A embaixadora dos Estados Unidos no Peru, Rose M. Likins, foi hoje alvo
de duras críticas por ter defendido, sem sucesso, dois ministros para
evitar que fossem censurados pelo Congresso da República.
Os ministros da Defesa, Alberto Otárola, e do Interior, Daniel Lozada,
renunciaram ontem, virtualmente acurralados pela maioria do Legislativo,
que estava a ponto de censurá-los, o que implicava em sua demissão.
Likins alegou na última quarta-feira que em seu país os ministros
não são mudados com frequência e que fazê-lo atenta contra a
estabilidade, ao referir-se aos ministros responsabilizados por reveses
das forças do governo, com dois mortos, no combate a um grupo armado.
O vice-presidente do Congresso, Yehude Simon, disse que a embaixadora
não deveria se meter em assuntos internos, porque é gravíssimo fazê-lo,
sendo uma diplomata estrangeira, o que causa rejeição.
"Eu
recomendaria à senhora embaixadora que não faça comentários porque é
como se o embaixador peruano em Washington comentasse as mudanças de
servidores públicos dos Estados Unidos", expressou o parlamentar de
centro Víctor García Belaunde.
Acrescentou que Likins fez "um
comentário inoportuno e inadequado" e lançou uma crítica similar a do
ex-ministro do Trabalho e dirigente do grupo centrista Peru Possível,
Juan Sheput, que considerou lamentável a atitude da representante de
Washington.
O analista político Carlos Reyna acusou à
embaixadora de "intromissão na política interna do Peru", o que na sua
opinião deve ser rechaçado por todos os setores políticos porque
transgride os limites do comportamento diplomático.
Fonte: Prensa Latina
Imagem: Google
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