Por Kevin Barrett*
Desde os dias do presidente Woodrow Wilson - quer dizer, por quase 100 anos - os EUA têm estado empenhados numa cruzada à sua própria moda, para "tornar o mundo seguro para a democracia".
Guerras colossais, quentes e frias, combatidas contra kaisers e fuhrers alemães, contra comunistas russos e contra nacionalistas no Terceiro Mundo. E em todos os casos o povo norte-americano ouviu que estariam "defendendo a democracia".
Os norte-americanos massacraram 3,5 milhões de vietnamitas, e quase mais outro milhão de cambodianos, para "defender a democracia" no sudeste da Ásia.
Mas o que se vê hoje, às vésperas da a 1ª Guerra Mundial completar o 100º aniversário, é que os EUA já embarcaram em nova cruzada - dessa vez para tornar o mundo ainda mais INSEGURO para a democracia.
Na Ucrânia, na Venezuela e na Tailândia, os EUA estão gastando bilhões de dólares para derrubar - inconstitucionalissimamente - governos democraticamente eleitos.
Ucrânia |
Venezuela |
Na Palestina, os EUA estão tentando derrubar o governo democraticamente eleito do Hamás desde o dia em que chegou ao poder.
Palestina |
No Egito, os EUA - por pressão dos sionistas - derrubou recentemente o único governo jamais eleito democraticamente no país, em 5 mil anos de história documentada.
Egito |
Na Síria, os EUA insistem que o povo sírio não teve ter a oportunidade e os meios democráticos para reeleger democraticamente Assad, e não importa quantos observadores internacionais estejam presentes para comprovar que as eleições são livres e limpas.
Síria |
Considerando o longo prazo, os EUA trabalham incansavelmente para destruir a democracia no Irã, na Rússia e na América Latina.
Por que, diabos, o governo dos EUA odeia a democracia?
Porque os banqueiros internacionais que são proprietários do governo dos EUA e comandam o império norte-americano nem sempre podem comprar votos em quantidade suficiente para impor o desejo deles a um país inteiro. Assim sendo, a democracia é ótima - desde que os eleitores elejam o candidato da Nova Ordem Mundial. Mas se acontece de os eleitores votarem em candidato que não convém aos oligarcas... Preparem-se, que aí vem golpe!
Os banqueiros derrubarão qualquer governo que se oponha a eles - mesmo nos EUA. O "término com detrimento extremo" [orig. termination with extreme prejudice[2]] da presidência de John F. Kennedy foi mensagem clara enviada a todos os futuros presidentes dos EUA.
Mayer Rothschild disse, em frase que ganhou fama, que "Deem-me o controle sobre o dinheiro do país e pouco me importa quem escreva as leis". Exagero, é claro. Os banqueiros da Nova Ordem Mundial gastam muito dinheiro para derrubar governos democraticamente eleitos por todo o mundo, precisamente porque eles se importam, sim, E MUITO, com quem escreva e faça cumprir a lei.
Agora, os banqueiros da Nova Ordem Mundial estão destruindo a Ucrânia em movimento geoestratégico contra a Rússia, onde Putin impôs rédea curta aos oligarcas russo-sionistas e meteu uma pedra no caminho do projeto de governança mundial dos banqueiros. Sim, o presidente Yanukovich da Ucrânia venceu eleições livres e justas. Mas a democracia nada significa para os faraós psicóticos da grande finança e seus pistoleiros neoconservadores alugados.
Os banqueiros (e os governos ocidentais que eles controlam) estão também tentando derrubar o presidente Nicolas Maduro da Venezuela, que chegou ao poder, pelas urnas, depois que a CIA assassinou o presidente Hugo Chávez. O presidente Maduro superou todos os esforços que os banqueiros empreenderam para derrotá-lo nas eleições do ano passada; agora, é o presidente democraticamente eleito da Venezuela. Nada disso impediu os banqueiros de tentarem derrubá-lo com um golpe pseudo populista.
