às características do acusado.

Leia como “El País” descreve o padrão de trabalho das forças de segurança israelenses para capturar os menores: ”Costuma ocorrer durante a noite. Os blindados entram no povoado e tiram os menores de suas casas, algemados e com os olhos vendados. Levam-nos até um centro de detenção para interrogá-los, sem que possam acompanhá-los nenhum familiar e muitas vezes sem que haja um advogado presente durante o interrogatório.”

Conforme a ONG DCI, “em quase um terço dos casos estudados, os menores são obrigados a assinar documentos em hebraico, que não compreendem. Em um prazo de oito dias, os menores comparecem, com correntes nos tornozelos, diante de um tribunal militar situado em Israel, em violação ao artigo 76 da quarta Convenção de Genebra, que proíbe tais transferências. É então que têm a oportunidade de ver pela primeira vez seus familiares, desde que estes consigam as permissões necessárias para entrar no país a tempo.”

Segundo o jornal, “cerca de dois terços dos menores detidos acabam em um presídio israelense, segundo dados da ONG DCI. A organização explica que nos últimos anos, entretanto, houve uma melhora significativa no sistema penitenciário. Uma das novidades positivas que raramente as autoridades israelenses mantém menores e adultos em cárceres diferentes, o que antes ocorria com mais frequencia.





Fonte: IraNews
Imagem: Google, IraNews

Líder de golpe de Estado no Mali foi treinado pelos EUA



O capitão Amadou Sanogo, líder do golpe de Estado perpetrado no Mali contra o presidente Amadou Toumai Touré, recebeu treinamento nos Estados Unidos "em diversas ocasiões", incluindo aulas báscias sobre comando de soldados, de acordo com um oficial do Departamento de Defesa norte-americano, em entrevista ao The Washington Post.

Concretamente, Sanogo participou do Programa Internacional de Educação e Treinamento Militar, uma iniciativa financiada pelo Departamento de Estado para militares estrangeiros selecionados por membros de embaixadas norte-americanas ao redor do mundo, conforme informou o oficial Patrick Barnes, integrante do AFRICOM (Comando dos Estados Unidos para África), que não deu mais detalhes.


O AFRICOM planejava para o mês passado uma simulação militar em grande escala no Mali, cancelado pelo perigo representado pelos insurgentes tuaregs no Norte do país, que se aproveitaram do golpe para avançar suas posições.


Sanogo, presidente do recém criado CNRDE (Comitê Nacional para a Restauração da Democracia e do Estado), se reuniu com várias personalidades da sociedade civil horas depois do anúncio do golpe pela mídia local.


Um dos primeiros partidos políticos a expressar apoio ao novo regime foi o SADI (Solidaridade Africana para a Democracia e a Independência (SADI), cujo líder, Oumar Mariko (candidato à Presidência que sofreu uma tentativa de assassinato), confirmou a adesão.


Os golpistas -- todos são jovens oficiais -- não não muito conhecidos no Mali e não ocupavam postos importantes no comando militar. "Não queremos nos eternizar. Atuamos para salvar o país e prometemos ao povo malinês que restituiremos no poder um Governo eleito.




Fonte: Opera Mundi
Imagem: Google

Subsecretária da ONU visitará Panamá e Brasil para estreitar a coordenação com esses países no tema de preparação frente a desastres naturais????



A responsável pelas Nações Unidas para os assuntos humanitários, Valerie Amos, iniciará amanhã uma viagem ao Panamá e ao Brasil para estreitar a coordenação com esses países no tema de preparação frente a desastres naturais.

Com esse objetivo, a também subsecretária geral da ONU visitará a capital panamenha e as cidades brasileiras Brasília e Rio de Janeiro, segundo um anúncio oficial distribuído hoje na sede da organização mundial em Nova Iorque.

