Aos gritos de "banqueiros assassinos", centenas de pessoas se manifestaram, em Madri, após o suicídio de uma mulher no País Basco quando ia ser despejada de sua casa, no segundo caso deste tipo em 15 dias na Espanha.
O suicídio ocorreu em Barakaldo, onde Amalia Egaña, uma ex-vereadora socialista de 53 anos, se matou quando "oficiais de justiça iam tomar sua residência". Egaña é a segunda vítima fatal da onda de despejos que atinge a Espanha devido à recessão, após o suicidio de José Luis Domingo, em Granada, no dia 25 de outubro.
"Culpados! Culpados! Vergonha! Vergonha!", gritavam os manifestantes em Madri sobre os bancos que seguem tomando imóveis de proprietários inadimplentes atingidos pelo desemprego.
Centenas de manifestantes se uniram a um grupo de proprietários ameaçados de despejo que acampam desde o dia 22 de outubro diante da Caixa Madri, filiada ao Bankia, no centro da capital espanhola.
Diante desta situação, o governo anunciou que apresentará na segunda-feira propostas para medidas de urgência que impeçam os despejos e protejam a população mais vulnerável. "Esperamos discutir na segunda-feira a suspensão temporária dos despejos que afetam as famílias mais vulneráveis", declarou o chefe de Governo, Mariano Rajoy, em um comício na cidade de Lleida, na Cataluña.
Com 350 mil proprietários retirados de seus imóveis por falta de pagamento desde a explosão da bolha imobiliária, em 2008, a onda de despejos é uma das manifestações mais terríveis da grave crise econômica que atinge a Espanha.
Fonte: Vermelho
Imagem: Google
Um comentário:
Portugal vai seguir tão trágico exemplo, prevejo. A nova "Lei das Rendas" permite o fácil despejo de inquilinos com rendas em atraso... Como exemplo da falta de sensibilidade social (e mora) um senhorio pode renunciar um contrato e comunicá-lo por mail!!
Postar um comentário