Latuff e o mito do antissemitismo
De fato, essa tem sido uma arma para silenciar a oposição às políticas segregacionistas e expansionistas que integram o projeto sionista de colonização de terras palestinas desde sempre. A confusão deliberada entre antissionismo e antissemitismo (discriminação contra semitas) é parte da propaganda israelense para manter o regime de apartheid que tem aprofundado.
Nesse sentido, a injusta inclusão de Latuff é mais uma oportunidade de desmistificar essa falácia, ao que a comunicação independente tem papel fundamental. Mais uma vez se demonstra a atualidade do tema que foi objeto de roda de conversa com o cartunista, promovida pela Ciranda Internacional de Comunicação Compartilhada, durante o Fórum Social Mundial Palestina Livre, em novembro último. Para desconstruir esse discurso ideológico, os espaços de mídia livre são arena importante.
Em sua resposta à ONG Simón Wiesenthal, Latuff denuncia: “A organização, que leva o nome de um célebre caçador de nazistas, sob o argumento da proteção aos direitos humanos e combate ao antissemitismo, promove a agenda da política israelense…” Também em sua página na rede social, ele aponta que sua citação não é por acaso: “É uma estratégia do lobby pró-Israel associar de maneira maliciosa críticas ao Estado de Israel com ódio racial/religioso, numa tentativa de criminalizar a dissidência. Crítica ou mesmo ataque a entidade política chamada Israel não é ódio aos judeus, porque o governo israelense não representa o povo judeu, assim como nenhum governo representa a totalidade de seu povo. Essa não foi a primeira vez, nem será a última que tal incidente acontece, e por entender que tais acusações são orquestradas por quem apoia a colonização da Palestina, seguirei com minha solidariedade ao povo palestino.”
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Cartoons de Latuff
Fonte: NavalBrasil
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