No país centro-americano, Amos participará da quinta reunião regional sobre a coordenação para questões humanitárias, dedicada ao trabalho coletivo na resposta e manejo de catástrofes e ao apoio requerido durante as emergências.

Também sustentará um encontro com o chanceler panamenho, Roberto Henríquez, e com o diretor de proteção civil, Arturo Alvarado.

Depois viajará a Brasília, onde conversará com o ministro de Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, e representantes da ONU no Brasil a respeito do estreitamento da cooperação em questões humanitárias.

No dia 3 de abril Amos estará no Rio de Janeiro, ponto final de seu percurso.





Fonte: Prensa Latina

Fidel Castro: Os tempos difíceis da humanidade


O comandante da Revolução cubana, ex-presidente Fidel Castro, recebe nesta quarta-feira (28) em Havana o papa Bento XVI. Na véspera, Fidel divulgou uma breve reflexão em que expressa suas preocupações com os destinos da humanidade.

O mundo está cada vez mais desinformado no caos de acontecimentos que se sucedem a ritmos jamais imaginados.

Nós que vivemos um pouco mais de anos e experimentamos certa avidez pela informação, podemos testemunhar o volume da ignorância com que enfrentávamos os acontecimentos.

Enquanto no planeta um número crescente de pessoas carece de habitação, pão, água, saúde, educação e emprego, as riquezas da Terra são malbaratadas e desperdiçadas em armas e intermináveis guerras fratricidas, o que se converteu – e se desenvolve cada vez mais – em uma crescente e abominável prática mundial.

Nosso glorioso e heroico povo, apesar de um desumano bloqueio que já dura mais de meio século, não arriou jamais suas bandeiras; lutou e lutará contra o sinistro império. Esse é nosso pequeno mérito e nosso modesto aporte.

No polo oposto de nosso planeta, onde está situada Seul, capital da Coreia do Sul, o presidente Barack Obama se reúne em uma Cúpula de segurança nuclear, para impor políticas relacionadas com a disposição e o uso de armas nucleares.

Tratam-se, sem dúvidas, de fatos insólitos.

Pessoalmente não me apercebi destas realidades por simples casualidade. Foram as experiências vividas durante mais de 15 anos desde o triunfo da Revolução cubana – depois da batalha de Girón, o criminoso bloqueio ianque para render-nos pela fome, os ataques piratas, a guerra suja e a crise dos foguetes nucleares em outubro de 1962 que pôs o mundo à beira de uma sinistra hecatombe –, quando cheguei à convicção de que marxistas e cristãos sinceros, os quais tinha conhecido muitos, independentemente de suas crenças políticas e religiosas, deviam e podiam lutar pela justiça e a paz entre os seres humanos.

Assim o proclamei e assim o mantenho sem vacilação alguma. As razões que hoje posso esgrimir são absolutamente válidas e ainda mais importantes, porque todos os fatos transcorridos há quase 40 anos o confirmam; hoje e com mais razão do que nunca, porque marxistas e cristãos, católicos ou não; muçulmanos, xiitas ou sunitas; livres pensadores, materialistas dialéticos e pessoas pensantes, ninguém seria partidário de ver desaparecer prematuramente nossa irrepetível espécie pensante, na espera de que as complexas leis da evolução deem origem a outra parecida e que seja capaz de pensar.

Prazerosamente saudarei na manhã desta quarta-feira (28) sua Excelência o papa Bento XVI, como fiz com João Paulo II, um homem a quem o contato com as crianças e os cidadãos humildes do povo suscitava, invariavelmente, sentimentos de afeto.

Decidi por isso solicitar-lhe uns minutos de seu muito ocupado tempo quando soube pela boca de nosso chanceler, Bruno Rodríguez, que ele gostaria desse modesto e simples contato.


Fidel Castro Ruz
27 de março de 2012, 20h35





Fonte: Vermelho
Imagem: Google

Negócios bélicos sem recessão



Os efeitos da crise financeira internacional, cada vez mais presentes em uma economia dominada pela globalização, evitam o prometedor e multimilionário comércio de armas e serviços militares, que ganha cada vez mais espaço.

