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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Bashar al-Assad nega culpa na violência sobre sírios


Bashar al-Assad negou esta quarta-feira as alegações dos últimos meses que o acusam de ser o responsável – enquanto presidente do país e comandante supremo das forças armadas – pela violência contra manifestantes anti-governo que, desde Março, exigem o afastamento do presidente autocrático do poder.

Assad insistiu ainda que a maior parte das pessoas que morreram nos conflitos terão sido membros do exército e apoiantes do regime, e não o contrário.

A rejeição da culpa ficou clara na entrevista que o presidente deu à jornalista Barbara Walters do canal televisivo norte-americano ABC News – a primeira dada a um meio de comunicação americano desde o início dos protestos.

Na mesma entrevista, Assad adiantou que, ao contrário do que começava a ser avançado, não tencionava demitir-se e ainda desvalorizou as pesadas sanções impostas à Síria pelos seus antigos aliados árabes e pelo mundo ocidental.

O chefe de estado sírio mostrou-se bastante desafiador na entrevista que teve lugar em Damasco, onde a jornalista americana o confrontou com provas de que civis estavam a ser mortos e torturados pelas autoridades sírias, incluindo crianças – como foi detalhado num relatório da ONU.

Quando confrontado com o caso específico do corpo de um rapaz de 13 anos que apareceu queimado e castrado depois de ter sido detido pelas autoridades, imagens que invadiram a internet e inflamaram a opinião pública, Assad defendeu a ideia de que as atrocidades que pudessem estar a ser cometidas eram obra de grupos terroristas e não das tropas do regime.

Conduta das forças armadas

A admitir que alguns oficiais do exército possam ter «ido longe de mais», o presidente sírio disse que já estava «a punir os responsáveis», reforçando a ideia de que «qualquer acção violenta terá sido um acto individual», e, como tal, uma instituição como o exército não poderá ser culpabilizada.

«Mas o presidente tem de autorizar essas acções», contrapôs a jornalista, ao que Assad respondeu que as forças armadas sírias não «matavam» o seu povo. «Nenhum governo no mundo mata os seus cidadãos, a não ser que seja liderado por um louco», reforçou Assad.

Sendo ou não governado por um louco, a verdade é que a onda de protestos pró-democracia já fez mais de 4 mil mortos nos últimos nove meses – segundo dados das Nações Unidas – e já recebeu a designação de guerra civil. A ONU avançou mesmo com descrições pormenorizadas de 'crimes contra a humanidade' que incluem torturas a homens, mulheres e crianças.

Quando confrontado com estes dados, Assad limitou-se a terminar a entrevista com uma questão aberta:

«Quem disse que a ONU é uma instituição credível?»


Fonte: sol.sapo

2 comentários:

Anônimo disse...

É claro que a primavera árabe é um movimento fabricado e articulado para promover o caos, basta lembrar a divisa maçônica "Ordo ab chaos" e mais uma vez temos a questão do problema-reação-solução...Quanto aos relatórios da ONU sabe-se que são construidos sob encomenda, será que existe ainda alguém que acredita na ONU? Se os incautos esperam que a Síria sofra uma "ajuda humanitária" assim como na Líbia e com os efeitos colaterais que sabemos que ocorreram acho melhor manter o presidente Sírio no poder, pois em termos de matar ele é muito mais incompetente do que a OTAN.

Anônimo disse...

Estive a ouvir a entrevista na integra e acho que não é boa ideia mandar idosas fazer entrevistas, especialmente idosas tipo a Barbara... ó cerebrozinho formatado... por amor aos cães... até um cão ou gato fazia melhor!

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