Yingluck Shinawatra |
Gene Sharp "O Maquiavel do Pacifismo" |
Mas as chamadas 'revoluções coloridas' inventadas por Sharp, a começar pela Revolução Rosa, na Geórgia, em 2003 e pela Revolução Laranja, na Ucrânia, em 2004, jamais foram genuínas revoluções do povo. Foram tentativas de golpe, orquestradas pelos banqueiros, e desde o primeiro momento. George Soros cuidaria de encaminhar o dinheiro dos Rothschild para o bolso de apparatchiks sedentos de poder, que inundariam seus países-alvos com propaganda e alugariam paus-mandados para vestirem camisetas de uma ou outra cor, posarem para as imagens de jornais e televisões e fazerem-se, eles mesmos, de "o espetáculo", na esperança de, assim, seduzir jovens tolos (ou arrogantes) ou ingênuos para que se unam à 'revolução' - cujo objetivo real é sempre instalar no poder um fantoche da Nova Ordem Mundial.
Mas agora, até a falsidade da não violência já desapareceu. A máscara risonha de Mickey Mouse da Nova Ordem Mundial caiu, revelando a bocarra sedenta de sangue dos banqueiros satânicos, empenhados em impor ao mundo uma só grande ditadura orwelliana.
Na Síria, o "levante pacífico" de março de 2011 tornou-se pretexto para mandar para lá bandidos e terroristas pesadamente armados, com a missão de desestabilizar o país. No Egito, o "levante" gerado pelos banqueiros no verão passada virou desculpa fabricada para um violento golpe de Estado. Na Tailândia, Venezuela e Ucrânia, os banqueiros pagam torcidas organizadas para encenar protestos violentos, destruir propriedade pública, combater contra a polícia e incitar cada vez mais violência - na expectativa de, assim, conseguir derrubar governos democraticamente eleitos.
Isso é puro fascismo.
O fascismo é falsamente 'das massas'. Sempre há fascistas fantasiados de 'revolucionários', pagos para usar uniformes de uma ou outra cor, marchar em passo-de-ganso pelas praças, derrubar governos democraticamente eleitos... e pôr no poder uma ditadura velada dos mais ricos, na qual se misturam o poder das empresas e o poder do estado/governo.
Foi o que fez Mussolini em 1922. Foi o que fez Hitler em 1933. E é o que os neoliberais neoconservadores e seus patrocinadores banqueiros estão fazendo hoje... por todo o mundo. O incêndio do Reichstag de 11/9, que pôs a única superpotência na direção do total fascismo, foi o tiro que desencadeou a avalanche.
Objetivo da jogatina: uma ditadura fascista global, que faria o 3º Reich parecer piquenique no parque.
Só há um meio para derrotar esses monstros. Todas as grandes fortunas, a começar pelos tesouros de trilhões de dólares das hordas de Rothschilds e amigos, têm de ser confiscadas e devolvidas aos cofres públicos. Todos os grandes bancos têm de ser estatizados e suas operações terão de ser tornadas absoluta e completamente transparentes. Todas as maiores empresas, a começar pelas empresas proprietárias dos veículos da chamada 'grande' imprensa têm de ser estatizadas, em seguida partidas em várias pequenas empresas regidas por legislação antitruste.
Essa revolução - para derrubar a oligarquia global - é a única revolução que realmente importa. ****
26/2/2014, Kevin Barrett,* Press TV, Irã
http://www.presstv.ir/detail/2014/02/26/352353/usa-declares-war-on-democracy/
* Kevin Barrett, arabista-islamologista pós-graduado, é um dos principais críticos norte-americanos da Guerra ao Terror. Barrett é co-fundador da Aliança Muçulmano-Judaico-Cristã e autor dos livros Truth Jihad: My Epic Struggle Against the 9/11 Big Lie (2007) e Questioning the War on Terror: A Primer for Obama Voters (2009). Publica também em sua página em www.truthjihad.com.
Fonte: Pravda Imagens: Google (colocadas por este blog)
2 comentários:
Para saber mais vejam a matéria conexa no link:
http://actualidad.rt.com/economia/view/121399-jurista-banco-mundial-revela-elite-domina-mundo
José Carlos Pereira
Este lado da história é escondida, mas também é verdade que poucos a procuram.
O mundo jaz adormecido,
meu amigo
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