Em um meio onde se escutam com frequência os termos pobreza, fome, volatilidade e dívidas incumpridas, dados do Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (SIPRI) mostram os ares de bonança que permeiam esse negócio.

As estatísticas revelaram que as vendas de armas e serviços das 100 principais companhias vinculadas à atividade chegaram a 411 bilhões de dólares em 2010, com um crescimento de um porcento em relação ao ano anterior.

Na mesma tendência, o volume das transferências mundiais de armas em 2007-2011 foi 24% superior ao de 2002-2006, e os cinco maiores importadores foram todos estados asiáticos.

Ásia e Oceania realizaram 44% das importações globais de armas, seguidas pela Europa (19%), Oriente Médio (17%), América (11%) e África (nove porcento).

A relação das cem empresas que lideram a atividade tem 44 companhias estadunidenses, as quais concentram 60% do valor total das transações.

São trinta as firmas europeias responsáveis por 29% do negócio.

No entanto, a concentração é evidente ao avaliar que as 10 primeiras da lista contribuem com 56% das vendas, equivalentes a 230 bilhões de dólares.


Obviamente, sete delas são estadunidenses, e em primeiro lugar está Lockheed Martin - especializada em aeronaves, equipamentos eletrônicos e mísseis - com transações em 2010 que totalizaram 35 bilhões, 730 milhões de dólares.

Representando o Velho Continente está a britânica BAE Systems, em segundo lugar com 32 bilhões, 880 milhões de dólares; enquanto que a italiana Finmeccanica é oitava com 14 bilhões, 410 milhões de dólares.

Navios, aviões de última geração, veículos blindados de diversos tipos, armas leves, mísseis, radares e munições se combinam com serviços de manutenção, logística e inclusive treinamento para gerar despesas milionárias.


Especialistas do SIPRI afirmaram que o comportamento dos negócios reflete a existência de lucros constantes, sem indício algum de impacto negativo gerado pela crise financeira internacional.

É evidente que as quantias manejadas nada têm a ver com a ameaça de recessão, flagelo que já afeta várias economias da zona do euro como a Itália, a Grécia e Portugal.

O negócio das armas e os serviços militares ignoram também a existência de bilhões de pessoas em todo o planeta que se encontram sob os efeitos da fome.

Só para nutrir a reflexão: os dados do Banco Mundial indicam que com um um dólar per capita anualmente, mais de quatro bilhões de pessoas se beneficiariam com o consumo de trigo enriquecido, ferro, alimentação complementar e micronutrientes em pó.

Essa cifra é menos que metade do custo total de um portaviões de nova geração do tipo CVN-78 (9,7 bilhões de dólares), do qual o governo dos Estados Unidos espera possuir pelo menos três unidades nos próximos 10 anos.

As cifras são eloquentes, considerando que os 10 sistemas de armamentos mais caros no mundo acumulam 868 bilhões de dólares ao adicionar os custos de pesquisa, desenvolvimento e produção.

Em matéria de mísseis, a Lockheed Martin desenvolveu o programa do Trident II a um custo aproximado de 53 bilhões de dólares e com um preço de 65,7 milhões por unidade. O orçamento de defesa dos Estados Unidos contabiliza 561 dessas pérolas.

Também está a aeronave P-8A Poseidon, dedicada a patrulhar os mares e à luta antisubmarina, valorizada em 206 milhões de dólares por nave, que custou 33 bilhões de dólares para desenvolver e produzir.

Aviões de última geração como o F-35 (109,5 milhões de dólares por unidade), o F-22 Raptor (211,6 milhões) e o F/A-18E/F Super Hornets (90,8 milhões de dólares) fazem parte da lista de sofisticados dispositivos de morte.

