Decisão foi aprovada por 138 membros com direito a voto; apenas nove foram contrários
O povo palestino vivenciou nesta quinta-feira (29/11) um de seus maiores avanços diplomáticos e conquistou na Assembleia Geral das Nações Unidas o status de Estado observador. Dos Estados membros com direito a voto no plenário, 138 concordaram com a proposta e apenas nove foram contrários à decisão. Outros 41 países se abstiveram.
Agência Efe
Diplomatas aplaudem discurso de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, na sede da ONU
Antes da votação, palestinos em Gaza e na Cisjordânia já davam como certa a aprovação e ocupavam as ruas de diversas cidades com comícios e celebrações. Embora em meio às multidões estivessem presentem faixas e símbolos dos dois principais partidos políticos do país, o Hamas e o Fatah, o que prevalecia eram retratos do falecido líder Yasser Arafat e a bandeira nacional palestina.
No discurso que precedeu o pleito, o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, afirmou que a Palestina "acredita na paz" e que a comunidade internacional está diante da "última oportunidade" para a solução dos conflitos entre os dois Estados.
"A Palestina vem hoje perante a Assembleia Geral porque acredita na paz e porque seu povo, como provou nos últimos dias, a necessita desesperadamente", disse. Ele foi ovacionado pela grande maioria dos membros da Assembleia Geral, boa parte deles de pé, e afirmou que a votação de hoje apresenta "uma obrigação moral". A seu ver a janela de oportunidade para a paz "está se reduzindo e o tempo se esgota rapidamente".
Abbas alega que não foi à ONU para buscar a deslegitimação do Estado de Israel, "mas para afirmar a legitimidade de um Estado que deve agora conseguir sua independência".
O gesto é interpretado por diplomatas da maior parte dos membros da ONU como uma forma de evitar que as negociações de paz entre israelenses e palestinos tornem-se impossíveis. Idealizador dos recentes bombardeios à Gaza, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chegou a afirmar que não haverá um Estado palestino até que Israel seja reconhecido como um "Estado judeu", independentemente de "quantas mãos sejam levantadas" na Assembleia Geral.
"A votação na ONU não mudará nada no terreno. Não antecipará a criação de um Estado palestino, a adiará. Nossa mão (...) sempre estará estendida à paz ", disse o primeiro-ministro em um ato público no Centro Menachem Begin.
Não é o que pensa o ex-primeiro ministro israelense Ehud Olmert, que ao longo dos últimos dias enfatizou seu apoio ao ingresso da Palestina como Estado observador. “Eu acredito que o pedido palestino às Nações Unidas é coerente com o conceito básico da solução de dois Estados. Portanto, não vejo razões para me opor a isso. Uma vez que as Nações Unidas lancem as bases dessa ideia, nós, israelenses, teremos de aceitar um sério processo de negociações”, disse o ex-premiê ao portal norte-americano Daily Beast.
O governo dos Estados Unidos já anunciou que se opõe a essa resolução e que acredita que uma resolução eficiente só poderá ser alcançada bilateralmente entre Israel e Palestina. Ainda submersa em uma crise diplomática com o Irã, o gabinete do democrata Barack Obama tenta preservar ao máximo as relações com o governo de Benjamin Netanyahu, em Israel.
A 67ª sessão também foi marcada pela divulgação de um novo relatório do CEIRPP (Comitê pelos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, na sigla em inglês) sobre a situação da nova troca de agressões entre Israel e Palestina.
De acordo com o órgão, que foi fundado em 1975 pelas Nações Unidas, “Israel se recusa veementemente a refrear seus assentamentos ilegais, que continuam a intensificar o sentimento de desconfiança, a elevar as tensões e a prejudicar uma solução baseada em dois Estados”.
O documento também acusa Israel de agir “punitivamente” por ocasião da admissão da Palestina como Estado membro da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em outubro do ano passado. À época, Tel Aviv “congelou as remessas de impostos sobre valor agregado à ANP” e “anunciou a construção de mais duas mil moradias em assentamentos”.
Fonte: Opera Mundi, via Gilson Sampaio
Imagem: Opera Mundi, Google
8 comentários:
Falemos da persistência da água
De que se diz ser mole
A bater
Em pedra dura
Falemos da pedra que fura
Hoje a pedra furou um pouco...
Rogério
Com certeza meu amigo!
Essa vitória não foi somente do povo da Palestina, mas de todos os que apoiaram a causa Palestina.
Foi virado uma página na história, Israel e EUA com o seu poder bélico só conseguiram espalhar a antipatia internacional, a conscientização aumenta a cada dia.
Um grande abraço meu amigo
Cada vez mais as nações que se opõem à vontade de Deus caminham em direção à sua própria perdição.
Quem prevalescerá? As nações ou a vontade de Deus?
Porque assim foi dito:
"Abençoarei os que te abençoarem, amaldiçoarei aquele que te amaldiçoar." Gênesis 12:3
E é assim que as nações que se voltarem contra Israel assinarão sua sentença e lhes sobrevirá repentina destruição.
Dona Shalla, provavelmente a Sra. deve estar falando do deus carniceiro Jeová? Porque o meu deus, e eu posso ter um que seja diferente, não mandou escrever nenhum livro "sagrado" dizendo que nos ama, mas que para viver nas alturas precisa de dízimo...e o resto todo mundo sabe é...blá...blá.
Não sei porque a grande maioria dos idiotas que defendem o estado terrorista de iSSrael, são meros debeis mentais fundamentalistas religiosos. Shalla Crystal que o diga.
Jo 4:22 "Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus."
Que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó os repreenda!
Dona Shalla Crystal. Segundo as sagradas escrituras do deus Troll, está escrito em profeta Tirica 3º versículo 1580 - "Aquilo que não falta, abunda" e em Nérso da Capitinga 26° versículo 15.320 - "Não seja arrogante, pois tu podes estar tão errado quanto e eu tão certo quanto tu"... mais, nenhuma outra religião do mundo é tão boa quanto a do deus Troll, isso sim é um impasse e como os seguidores do deus Troll possuem armas atômicas, eles sempre têm razão. E o resto é...blá, blá, blá. Entrementes, a salvação virá do povo Trollense...
Shalla Crystal
O mais impressionante nisso tudo é que o Deus de Abraão, Isaac e Jacó a quem você se refere parece que esqueceu do povo judeu na época do holocausto.
Você disse:
"...porque a salvação vem dos judeus."
A que salvação você se refere?
SALVAÇÃO, para a maioria da comunidade internacional, significa ajudar os povos que são oprimidos e massacrados por Israel.
Reveja seus conceitos e repense sobre o seu "Deus" vingativo.
Não esqueça que esse Deus vingativo de Abraão, Isaac e Jacó, só existe na mente dos Judeus.
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