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terça-feira, 16 de agosto de 2011

“Não podemos ser tão crédulos a ponto de sermos ingênuos, nem tão céticos a ponto de sermos estúpidos” ( I.Penz )


"Só tenho certeza da dúvida que existe em mim, dúvida da prepotência de achar que estou certo, certeza de que tudo é uma dúvida e certamente devemos duvidar da certeza com que duvidam de nós. A duvida leva ao questionamento. A certeza nos leva a estagnação, ao fanatismo, a arrogância e com isso deixamos de pensar."

(Burgos Cãogrino)
Um cão Peregrino


Reproduzo abaixo um texto escrito pelo meu dono, em solidariedade ao nosso querido amigo Max do blog Informação Incorreta.


"Não podemos ser tão crédulos a ponto de sermos ingênuos, nem tão

céticos a ponto de sermos estúpidos”
( I.Penz )

Foi pela angústia de não me conformar pelo modo pelo qual temos que viver, dentro de um Sistema cercado por todos os lados com “grades” culturais, morais e sistemáticas e que não permitem que sejamos a nossa própria essência, seja pela ignorância travestida de educação, de cultura, sejam por todas as ideologias enganadoras que buscam tutelar as nossas consciências e o nosso livre arbítrio para que sejamos uma massa obediente, submissa, insegura e dividida, ou seja, “escravos psicológicos” sem sequer darmo-nos conta disso, fazendo-nos crer estarmos vivendo no melhor dos mundos e sempre acreditando que o amanhã será melhor do que o hoje, vivendo de esperanças, pois é isso que nos incutem e que nos fazem acreditar.

Muitos poderão dizer que isto é um absurdo, que todos somos livres, e que vivemos num sistema democrático onde há liberdade de pensamento e de expressão e que podemos ter as nossas livres escolhas. Entretanto, temos a ideologia do individualismo e competição como algo absolutamente normal, onde a meritocracia na busca do sucesso justifica toda sorte de atitudes, mas parem um pouco para pensar, que liberdade é esta de escolha? Se só temos aquilo que querem que saibamos, se só temos todos os dias da “vida” o direito de ir e vir desde que seja para o mesmo lugar, se só podemos pensar o que eles querem que pensemos, se o Estado de Direito não distribui nem conforto nem Justiça, mas pelo contrário só fomenta a luta de classes através dos sindicatos da miséria, das associações e conluios, ou seja através do senso comum construído pelas filosofias, pensamentos diversos ditos democráticos, onde cada qual diz ter o monopólio da verdade e da felicidade, pela mídia venal e mal intencionada, pelas sacrossantas religiões e que ao longo de muitas eras passaram a chamar isto de tradição.

De qualquer forma tive a necessidade de divulgar aquilo que pude aprender e de me informar, já que não sou adepto do conformismo, como o do gado que vai para o matadouro, e por conseguinte, longe de trazer idéias messiânicas, sobre um Líder, um Salvador que assuma os nossos pecados, as nossas mazelas, acredito isto sim que é a responsabilidade individual de cada um realizar o conhecimento ou que tenha pelo menos a boa vontade e comprometimento para buscar uma informação alternativa e tendo acesso a este conhecimento possa depois separar o joio do trigo e se for também de nossa vontade, buscar informar as demais pessoas.

Não quero que se sintam na obrigação de absorver os conceitos e as informações que divulgo e compartilho, não é o meu objetivo ferir ou destruir as idiossincrasias que as pessoas têm, pelo contrário, isto é só um convite à reflexão. Os assuntos abordados basicamente se referem às questões existenciais e dizem respeito a todos nós, de fato, são informações que não se encontram na Grande Mídia mesmo porque não é do interesse dela.