Figura também o submarino nuclear classe Virginia, com um custo unitário de 2,5 bilhões de dólares e capaz de transportar até 38 tipos diferentes de armamentos, entre eles torpedos, minas e mísseis.

Tudo isso é só uma mostra das dimensões do negócio bélico, em estável expansão apesar das turbulências na economia mundial.







Fonte: Prensa Latina
Imagens: Google (colocadas por este blog

terça-feira, 27 de março de 2012

Barack Obama e Medvedev



Obama e Medvedev em Seul, à margem da II Cimeira sobre Segurança Nuclear.

Em declarações à imprensa após o encontro, o presidente norte-americano indicou que os dois países têm ainda “trabalho a fazer” para resolver as suas diferenças.

Por outro lado, Obama salientou que entre as questões sobre as quais EUA e Rússia estão de acordo está a necessidade de apoiar a proposta do enviado especial da ONU e Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, para por fim à violência e estabelecer um Governo “legítimo” naquele país árabe.


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Acordos, chantagens, troca de favores, isto e muito mais deve estar por trás dessa "conversa" entre os dois mandatários. Eu acredito que a pressão na Síria é uma forma de pressionar Medvedev mais ou menos assim:

"Se a Rússia não se intrometer no futuro ataque que Israel quer fazer ao Irã, Obama deixa de ameaçar a Síria, talvez toda essa rebelião plantada na Síria seja um tipo de chantagem para os EUA e Israel se precaverem de que a Rússia vai ficar quieta e não vai se meter a defender o Irã".

Espero sinceramente estar enganado, mas é o que me parece.


(Burgos Cãogrino)






Fonte do Vídeo: Youtube

Argentina discute militarização das Malvinas durante Cúpula


Durante a II Cúpula de Segurança Nuclear, que é realizada na Coreia do Sul, o chanceler argentino Héctor Timerman advertiu sobre o envio de um submarino nuclear inglês ao Atlântico Sul e exigiu que a Grã-Bretanha “confirme a ausência de armas nucleares” nesta zona. Por meio de seu vice-ministro Nicholas Clegg, o Reino Unido, sem apresentar provas ou argumentos, qualificou esse pedido como “infundado”.


Durante sua intervenção, Timerman chamou atenção para os “recentes episódios de militarização” segundo os quais “uma potência extra-regional envia um submarino nuclear a uma zona cuja soberania é objeto de disputa reconhecida pelas Nações Unidas e se nega ao mesmo tempo a confirmar se com esta ação não estaria introduzindo armas nucleares na zona desnuclearizada”.



Nick Clegg reforçou, nesta terça-feira (27), que as suposições de que o Reino Unido teria enviado um submarino nuclear às Malvinas são "sem fundamentos".




“Meu país demanda que se respeite o compromisso de paz que os países sul americanos escolheram para a região. A Argentina exige que a potência extra-regional que recentemente enviou um submarino capacitado para transportar arsenal nuclear para patrulhar o Atlântico Sul confirme a ausência de armas nucleares na região”, disse Timerman.

O chanceler sustentou ainda, frente aos mandatários e representantes diplomáticos das potências (entre os quais o presidente dos EUA, Barack Obama) que a militarização britânica nas Malvinas “nos traz novamente o tema do alcance do compromisso por parte dos países possuidores de armas nucleares com suas obrigações como Estados parte de tratados de zonas livres de armas nucleares”.

O ministro argentino lembrou que seu país, junto ao Brasil, "conforma o eixo sobre o qual se constrói a desnuclearização do Atlântico Sul" e "não se deve utilizar a dissuasão nuclear contra países que renunciaram as armas de destruição em massa".

“Um tratado que estabelece uma zona livre de armas nucleares é, antes de tudo, um tratado de segurança. Que proteção nos dá o tratado de não proliferação quando uma potência nuclear ameaça de maneira direta ou velada com a possibilidade de introduzir armas nucleares na zona desnuclearizada?”, questiona Timerman.




