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quarta-feira, 31 de julho de 2013

EUA querem Estado palestino em nove meses



Saeb Erekat, John Kerry, Tzipi Livni e um 
Pacto de absoluto sigilo??? 


WASHINGTON – Da primeira conversa cara a cara em três anos, emergiram três pontos concretos – a duração do processo de paz, o conteúdo do debate e um pacto de absoluto sigilo através do qual somente o secretário de Estado americano, John Kerry, ficará autorizado a comentar o andamento das negociações de paz entre israelenses e palestinos. O prazo fixado para um acordo foi de nove meses. E as partes garantem que sobre a mesa estarão todos os pontos nevrálgicos, como a divisão de Jerusalém, as fronteiras da Palestina, a segurança de Israel e a compensação aos refugiados palestinos de 1948 e 1967.

Sob um clima de cautela e ceticismo, uma interferência causou surpresa: a do presidente americano, Barack Obama, que decidiu intervir pessoalmente para dar mais credibilidade às negociações. Obama recebeu os negociadores na Casa Branca ao lado do vice-presidente dos EUA, Joe Biden – o que não é costumeiro em negociações neste formato e em estágio inicial, onde o foco recai sobre o processo em si e não exatamente sobre o conteúdo.

Os comentários, porém, foram concentrados em Kerry. Em seis meses no cargo, ele fez nada menos que seis viagens à região e passou horas ao telefone com israelenses e palestinos para viabilizar o diálogo.

- Apesar de entender o ceticismo, eu não compartilho dele. Nós não podemos passar a outra geração a responsabilidade de acabar com um conflito que está sob nossa capacidade de resolução, no nosso tempo. Eles não devem suportar esse fardo, e nós não vamos deixar para eles – declarou o secretário de Estado, que ressaltou ser ele a única fonte de informações sobre as negociações, cujo caráter será sigiloso.

A negociadora e ministra da Justiça de Israel, Tzipi Livni, ressaltou o bom entendimento pessoal dela com o negociador palestino, Saeb Erekat, e classificou o encontro como "construtivo e positivo". Ao jornal israelense "Yediot Ahronot", porém, ela fez uma ressalva:

- Em primeiro lugar, depende de nós. Não é uma questão de passagens aéreas (para ir e vir negociar), é uma decisão de Netanyahu e do governo. Vamos ter outras decisões difíceis.

Abbas faz alerta

A ministra, uma das vozes de centro-esquerda do governo israelense, continuou:

- Foi bom. Não houve aquele jogo de troca de acusações na sala e houve, sim, uma tentativa de criar alguma coisa. Vamos ter outras dificuldades.

Erekat, por sua vez, reconhecido orador apaixonado, optou por economizar nas palavras:

- Os palestinos sofreram bastante, e ninguém vai se beneficiar deste processo mais que os palestinos. É hora de o povo palestino ter um Estado independente e soberano para si.

As próximas conversas acontecerão em agosto, em Jerusalém ou Ramallah.

Da Cisjordânia, saiu a nota mais polêmica do dia. Em um encontro com jornalistas egípcios, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, lembrou que a ANP considera ilegal todas as colônias israelenses construídas nas terras anexadas após 1967. E disse que nenhum israelense – colono ou polícia de fronteira – poderá permanecer no futuro Estado da Palestina.



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Nota da Redação do Naval Brasil:

Nove meses? Essa o mundo paga p'ra ver! Como se vê, os elogios foram feitos porque as partes não brigaram à mesa de conversação, só isso!

E discursar o que é de direito, virou polêmica: a ilegalidade das colônias sionistas construídas nas terras tomadas por Israel, feita por Abbas!

O mundo quer ver os colonos judeus entregando suas casas confortáveis, que foram construídas em solo palestino, quando à época, o governo sionista bancava o risco e ganhava com as construtoras…




Fonte: Naval Brasil
Imagem: Google




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