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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

UE chega a acordo de princípio para embargo ao crude iraniano


A União Europeia chegou a um acordo de princípio para proibir as importações de petróleo iraniano, uma iniciativa que acentua a pressão internacional para que Teerão aceite negociar, sem pré-condições, o seu programa nuclear.





“Foram feitos grandes progressos. O princípio de um embargo ao petróleo foi acordado e já não está em debate”, disse à Reuters um diplomata em Bruxelas, adiantando que, depois de semanas de discussão, vários Estados-membros deixaram cair as reservas que tinham em relação à iniciativa. Era o caso da Grécia, que compra a Teerão um terço do crude que consome.

O embargo – que só será aprovado no final do mês e não tem ainda uma data para entrar em vigor – faz parte de uma iniciativa concertada de europeus e americanos para aumentar o cerco a Teerão depois de, em Novembro, um relatório da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) ter confirmado a existência de “fortes indícios” de que o programa nuclear tem uma componente militar, que Teerão sempre negou. Em Dezembro passado, a UE alargou a lista de instituições e dirigentes alvo de sanções e, no último dia do ano, o Presidente norte-americano, Barack Obama, assinou uma lei que prevê sanções para qualquer empresa que efectue negócios com o banco central iraniano, responsável pelas transacções petrolíferas do país.

O embargo petrolífero forçará o regime iraniano a encontrar novos clientes para o crude que era importado pelos Vinte e Sete – o bloco foi o destino, em 2010, de 18 por cento das exportações petrolíferas iranianas, destinadas sobretudo à Grécia, Itália, Espanha e Bélgica. O regime iraniano desvaloriza o impacto da medida, alegando que existem mercados suficientes para o seu crude, vendido sobretudo para a Ásia, em particular a China, mas os analistas admitem que, face à pressão, vários compradores exijam descontos nas encomendas feitas ao país.

Teerão avisou que, caso as sanções avançassem, poderia encerrar o estreito de Ormuz, canal que liga o golfo Pérsico ao oceano Índico e por onde passa 35 por cento do tráfego marítimo mundial de crude – uma iniciativa que violaria as leis marítimas e equivaleria a uma declaração de guerra aos países vizinhos. Depois disso efectuou manobras navais na zona, testando vários mísseis balísticos e, já ontem, avisou que poderá reagir caso os EUA façam regressar ao golfo um porta-aviões da 5ªEsquadra que recentemente deixou o Bahrein em direcção ao Índico.

Os ocidentais desvalorizam a retórica bélica que, segundo um porta-voz do Departamento de Estado, é a prova que as sanções “começam a morder” o regime iraniano. No entanto, diplomatas e peritos militares dizem-se preocupados com o agravar da tensão, afirmando que, se nenhuma das partes oferecer uma alternativa diplomática clara, qualquer incidente pode conduzir a um conflito de dimensões regionais.



Fonte: publico.pt, indicado pelo amigo Mário

2 comentários:

maria disse...

olá BURGOS: vejo que voltastes a todo vapor aqui no blog. Espero e acredito que por hora as mútuas agressões sejam apenas verbais. Mas se os cretinos dos norte americanos e quem manda neles apertar o cerco, algo pesado com a ajuda da China e da Rússia terá de acontecer, e rápido. O que não dá mais para aguentar é outro: Vietnan,Camboja,Somália,Libia, Iraque e Afeganistão.
Estou sentindo falta de ti no botequim do Max e na loja de ideias da Fada!!Vai lá, amigo...Grande abraço.

BURGOS disse...

Minha amiga Maria, já voltei, mas ainda não tive tempo de rever os amigos virtuais, estou promeiro colocando ordem na casa, hehehehe.
Vou aparecer em breve, me aguarde.

Um abração em todos de Terra Âncora

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