Fonte: Vermelho, com informações da Efe
Tradução: Da Redação
do Vermelho
Imagens: Google

Índia: Brics discute criar banco para fomentar desenvolvimento


A presidente Dilma Rousseff desembarcou nesta terça-feira (27) em Nova Déli, na Índia, para participar da 4ª Cúpula do Brics (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). De acordo com informações do governo, o encontro pretende discutir sobre como estimular o crescimento econômico de forma sustentável e equilibrada.


Ainda segundo o governo, Dilma seguiu para a Índia acompanhada dos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Aloizio Mercadante (Educação), Marco Antonio Raupp (Ciência, Tecnologia e Inovação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Helena Chagas (Comunicação Social), além do governador de Sergipe, Marcelo Déda, e 110 empresários.

Participarão da reunião os líderes dos cinco países do bloco: a presidente brasileira, o premiê indiano, Manmohan Singh, e os presidentes Dmitri Medvedev, da Rússia, Hu Jintao, da China, e Jacob Zuma, da África do Sul.

Segundo nota do governo Indiano, a principal reunião será na quinta-feira (29), na qual Manmohan Singh apresentará a proposta de criação do banco do desenvolvimento do Brics. “A ideia é que a instituição se dedique aos investimentos em projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em nações pobres e emergentes. O processo de criação do banco deve ocorrer a longo prazo”, informou a nota.

"Os países membros do Brics representam cerca de 19% do PIB mundial. Desse modo, nossa principal discussão é a proposta de criar (no futuro) um banco dos Brics" destinado a financiar investimentos e projetos de infraestrutura, informou à imprensa o ministro de Indústria, Fernando Pimentel.

A expectativa é de que os líderes assinem uma declaração sobre a intenção de criar o Banco de Desenvolvimento do Brics, que funcionaria como uma espécie de alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional.

Para Fabiano Mielniczuk, coordenador de pesquisa do Brics Policy Center, uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro e da PUC/RJ, a criação do "Banco de Desenvolvimento dos Brics deve virar realidade em cerca de três anos. A intenção é ter dinheiro para investir nos próprios países do grupo e em outros países em desenvolvimento", declarou à imprensa.

Segundo ele, "até o momento, estes países foram forçados a se submeter a políticas de condicionalidade, tendo de cumprir exigências feitas pelo Banco Mundial ou do FMI em troca de empréstimos. Isso não aconteceria com o banco do Brics".

A 4ª Cúpula também discutirá a assinatura de atos em relação a um tema que vem sendo discutido desde a realização da primeira Cúpula do Brics: a criação de mecanismos para facilitar o comércio e o financiamento em moeda local de investimentos realizados entre os países do bloco.

Ao fim da 4ª Cúpula, a presidente Dilma continuará na Índia para reuniões bilaterais com o premiê Manmohan Singh. Na sexta-feira (30), Dilma deve assinar uma série de acordos bilaterais com a Índia.

Luta pela paz e pela soberania

A organização da 4ª Cúpula informou que os presidentes e o primeiro-ministro também deverão discutir propostas para a defesa da paz e da segurança no Oriente Médio e Norte da África.
Os destaques deverão ser a Síria, devido à onda de violência que dura mais de um ano, e o Afeganistão, que vive momento de apreensão depois do massacre de civis por um sargento norte-americano.

Desenvolvimento sustentável


A pauta de discussões dos Brics também incluirá temas ligados à Rio+20, como a chamada ‘economia verde’, com foco na distribuição de renda e gerar inclusão social.

"Isso envolve a transferência de tecnologia de países ricos para aqueles em desenvolvimento. Nesse sentido, os outros países do Brics têm muito a aprender com a China, que investe pesado em pesquisa para migrar para uma tecnologia limpa", diz Fabiano Mielniczuk.



Fonte:
Vermelho
Imagem: Google
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