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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Os líderes do Movimento dos Países Não Alinhados (MNA) : declaração final repudia intervenção na Síria



Os líderes do Movimento dos Países Não Alinhados (MNA) rechaçaram, nesta sexta-feira (31), uma intervenção militar estrangeira na Síria, ao aprovar a Declaração Final da 16ª Cúpula de Teerã, apesar de persistirem enfoques divergentes sobre este assunto.


Fontes da chancelaria do Irã adiantaram que os chefes de Estado e de governo presentes na reunião trienal concederam particular importância para a crise síria, sem deixar de apoiar pronunciamentos sobre outros temas polêmicos.

O vice-chanceler iraniano, Abbas Araqchi, informou aos jornalistas que “o eixo central da Declaração de Teerã e o ponto que todos os membros estão destacando é a falta de necessidade de uma intervenção militar em assuntos internos da Síria”.

A declaração foi submetida a discussões e consultas por parte das delegações dos 118 Estados-membros, sobretudo pela postura hostil das nações árabes do Golfo Pérsico a respeito do governo do presidente sírio Bashar al-Assad.

O Irã, que apoia Assad e propõe uma solução pacífica, indicou que a repulsa a qualquer manobra ingerencista em Damasco é um ponto importante, a partir do qual deve trabalhar-se para deter a violência e fomentar o diálogo.

O texto de 688 parágrafos e documentos anexos também incluíram uma condenação ao bloqueio econômico estadunidense contra Cuba, reivindicação da soberania argentina sobre as Ilhas Malvinas e repúdio ao golpe de Estado constitucional no Paraguai.

Igualmente expressaram apoio para o Equador em sua disputa diplomática com a Grã-Bretanha sobre o asilo outorgado ao criador do WikiLeaks, Julian Assange, e saudaram a Venezuela, que será a sede da próxima reunião do MNA.

O rechaço ao terrorismo e ao duplo padrão que o Ocidente aplica neste tema, a luta contra a pobreza, a segurança alimentícia e o impacto das doenças e fenômenos naturais na economia das nações em desenvolvimento, também figuram no documento.

Além disso, falou sobre a necessidade de reformar o sistema das Nações Unidas, em particular do Conselho de Segurança, a solução pacifica de conflitos e a defesa da paz e o dialogo entre as civilizações, religiões e a diversidade cultural.

A descolonização, o combate ao terrorismo e a promoção da democracia, a cooperação Norte-Sul e Sul-Sul, mereceram referências claras, junto com a causa palestina e outros conflitos que acontecem em países do Oriente Médio, além da Síria.





Fonte: Prensa Latina

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