Jim Messina |
"Tem todo um histórico nas costas e uma vida de conquistas. Foi uma grande secretária de Estado e será uma grande candidata", disse à Agência Efe Messina durante uma conferência sobre tecnologia no Newseum, um museu próximo ao Capitólio.
O estrategista político copreside o grupo Priorities USA, que apoiará à ex-chefe da diplomacia americana caso decida concorrer à presidência ou, se isso não se concretizar, o candidato democrata que se apresente.
O cérebro da campanha de reeleição de Obama, na qual se recorreu, como nunca antes, à análise de dados e à tecnologia para ganhar a queda de braço contra os republicanos, previu hoje que em 2016 veremos uma campanha muito mais personalizada, na qual se fundirão dados e tecnologia em formas muito mais sofisticadas.
"Acho que a campanha de 2016 tentará ter conversas personalizadas com os eleitores em formas que não foram possíveis até agora e estou interessado em explorar fórmulas para alcançar esse objetivo", afirmou.
O estrategista lembrou durante seu discurso hoje no Newseum os motivos que o levaram a criar uma campanha eminentemente tecnológica em 2012.
"Esta história começou com um cara pálido como eu em uma praia do Havaí", afirmou Messina, que explicou que foi ali que Obama lhe pediu que deixasse a Casa Branca e se transferisse a Chicago para começar a preparar sua campanha de reeleição.
"E eu disse 'sim, mas preciso que me prometa que esta campanha não se parecerá em nada com a anterior'", o que surpreendeu um presidente que tinha arrasado nas eleições de 2008.
Messina explicou que o rápido avanço das redes sociais motivou essa mudança de estratégia: "Durante a noite eleitoral de 2008 enviamos apenas um tweet porque acreditávamos que era uma tecnologia estúpida que não ia a lugar algum".
Foi assim que o estrategista político embarcou em um tour pelo Vale do Silício para se reunir com os executivos de Google, Facebook e Apple, entre outros, e perguntar-lhes sua opinião sobre uma campanha eleitoral moderna.
"Dirigimos a primeira campanha personalizada na história política americana", garantiu Messina, acrescentando que outro dos acertos foi "controlar o debate".
"Meu principal assessor era o presidente (Bill) Clinton, que me disse que todas as campanhas presidenciais no mundo são sempre sobre o futuro e ou se controla a narrativa ou se perde", explicou o homem que deve ser um dos principais estrategistas de Hillary Clinton se decidir concorrer em 2016.
Para ganhar em 2012, decidiram também contratar 42 matemáticos e engenheiros com doutorados, que se dedicaram a realizar modelos de intenções de voto e arrecadação de fundos.
A eles se somaram outros 86 especialistas na elaboração de modelos, que ajudaram Messina e sua equipe a arrecadar US$ 1,1 bilhão para custear as despesas da campanha mais cara da história.
O já falecido fundador da Apple, Steve Jobs, também deu a Messina sábios conselhos, como o que qualquer campanha eleitoral precisava pensar em chegar aos eleitores através do celular.
"Criamos 140 aplicativos distintos em nível interno", revelou hoje Messina, que previu ainda que vai disparar o dinheiro gasto em publicidade e campanhas de mobilização através do celular em 2016.
Fonte: NavalBrasil
Imagens: Google (colocadas por este blog)
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