Todos nós durante as nossas vidas temos buscado em menor ou maior grau as explicações para tanta injustiça, tanto infortúnio e muitas vezes até nos culpamos e nos sentimos frustrados e impotentes quando vemos uma sociedade tão doentia, e desta forma sempre acreditamos que a responsabilidade é dos outros e ficamos esperando que os outros façam a sua parte, (O Governo, os Políticos a Imprensa) ou mesmo ficamos buscando culpados, mas sequer nos damos conta que quando temos estas atitudes, sempre estaremos delegando aos outros que SOLUCIONEM os nossos PROBLEMAS e desta forma ao transferir a nossa responsabilidade, também transferimos a nossa LIBERDADE e tudo isto faz com que vivamos enganados pela pseudo-democracia representativa, que nada mais é do que passar uma procuração pelo voto obrigatório para um bando de patifes agirem em nosso nome e fazerem o que bem entendem.

E pior, quando vamos em busca também de saber da nossa Origem Divina e o porquê estamos no mundo, e o que viemos nele fazer? Outro bando de “SÁBIOS” se arvora no direito de serem os mediadores, os representantes do Divino aqui na Terra e ninguém nos oferece explicações convincentes verdadeiras, apenas dogmas que não raramente nos fazem andar em círculos.

Certamente eu não possuo as respostas, pois cada um que procure as suas e seria muita pretensão da minha parte neste texto querer fazê-lo, mas sinto e intuo que “vivemos” como apenas seres que nascem, estudam, trabalham, casam, consomem e seguem os rituais de conduta ditados pela Sociedade, de modo que, sem nenhuma outra perspectiva do que estas nos são oferecidas pelo “Status Quo” que são representados pelos Poderes Constituídos, pelas igrejas e seitas das mais diversas tendências, pela Mídia e pela Ciência.

O grande trabalho a ser feito é desconstruir os tabus e as falsas teorias convenientes de uma sociedade construída pela falácia de um sistema monetário virtual, os pensamentos viciados pela propaganda de um consumismo que faz com que as pessoas sempre queiram mais e mais (como faz o esperto carroceiro que pendura uma cenoura numa vara e põe a frente do cavalo para fazer com que ele ande sem jamais alcançá-la), assim como este simplório exemplo podemos ter tantos outros, afinal eles têm a astúcia enquanto nós somos crédulos.

Então posso pensar será que não estou tentando influenciar no juízo de valores de vocês? E eu pergunto que valores? Se tudo o que está acontecendo, e já acontece desde muito tempo, guerras em nome da Liberdade e da democracia, acordos que não se cumprem, violência fratricida, tudo isto está certo? Se está certo, então alguma coisa deve estar errada.

Quero com isto mais uma vez pedir para que não se escandalizem com isto, mas deixem fluir o benefício da dúvida na forma da mais pura percepção e intuição e verão que muitos paradigmas serão quebrados, talvez até uma sensação de solidão se apodere de vocês, mas é uma solidão reconfortante que permitirá que ergam a cabeça acima do “rebanho” e sentirão um pouco de Liberdade.

Mas se preferirem não dessacralizar os conceitos e padrões que escravizam os seres Humanos desde os mais longínquos tempos, e se preferirem ficar numa zona de conforto e são “Felizes” assim, então, tenham o Livre Arbítrio que lhes é permitido ter.

I.PENZ

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns Burgos, eu também compartilho do ponto de vista teu e dos colaboradores do teu Blog.

Continue assim, abraços.

Ricardo Saraiva disse...

Olá amigo,

vim aqui dar uma visita (redireccionado do blog do amigo Max ii) e deparo-me com esta belíssima opinião.

É bom as pessoas expressarem-se assim, pelo menos vai quebrando a individualidade e vamos percebendo que afinal, existem mais pessoas que pensam como nós.

Partilho do ponto de vista e gostei da neutralidade ainda assim usada. A meu ver, usaste termos/expressões chave:
- Separar o joio do Trigo e;
- Livre-Arbítrio.

É verdade que cada um pensa o que quer (ou pelo menos tenta), mas é importante analisarmos tudo com a nossa CONSCIÊNCIA para podermos separar devidamente o cereal nutritivo do joio.

Grande abraço,
-- --
R. Saraiva

BURGOS disse...

Muito Obrigado Saraiva, acredito que seja isso que o Max queira mostrar para nós.
Abraços

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