A presidente voltou ao trabalho depois de 21 dias de licença médica
Sorridente e exibindo uma longa cicatriz na garganta, a presidente argentina apareceu em público pela primeira vez nesta quarta-feira (25/01), após quase um mês de licença médica devido à cirurgia de remoção da tireóide à qual foi submetida no início deste mês. Em um discurso na Casa Rosada, Cristina Kirchner criticou as recentes declarações do primeiro ministro britânico, David Cameron, mas descartou um conflito bélico pelas Malvinas.
"Escutei que acusaram os argentinos de colonialistas”, disse, lembrando que o comitê de descolonização das Nações Unidas tem 16 causas em andamento, “das quais 10 são da Inglaterra e uma das mais emblemáticas são nossas Malvinas”. A presidente descartou um conflito bélico pelas ilhas, alegando que a Argentina “não faz parte das forças invasoras de nenhum país” e que suas Forças Armadas “só participam de missões de paz”.
Na última semana, Cameron, acusou a Argentina de "colonialismo" por sua insistência em reivindicar as ilhas desde 1833, após a decisão de vários países latino-americanos de bloquear o acesso de navios com bandeira ilegal das Malvinas aos seus portos. "O que os argentinos estiveram dizendo recentemente é muito mais colonialismo porque os kelpers (como os britânicos chama os habitantes das ilhas) querem continuar sendo britânicos e os argentinos querem que eles façam outra coisa", afirmou.
Apesar de dizer que preferia não responder às acusações, feitas por quem “não tem razões, nem argumentos”, Cristina Kirchner afirmou que “ninguém quer que os habitantes das Malvinas deixem de ser ingleses”. Como de costume, a presidente pediu que o Reino Unido aceite dialogar, segundo as resoluções da ONU (Organização das Nações Unidas). “A Argentina continuará atuando “com rigorosidade jurídica, diplomática e conseguindo apoios pela soberania das ilhas”, garantiu.
Comissão
Cristina Kirchner anunciou que pedirá criação de uma comissão para a abertura e conhecimento público do Informe Rattenbach, documento elaborado por ordem do ditador Reynaldo Bignone, em dezembro de 1982, que avaliava o desempenho das Forças Armadas argentinas durante a Guerra das Malvinas, que completa 30 anos em abril.
“A história demonstra claramente que a guerra não foi uma decisão do povo argentino”, afirmou a presidente, “mas sim de uma junta [da ditadura militar] desesperada para esconder a tragédia de 30 mil desaparecidos e uma economia em crise. E não tiveram idéia melhor do que mandar jovens, que não estavam preparados, a uma guerra suicida”, disse.
Nunca publicado oficialmente, o Informe Rattenbach recomendava penas graves para os oficiais responsáveis pelo que qualificou como uma "aventura militar" no Atlântico Sul, segundo versões vazadas na imprensa da época.
Fonte: OperaMundi
Imagem: Google
Um comentário:
Onde iria ser testada a Nossa Bomba Atomica, pena que a eleição do collor tenha ferrado o BRASIL.
Se o BRIZOLA não tivesse sido traído, teria dado continuidade a este projeto, imprescindível a qualquer nação que queira ser respeitada.
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O Submarino Atômico e a Bomba Brasileira
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Abraços.
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