No último dia 15 de maio, terça-feira, completou-se 64 anos da criação do Estado sionista de Israel. Para os palestinos, esse Dia é conhecido como Nakba que, em árabe, quer dizer A Catástrofe. Isso porque nesse mesmo dia, os exércitos armados dos judeus sionistas, que atuavam na Palestina ocupada pelos ingleses desde a década de 1930, tomaram boa parte das terras palestinas.
Os números que os historiadores apresentam são impressionantes. Em 1948 a Palestina histórica tinha por volta de 1,3 mil aldeias e vilas, onde moravam 1,4 milhão de palestinos. A partir desse fatídico dia, 15 de maio, 800 mil palestinos foram expulsos de suas casas, refugiando-se em países vizinhos. Os sionistas destruíram, com farta documentação a provar, 531 aldeias e vilas, perpetraram 70 grandes massacres, onde foram assassinados 15 mil palestinos, em especial velhos, mulheres e crianças.
Mesmo que a ONU tenha “dado” 48% da Palestina aos palestinos para que estes formassem seu Estado – o que nunca ocorreu – a partir de 15 de maio as coisas foram ficando cada dia piores. Hoje, a estimativa é que os palestinos detém no máximo 15% de suas terras históricas e possuem mais de cinco milhões de pessoas vivendo ou em acamamentos precários ou em países da região do Oriente Médio e espalhados pelo mundo.
Uma solidariedade necessária
É certo que o sentimento e a consciência da solidariedade internacional, aos povos que lutam em todo o mundo tem estado em baixa nos últimos tempos. O neoliberalismo impôs-se em boa parte do mundo, o socialismo vive em poucos países, os sindicatos se enfraqueceram, os meios de comunicação de massa alienam cada dia mais as grandes massas. Tudo isso faz com que se reduza a consciência dos trabalhadores, lideranças sindicais, em solidariedade a tantas lutas que ocorrem no mundo neste momento.
E sabemos quantas são essas lutas justas. Sempre fomos e continuaremos sendo solidários com a Cuba Socialista, de Fidel e de Che Guevara, que ainda hoje, vive um odioso boicote imposto pelo imperialismo norte-americano que o presidente Obama insiste em ainda manter. Somos solidários ao Vietnã, que fez uma das mais heroicas resistências a um exército imperialista entre 1962 e 1975.
No entanto, há uma resistência e luta heroica de um povo que é preciso que prestemos uma solidariedade ativa. Trata-se da luta do povo palestino. Nestes dias li e estudei de forma anotado, alguns dados do Escritório Central Palestino de Estatísticas. Muitos números me impressionaram, mas o de prisões é fenomenal. O que só prova o quanto antidemocrático é o Estado de Israel, pintado e propagado pela mídia como a “única democracia do Oriente Médio” (sic). Desde a Guerra dos Seis Dias de 1967, as estatísticas documentadas mostram que até o final de 2011, 800 mil palestinos haviam sido presos pelo menos uma vez, nas masmorras israelenses. Ora, se cinco milhões de palestinos moram no que lhes restou de terras, isso quer dizer que um em cada cinco cidadãos palestinos já foram presos pela potência ocupante pelo menos uma vez em suas vidas.
As condições de vida, de saúde, são as mais precárias. O desemprego é elevadíssimo, ainda que os palestinos consigam ter a mais alta taxa de escolaridade de todo o Oriente Médio.
Por isso, no Brasil e no mundo, prosperam comitês de solidariedade ao povo palestino. No Brasil, as primeiras experiências datam de 1982, portanto há trinta anos. Não temos um comitê brasileiro, unificado, nacional, unitário, amplo, permanente, que preste sua ativa solidariedade ao povo palestino. O que temos, ainda assim em apenas alguns estados, comitês que agem isoladamente, com mais ou menos representatividade, que englobam mais ou menos entidades da sociedade civil.
O Comitê Pelo Estado da Palestina Já
Um conjunto de entidades nacionais em SP, resolveram fundar um Comitê para apoiar a campanha pela criação do Estado da palestina. Na prática, foi um Comitê que tinha por finalidade fazer uma campanha entre os brasileiros para dar suporte ao pedido feito na ONU em 23 de setembro de 2011, pela Autoridade Palestina, para que fossem admitidos na Organização como seu 194º estado-membro.
Fizemos uma passeata em SP no Dia 20 de setembro com duas mil pessoas. Organizamos 23 reuniões com dezenas e dezenas de entidades. As mais expressivas são as centrais sindicais CUT, CTB, CGTB e Força Sindical. Temos todas as entidades mulheres, como a FDIM, UBM, MMM, CMB, todas as entidades de negros, como a Unegro, CNAB, MNU e a CNEN. Os movimentos comunitários integram o Comitê, como a Conam, a CMP e a Facesp. A juventude e os estudantes participam, como a UNE, UBES, ANPG, OCLAE, UJS. Por fim, o Comitê abriga os partidos PT, PCdoB, PSB e o PPL. As entidades representativa de árabes e palestinos, como a FEARB e a FEPAL, mais as entidades culturais como a Biblioteca Árabe, o Instituto Jerusalém e o Portal Arabesq também compõe o Comitê.
