Minha lista de blogs

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Síria: Rússia explica veto; imperialistas foram derrotados na ONU


O ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov explicou, neste domingo (5), por que a Rússia vetou uma resolução sobre a Síria no Conselho de Segurança da ONU: nos termos em que estava redigida, a resolução seria unilateral e prejudicaria a Síria, se adotada.

O veto dos embaixadores da Rússia e China impediu que fosse aprovado o projeto de resolução encaminhado pelo Marrocos que exigia a imediata renúncia do presidente Bashar al-Assad. 13 dos 15 membros do Conselho de Segurança aprovaram o projeto apoiado pela Liga Árabe e pelo ocidente.

As autoridades sírias têm atribuído a violência no país à ação de gangues armadas ligadas à al-Qaeda e outros bandos apoiados pelas potências ocidentais e informam que mais de 2 mil soldados e policiais já foram mortos.

Lavrov disse que, na sexta-feira (3) enviou à secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton e ao embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, as emendas propostas pela Rússia ao texto do projeto a ser votado.

“Quem desse atenção àquelas emendas facilmente perceberia a racionalidade e a objetividade de nossa posição” — disse Lavrov.

Cenário líbio

Vários países ocidentais dedicaram-se a tentar persuadir Moscou a apoiar uma resolução que, de fato, autorizaria uma ação militar na Síria, mas a Rússia respondeu repetidas vezes que o furor com que o ocidente está tentando legitimar aquela ação militar na Síria obriga a temer que esteja em preparação a repetição de um “cenário líbio”.

Na Líbia, forças golpistas apoiadas pelos Estados Unidos e União Europeia derrubaram e assassinaram Muammar Gaddafi em outubro de 2011, depois de meses de combates, em cujo desfecho as forças da Otan e os bombardeios dessa organização agressiva tiveram influência decisiva.

Embora os termos do projeto que estava sendo votado tivessem sido suavizados, aparentemente para superar a oposição dos russos, o ministro das Relações Exteriores da Rússia disse que, apesar das modificações, o projeto patrocinado pelo ocidente e pela Liga Árabe continuava a ser uma decisão “unilateral”.

Para o ministro russo, os grupos que estão provocando a violência na Síria teriam de ser conhecidos e examinados adequadamente — o que o Conselho de Segurança não fez em momento algum. Disse que o projeto agora vetado não impõe qualquer restrição à ação de grupos armados da oposição, e que a Rússia teme que, aprovada nos termos atuais, a resolução tornará impossível qualquer diálogo político nacional na Síria.

Além do mais, disse Lavrov, o projeto vetado incluía a exigência de que as forças regulares do estado sírio se retirassem imediatamente de cidades e vilas.

“Essa exigência, se não estiver acompanhada da exigência de que os grupos armados extremistas entreguem as armas, é absolutamente provocativa. Nenhum presidente que não esteja absolutamente derrotado e que se respeite jamais aceitará essa exigência, por mais ameaçado que esteja. E nada, em nenhum caso, justifica render-se e entregar o país a extremistas armados”, disse Lavrov.

Lei internacional


A embaixadora dos EUA na ONU Susan Rice disse no sábado (4) que “há meses esse Conselho está refém de dois membros. Esses membros escondem-se atrás de argumentos ocos e de interesses particulares, ao mesmo tempo em que rejeitam qualquer redação que pressione Assad a deixar o governo”. A embaixadora dos EUA aparentemente esquece as mais de 50 vezes em que o mesmo Conselho esteve refém de um único membro, exatamente os EUA, que vetaram, contra a maioria dos demais membros, todos os projetos de resolução que visavam a garantir direitos para os palestinos, contra os interesses de Israel.

O argumento da embaixadora estadunidense é revelador do quanto o imperialismo norte-americano menospreza o direito internacional e suas instituições e o caráter farsesco do multilateralismo da política exterior praticada pelo Departamento de Estado.

(...) A Rússia e a China já haviam vetado outro projeto de resolução, em outubro de 2011, que continha ameaças de sanções contra a Síria.

