O primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou nesta terça-feira (8), em uma colônia israelense no território ocupado da Cisjordânia, que “a história julgará com dureza” aqueles que comparam Israel com o Irã e a Síria.
“Chamo o mundo todo para tomar nota. A história julgará com dureza os que equiparam a democracia de Israel com os regimes ditatoriais que massacram seu povo e têm armas atômicas de destruição em massa”, disse o premiê.
Em meio a uma campanha para as eleições legislativas, que ocorrem em 22 de janeiro, Netanyahu quis “deixar claro ao mundo” que o perigo não é que Israel “construa bairros em Jerusalém”, e sim o Irã. “O perigo é o Irã, que está construindo armas nucleares. O perigo é o arsenal químico sírio”, afirmou o candidato à reeleição.
A possibilidade de Israel atacar o Irã para frear seu programa nuclear sempre foi motivo de especulação no Oriente Médio, por considerar o programa uma ameça à sua existência e a sua condição de única potencia nuclear na região.
Os Estados Unidos e seus aliados, inclusive Israel, atribuem fins militares ao programa atômico iraniano – o que Teerã nega.
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Ex-chefe de inteligência de Israel acusa Netanyahu de ser obcecado pelo Irã
Shin Bet |
“Netanyahu é assustadiço, volúvel e foge de resposabilidades”, afirmou Diskin. Para ele, existe “uma crise de lideranças e valores” no governo do premiê, assim como um “total desapreço” pelos cidadãos. Segundo Diskin, outros líderes israelenses com que trabalhou, como Isaac Rabin, Simon Peres, Ariel Sharon e Ehud Olmert, “sabiam como colocar o interesse nacional acima de qualquer coisa”.
Na opinião do ex-chefe da inteligência, as atitudes de Netanyahu para com a questão iraniana são reflexo de sua intenção de assegurar para si um lugar na história. “Netanyahu quer ficar na história como alguém que fez algo grande. Já o escutei diminuindo os feitos de seus predecessores e falar que sua missão em relação ao Irã é muito maior”, relembrou Diskin.
Fonte: Sul21
Imagens: Google
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