Desde as primeiras reuniões de 2012, as entidades integrantes vem propondo a realização de uma caravana de Solidariedade ao Povo Palestino. Houve duas tentativas, em fevereiro e maio, mas agora surgiu uma proposta concreta, antes das eleições, cujas campanhas começam em julho.
Em tratativas com a própria embaixada Palestina no Brasil, com o apoio da União Geral dos Trabalhadores Palestinos (GUPW), uma proposta de viagem foi apresentada por um dos integrantes do próprio Comitê, da Revista árabe chamada Sawtak. O companheiro Khaled Mahassan, também ele um empresário do turismo, especializado em Oriente Médio.
Furar o bloqueio da Mídia
Chegamos a conclusão que a melhor forma de ajudarmos a causa palestina nesta momento é enviarmos o maior número de pessoas representativa da sociedade brasileira, cidadãos, jornalistas, que pudessem conhecer de perto o sofrimento daquele povo oprimido pelo 4º exército mais poderosos e bem armado do planeta.
Ao voltar da palestina, essas pessoas podem escrever artigos, conceder entrevistas, fazer reuniões e palestras, enfim, tentar furar o cerco midiático que se armou em favor de Israel e de suas brutalidades e contra os interesses dos palestinos.
A data sugerido para o evento é o período de 10 a 20 de junho, viajando na empresa aérea Turkish Airlines (http://www.flyturkish.com.br/portal/ ), saindo de Cumbica em um domingo à noite e chegando a Amã, na Jordânia na segunda à noite. Fica-se seis horas e Istambul para a conexão, de forma que se pode dar um pulo de táxi até o centro da cidade (a nossa moeda vale um lira turca, um para um e as coisas são bem baratas por lá).
Vejam a seguir a proposta de roteiro, ainda a ser confirmado alguns detalhes, mas temos a ideia de visitar a sede da Autoridade palestina, travar contatos com o ministro do trabalho, membros da OLP, da esquerda palestina, visitar uma aldeia milenar palestina, o túmulo de Iasser Arafat e as cidades consideradas sagradas para algumas religiões, como Belém e Jerusalém.
Estamos incentivando que sindicalistas integrem essa comitiva, em especial professores, área da saúde, profissionais liberais e mesmo pequenos empresários e jornalistas. Vamos passar uns Dias em Amã ainda, travando contato com a esquerda jordaniana e procurando entender e debater a chamada Revolução Árabe em curso.
Na proposta de programação abaixo deixamos os contatos com o companheiro que organiza a viagem, Khaled Mahassan. É preciso pegar visto no consulado da Jordânia em SP, mas ele cuida de tudo isso. Nossa meta é atingir uma delegação de 15 pessoas, mas iremos na primeira experiência dessa natureza nos tempos mais recentes, com qualquer número de confirmações.
Veja abaixo a programação da primeira Missão de Solidariedade com o Povo Palestino
Comitê pelo Estado da Palestina Já – Brasil
1º Dia: 10/6/12 – Domingo – São Paulo /Amã – Apresentação no aeroporto as 19h30 para o embarque com destino a Amã com conexão em Istambul, voando Turkish no voo TK 016 com saída 23h15. A companhia aérea poderá ser substituída por outro
2º Dia: 11/6/12 – Segunda – Chegada à Amã – Chegada no aeroporto de Istambul as 17h40, e embarque para Amã as 19h50 com chegada às 22h, recepção e traslado ao Hotel Ramada ou Similar 4*. Noite livre
3º Dia: 12/6/12 – Terça-feira – Amã / Ramallah – Café da manhã no hotel. Saída para a ponte Allenby; recepção por nossos operadores palestinos e continuação a Ramallah. Hospedagem no hotel Best Western ou similar. Noite livre.
4º Dia: 13/6/12 – Quarta-feira – Ramallah – Café da manhã no hotel visita à cidade e ao tumulo de Iasser Arafat, retorno ao hotel, noite livre. (serviço oferecido pelos irmãos palestinos).
5º Dia: 14/6/12 – Quinta-feira – Ramallah – Café da manhã no hotel, e encontro com o ministro do trabalho e com um membro do comitê executivo da OLP e encontro com GUPW (União Geral dos Trabalhadores Palestinos). Retorno ao hotel, noite livre. (serviço oferecido pelos irmãos palestinos).
