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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Em Cuba, Dilma condena bloqueio e reafirma parceria

Ao visitar Cuba pela primeira vez desde que assumiu o governo brasileiro, a presidente Dilma Rousseff condenou o bloqueio imposto à ilha pelos Estados Unidos há 50 anos. Segundo Dilma, a melhor forma de o Brasil ajudar o país caribenho é furar esse bloqueio e continuar investindo em parcerias que também são estratégicas para o Brasil.

"Eu acredito que a grande contribuição que nós podemos dar aqui, a Cuba, é ajudar a desenvolver todo o processo econômico", disse. "A melhor forma de o Brasil ajudar Cuba é contribuir para acabar com esse processo, que eu considero que não leva a grande coisa, leva mais à pobreza das populações que sofrem a questão do bloqueio, a questão do embargo, do impedimento do comércio", disse.

Segundo ela, que chegou a Cuba na segunda (30), a cooperação estratégica com Cuba é favorável aos dois países, pois em áreas como biotecnologia o estado caribenho exibe uma estrutura excepcional e competente, enquanto o Brasil pode aportar uma alta capacidade tecnológica.

Depois de colocar uma oferenda floral no memorial dedicado a José Martí, heroi nacional de Cuba, Dilma destacou que seu governo tem o compromisso de contribuir com o povo da ilha, que impulsiona um processo de atualização econômica.

Dilma citou as iniciativas brasileiras em Cuba que ela considera estratégicas, como a política de crédito para compra de alimentos na ilha. Por meio de um crédito rotativo, o Brasil financia para Cuba a compra de produtos alimentícios brasileiros. Essa linha oferece US$ 400 milhões em crédito.

Além disso, o programa federal Mais Alimentos financia a compra de máquinas e equipamentos para a produção de alimentos em Cuba. Nessa modalidade, o crédito oferecido ao país caribenho é de US$ 200 milhões, de acordo com informações da própria presidente. "É impossível considerar correta a política de bloqueio de alimentos para um povo", enfatizou.

Dilma também destacou a parceria para a ampliação e modernização do Porto de Mariel, estratégico para o comércio externo do país. "Trata-se de um sistema logístico de exportações de bens", disse. Dos cerca de US$ 900 milhões investidos no porto, o Brasil contribui com cerca de US$ 640 milhões. "Nós achamos que é fundamental que se criem aqui condições de estabilidade para o desenvolvimento do povo cubano", disse a presidente, que deixará a ilha nesta quarta, rumo ao Haiti.

Havana e Brasília mantêm relação diplomáticas desde 1943 – interrompidas em 1964 e restabelecidas 22 anos depois – com laços que se fortaleceram a partir da chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao governo, uma tendência que permanece com a atual gestão. O Brasil é hoje o segundo maior parceiro comercial de Cuba na América Latina, depois apenas da Venezuela. Atualmente, quase 700 jovens brasileiros estudam na ilha.

Sem dupla moral

Na entrevista coletiva em Cuba, Dilma destacou que os direitos humanos não devem ser usados como arma política. Para a chefe de Estado brasileira, a questão deve ser tratada de uma forma mais abrangente e não como ferramenta para criticar apenas certos países. "O mundo precisa se comprometer em geral. Não é possível fazer da política de direitos humanos só uma arma de interesse político e ideológico. O mundo precisa se convencer que é algo que todos os países do mundo têm de se responsabilizar, inclusive o nosso", disse a presidente.

Dilma afirmou que desrespeitos aos direitos humanos ocorrem em todas as nações, inclusive no Brasil, e citou como exemplo as violações denunciadas na base norte-americana de Guantânamo. A questão dos direitos humanos é com frequência utilizada pelos detratores de Cuba, que, por outro lado, não fazem as mesmas cobranças a outros países, a exemplo dos Estados Unidos e suas práticas de tortura.

"Quem atira a primeira pedra tem telhado de vidro. Nós no Brasil temos o nosso. Então eu concordo em falar de direitos humanos dentro de uma perspectiva multilateral", disse a presidente, em coletiva de imprensa. "Não podemos achar que direitos humanos é uma pedra que você joga só de um lado para o outro. Ela serve para nós também", encerrou a presidente, negando-se a engrossar o coro do discurso anticubano.




Fonte: vermelho.org

3 comentários:

P. P. P. disse...

Altamente recomendado,
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Comandante máximo das FARC-EP responde à carta do historiador Medófilo Medina
Timoleón Jimenez*
02.Fev.12 :: Outros autores
Uma luta duríssima como a que as FARC-EP travam desde 1964 não podia subsistir sem um forte apoio popular e um programa que correspondesse aos anseios da população que lhes garante apoio, cobertura e a renovação de guerrilheiros e quadros.
Nesta resposta de Timóleon Jimenez, Comandante do Estado-Maior Central das FARC-EP, à carta-aberta que lhes foi dirigida pelo professor e académico colombiano Medófilo Medina, pode o leitor ver - sem a intermediação das agências ao serviço do imperialismo - o que é e por que luta a heroica guerrilha colombiana.

http://www.odiario.info/?p=2365

P. P. P. disse...

Governo alemão confirma: Berlim quer ocupar Atenas e talvez Lisboa

2 de Fevereiro de 2012
By Prova Final


O número dois do governo alemão defendeu ontem que se os gregos não cumprirem os objectivos, então terá de ser imposta de fora uma liderança, a partir da União Europeia. Na véspera da cimeira europeia, Philipp Roesler tornou-se no primeiro membro do governo alemão a assumir a paternidade da ideia segundo a qual a troco de um segundo programa da troika, um comissário europeu do orçamento seria investido de funções governativas em Atenas, retirando ao governo legítimo funções essenciais.

Numa entrevista ao jornal “Bild”, o número dois de Merkel afirma: “Precisamos de maior liderança e monitorização relativamente à implantação das reformas. Se os gregos não estão a ser capazes de conseguir isto, então terá de haver uma liderança mais forte vinda de fora, por exemplo, da União Europeia”.

O governo grego ficou em estado de choque com a ameaça da próxima ocupação. O ministro grego das Finanças pediu à Alemanha para não acordar fantasmas antigos – a Grécia esteve ocupada pelas tropas nazis durante a II Guerra. “Quem põe um povo perante o dilema de escolher entre assistência económica e dignidade nacional está a ignorar algumas lições básicas da História”, disse Venizelos, lembrando “que a integração europeia se baseia na paridade institucional dos estados-membros e no respeito da sua identidade nacional e dignidade”. “Este princípio fundamental aplica–se integralmente aos países que passam por períodos de crise e têm necessidade de assistência dos seus parceiros para o benefício de toda a Europa e zona euro em particular”

http://www.provafinal.net/2012/02/governo-alemao-confirma-berlim-quer-ocupar-atenas-e-talvez-lisboa/

Anônimo disse...

Não adianta só condenar, de intenções o inferno está cheio.

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