A situação na Ucrânia configura a crise politica e social mais grave ocorrida no Continente Europeu desde a guerra de agressão contra a Iugoslávia.
Uma aparente dualidade de poderes oculta um real vazio de poder.
Oleksandr Turtchinov |
A Ucrânia está à beira da bancarrota e muita água correrá pelo Dnieper até essa data.
Na prática os grupos extremistas da Praça Maidan que recusaram o Acordo firmado por Yanukovitch, pelos ministros dos Negócios Estrangeiros de países da União Europeia e pela oposição da Rada, forçaram o presidente (cujo comportamento foi indecoroso) a fugir para Kharkov, e emergem como poder real na caótica situação criada na Ucrânia Ocidental.
Yúlia Timoshenko |
Yúlia Timoshenko, vinda do hospital onde se encontrava em Kharkov sob prisão, compareceu na Praça numa cadeira de rodas e pronunciou ali em tom patético um discurso populista, carregado de ameaças. Mas não despertou o entusiasmo que esperava. Ela e o seu partido Pátria mantiveram ligações íntimas com a oligarquia corrupta que dominava o país.
Bem organizados, os grupos extremistas da Praça Maiden continuam a atuar como poder real. Um deputado do Partido das Regiões, de Yanukovitch, que afirmara a sua indisponibilidade para participar num governo de coligação, foi retirado da Rada e levado para a Praça algemado, com um cartaz onde se lia a palavra «Traidor!».
Na Rada a língua russa foi proibida e os canais de televisão que transmitiam também em russo passaram a emitir somente em ucraniano. Uma deputada do partido de extrema-direita Svoboda sugeriu num discurso impregnado de ódio que todos os russos da Ucrânia (mais de 20 milhões) sejam expulsos.
O líder de outro partido ultra nacionalista, neo fascista, pediu a expulsão dos «comunistas, dos judeus e da escumalha russa».
Oleg Lyashko |
Em Lvov, no Noroeste do país (província de maioria católica que era polaca em 1939), a perseguição aos comunistas é frenética, feroz.
Uma vaga de anticomunismo selvagem varre grande parte da Ucrânia. Na capital e nas cidades da Ucrânia Ocidental, organizações de extrema-direita praticam crimes abjetos, perante a passividade do exército e das polícias. Desde o III Reich nazi que não acontecia algo comparável na Europa. O fascismo exibe na Ucrânia, com arrogância desafiadora, a sua face hedionda.
Fonte: Pravda
Imagens: Google
4 comentários:
Burgos, a questão da Ucrânia não é somente o fascismo enquanto uma ideologia, é muito mais do que isso, remonta à segunda GM e as feridas que ficaram desde então. Os ucranianos lutaram com o III Reich contra o comunismo da URSS, porém o movimento não prosseguiu. Desde então para os grupos nacionalistas da Ucrânia por terem sido uma das repúblicas soviéticas não lhes passa na garganta. E hoje com a possibilidade de ter uma "certa independência" isso inflamou os sentimentos nacionais, é claro que tudo ou muito foi financiado pelos interesses anglo-americanos e também da UE. Porém o grande objetivo geo-estratégico é isolar a Rússia e dar cabo da estratégia judaico-sionista de um governo global.
Aguiar
Amigo Burgos,
Tens toda a razão: um vaga de fascismo vare a Ucrânia.
http://octopedia.blogspot.pt/2014/02/ucrania-revolucao-com-cheiro-fascista.html
Um abraço
Octopus
Não só a Ucrânia, a América do Sul será o próximo, basta ver os acontecimentos na Venezuela.
Quanto a Ucrânia, na minha modesta opinião acredito que é uma forma de chantagear a Rússia para poderem levar a cabo o plano contra a Síria.
Um grande abraço meu grande amigo
PS. Já tinha lido seu post(excelente), desculpe não ter comentado, mas infelizmente não tive tempo.
Parasita Subdesenvolvido comunistóide chama o povo ucraniano de fascista! Os covardes bundas moles comunistas estão se cagando de medo até hoje do fascismo! Morte ao comunismo!
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