6º Dia: 15/6/12 – Sexta-feira – Ramallah – Café da manhã no hotel e saída para a visita à aldeia de An Nabih Saléh e participação de manifestação contra a ocupação. Esta atividade será organizada pelos irmãos palestinos da GUPW.
7º Dia: 16/6/12 – Sábado – Ramallah / Amã – Café da manhã no hotel e visita a cidade de Jerusalém e Belém. Retorno ao hotel, noite livre
8º Dia: 17/6/12 – Domingo – Ramallah / Amã – Café da manhã no hotel. Logo traslado a fronteira da Palestina com Jordânia, Tramites e recepção por nossos operadores Jordanianos, traslado ao hotel. Encontros com a esquerda jordaniana.
9º Dia: 18/6/12 – Segunda-feira – Amã – Café da manhã no hotel. Programa turístico de vista acidade de Amã e Jerash. Noite livre.
10º Dia: 19/6/12 – Terça-feira – Amã – Café da manhã no hotel. Dia livre.
11º Dia: 20/6/12 – Quarta-feira – Amã / São Paulo – Café da manhã no hotel, e na hora marcada saída ao aeroporto para o embarque com destino a São Paulo, com conexão em Istambul, chegada e fim dos nossos serviços
Parte aérea e Terrestre: 1 + 9 vezes de US382,00 (dólares norte-americanos). Total parcelado: US3,820.00 (três mil, oitocentos e vinte dólares). Pagamento à vista: desconto de 10% ou US3,438.00. O preço Inclui: Passagem aérea São Paulo e taxas de embarque / Amã /São Paulo; Traslado aeroporto / hotel / aeroporto em Amã; Traslado Amã / Ramallah / Amã; quatro noites de hotel 4* em Amã com café da manhã; cinco noites de hotel 4* em Ramallah com café da manhã; Seguro viagem e Bolsa de viagem Lynden.
Não está incluso: Despesas com documentação de viagem, vistos de entrada e saída com o consulado da Jordânia, despesas de ordem pessoal tais como telefonemas, fax, lavanderia, bebidas de qualquer natureza e tudo que não consta como incluso no roteiro. As condições gerais encontram se a disposição na nossa sede. Preços parte terrestre e aérea calculados em dólar americano, por pessoa conforme acomodação escolhida, sujeitos a mudança sem prévio aviso.
Para mais informações, entrar em contato com Kháled Fayez Mahassen, na Lynden Operadora de Turismo (Av. Ipiranga nº 1.147 – 6º andar, conjunto 61 CEP: 01039-000 – República – São Paulo – SP – Fones: +55-11-5589-8724 Celular: +55-11-9551-5321), com e-mail: khaled@lynden.com.br ou por meio do site www.lynden.com.br
Fonte: www.sawtak-brasil.blogspot.com
Retirado do Vermelho
Imagem: Google (Colocada por este blog)
9 comentários:
Olá Burgos... Espero que estejam preparados para levar no lombo, e com azar, até morrer! Os meninos sionistas não brincam em serviço!
Abraço
Voz
Espero que isso não aconteça.
Os meninos sionistas estão cada vez pior aos olhos do mundo, o mundo todo está vendo as atrocidades que eles cometem com os palestinos.
Vou torcer por as pessoas que estão indo levar solidariedade para a Palestina.
Um abração meu amigo
Eu também espero que nada de mal aconteça a esta malta...
Mas sabes que quando se tem as costas quentes e se é dono de grande parte da Civilização actual, pouco importa os "olhos do mundo" estarem a olhar para "nós"...
Abraço
ah... e não te esqueças que o Bacano no Facebook agora cotado na Bolsa de VAlores também faz parte da ceita... e como já está metido faz tempo naquele emaranhado de mafiosos... que se lixe! Viva o FACEBOOK!
Adoraria ir nessa caravana, porem, devido a proximidade da data nao é possivel.
Em uma proxima oportunidade irei, com certeza
Voz
É verdade, eles estão pouco se importando com a opinião do mundo.
Mas a revolta será grande se eles fizerem alguma coisa.
E quanto ao bacana do Facebook, agora que casou, e como logo vai procriar terá que vender ações, hehehehe.
A especulação já chegou no Facebook, e os otários acham legal.
É o "apocalipse", hehehehehe.
Um abração meu amigo
Marci
Que bom te ver aqui de novo amiga!!!
Eu também adoraria ir, mas infelizmente não posso, vamos ficar torcendo para que tudo dê certo, e que não sejam espancados pelos sionistas.
Um grande abraço minha amiga
Eu sempre passo por aqui, é que nem sempre comento!!
Se vc souber com antecencia qdo tiver uma proxima caravana, por favor me avise!
Abraço
Marci
Quando souber eu te aviso sim.
Um abraço minha amiga
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