Lavrov disse também que outro problema do projeto agora vetado é a cláusula que exige que Assad deixe o governo.

A Rússia, dos principais apoiadores de Assad durante o levante contra seu governo, já dissera, no início da semana, que vetaria qualquer projeto de resolução que exigisse a renúncia de Assad e ameaçasse com “outras medidas” caso ele não concordasse. Moscou apresentou um texto alternativo de resolução, que os EUA criticaram por lhes parecer muito suave.

“Já dissemos várias vezes que não estamos protegendo Assad. Estamos protegendo a lei internacional. O Conselho de Segurança da ONU não tem competência para intervir em questões internas dos estados”, disse Lavrov.

Lavrov disse também que sábado (4), ele e o chefe dos Serviço de Inteligência Exterior da Rússia, Mikhail Fradkov, estarão na Síria, para encontro com o presidente al-Assad agendado para a terça-feira (7), cumprindo instruções do presidente Dmitry Medvedev.

Churkin, embaixador russo na ONU, disse, depois da votação no Conselho de Segurança: “O projeto de resolução que vetamos não reflete satisfatoriamente a realidade em campo na Síria, e enviaria sinais conflitantes às forças políticas na Síria.”

Perguntado por que a Rússia concordou inicialmente e, adiante, mudou seu voto, Churkin disse que a situação mudou ao longo do último mês, depois que a Liga Árabe expôs seus planos para a Síria.

Os chefes das delegações russa e chinesa disseram que os países esperam que a comunidade internacional continue a trabalhar para pôr fim à violência na Síria.

O governo da Síria nega qualquer envolvimento nos confrontos violentos em Homs nos últimos dias.

O episódio que teve como palco o Conselho de Segurança das Nações Unidas é uma derrota acachapante do imperialismo estadunidense, dos sionistas israelenses, dos países imperialistas da União Europeia, dos governos lacaios encastelados na Liga Árabe e da mídia reacionária em todo o mundo.

Todos agora dedicam-se a protestar contra os vetos russo e chinês e a elevar o tom das suas exigências de derrubada do governo sírio. Mas criou-se um novo quadro e os vetos russo e chinês neutralizaram por ora o ímpeto agressivo das potências imperialistas.




Fonte: Vermelho.org

2 comentários:

RAMIRO LOPES ANDRADE disse...

Olá caro Burgos

Caminhanhos alegremente para a III GUERRA MUNDIAL.
É um caminho sem retorno, milhoes e milhoes de seres humanos perecerão.
Só os que estarão em bunkeres na AMERICA/ ISRAEL/ ALEMANHA/ SUECIA/ NOROEGA/ SUIÇA/ FRANÇA/ e mais alguns paises sobreviverão a esta loucura.
A nós pobres cidadãos comuns caberá morrer ( rapidamente ou numa lenta agonia ) com as bombas atomicas / radiação e guerra quimica e bacteriológica.
Os planos dos maçons e iluminatis de reduzir a população mundial para 500 milhões de pessoas está em marcha final, e nada nem ninguem os deterá.

Esperemos o fim da raça dita " humana ".

Um extraterrestre que esteja a assistir nossa auto destruição, dirá, que raça tão estúpida, não merecem o planeta que possuem. Quando se auto destruirem, tomaremos o planeta para nós .................

Um abraço BURGOS.

Ramiro Lopes Andrade

BURGOS disse...

Oi Ramiro

Sobre os extraterrestres concordo plenamente deles acharem os humanos idiotas, hehehehe

Mas ainda não estou convencido de que farão uma Terceira Guerra, acho que isso é só para apavorar as pessoas, principalmente as ameaças do ex-império americano, eles estão falidos, cada vez menos terão voz no cenário mundial, lógico que isso demorará um pouco, mas tudo se encaminha para isso, basta ver que Rússia e China conseguiram vetar, agora terão que arranjar um ato terrorista de falsa bandeira para poderem se fazer de coitadinhos como fizeram no 11 de setembro.

Um grande abraço meu amigo

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...