O relatório da Press TV apresentado foi publicado pela Strategic Culture Foundation em www.strategic-culture.org
Tradução Anna Malm para Pátria Latina e Irã News
Os
Estados Unidos e a Arábia Saudita maquinaram um novo plano para
destruir a Síria depois de não terem conseguido seus fins por intermédio
das agitações a decorrer a mais de um ano, informou a agência Press TV.
Este
novo plano tem então dois objectivos: 1) Mostrar que nenhuma paz se
estabelecerá na Síria sem o consentimento dos EUA. 2) Cansar os
apoiantes do governo para que eles dele se desligem.
Os
EUA e a Arábia Saudita devem ter que ter concluido que o exército sírio
não se presta a divisões e que o presidente Bashar Assad tem o controle
total sobre os militares. Eles também devem ter que ter compreendido
que as forças de segurança tem um bom controle sobre todo o país, mesmo
em áreas sob a influência dos rebeldes. No relatório apontou-se além
disso para o facto de que apesar da economia da Síria ter se
enfraquecido ela agora está em rápido restabelecimento.
Os
Estados Unidos organizaram diversos comités para implementar a nova
trama de intrigas e conspirações, o que inclui então comités tanto
políticos como militares assim como de segurança.
O
Comité Político tem Hillary Clinton como supervisora, Derek Chollet
como gerente executivo, Robert Ford o ex-embaixador para a Síria assim
como Fredrick Hoff como membros. Jeffrey Feltman é então o coordenador.
Jeffrey
Feltman controla ainda um outro grupo político que entre seus membros
tem os Ministros do Exterior da Arábia Saudita e de Qatar,
respectivamente Prince al-Faisal e Sheikh Hamad bin Jassim.
Jeffrey
Feltman também supervisiona uma agência estacionária em Doha para
coordenações especiais de segurança na Síria. Seus membros incluem
agências de inteligência de países como EUA, Arábia Saudita, Qatar,
Turquia e Líbia. As agências de inteligência da OTAN também aqui estão
incluidas.
O
ex-embaixador da Arábia Saudita para os Estados Unidos Bandar bin
Sultan compartilha suas experiências da Síria com o grupo onde Jeffrey
Feltman passa em revista o total das informações recolhidas.
O
Comité Militar inclui o presidente do “Conjunto de Chefes do
Estado-Maior”- “Joint Chiefs of Staff” dos Estados Unidos, General
Martin Dempsey. General Dempsey é supervisor do grupo do qual participam
também o General-Major Charles Cleveland o General Frank Gibb.
Este
grupo trabalha com outros grupos mas tem a última palavra em questões
de ajuda logística para os rebeldes, assim como sobre a quantidade e o
tipo de inteligência a serem providas aos mesmos.
O
Comité da Segurança inclui representantes de 7-10 agências americanas
de inteligência, assim como o Conselheiro para a Segurança Nacional
(“National Security”) dos Estados Unidos Tom Donilon, o Diretor da
Inteligência Nacional (“National Intelligence”) James Clapper e o
Diretor da Agência Central de Inteligência – Central Intelligence Agency
(CIA) – o General David Petraeus.
Há
diversos ramos do comité de segurança com a missão de planejar projetos
de segurança assim como de relatar para o presidente do comité a
respeito da situação. Estes diversos ramos do comité também preparam
relatórios a respeito da estratégia americana en relação a situação na
Síria.
Dois
dos maiores objetivos do acima mencionado são o de forçar a Síria a
submeter-se aos interesses dos Estados Unidos e o de impedir a Rússia de
afirmar uma presença no país.
Outros
objetivos incluem:- o neutralisar a aliança Irã-Síria fazendo que o
governo sírio alinhe-se com os Estados Unidos em vez de alinhar-se com o
Irã e a Rússia; intensificar a guerra psicológica dos Estados Unidos
assim como de seus aliados na região; implementar um sistema democrático
[à americana] na Síria sem ter que confrontar-se com o país ou arriscar
a segurança de Israel; cortar as conexões do Irã com a Síria e
Hezbollah.
O
plano geral deverá ser implementado através de operações militares de
batalhões voluntários nas fronteiras da Síria com seus vizinhos
incluindo Líbano, Turquia, Jordânia, Golan, o Curdistão Iraquiano, assim
como as regiões nomades do Iraque.
Também
deverão ser aqui incluidos ataques de guerrilhas, assim como ataques
com bombas contra as áreas controladas pelo governo, atividades
populares combinadas com operações paramilitares, guerra psicológica
contra os militares sírios e as forças de inteligência assim também
contra a população. Estes pontos em conjunto formam os estágios da fase
executiva do plano de acordo com o relatório aqui exposto.
O
relatório também apontou para o facto que os serviços de inteligência
saudita entraram num acordo com companhias de segurança dos Estados
Unidos e Israel baseadas em Geneva. O acordo então estipularia um
aumento do conflito armado na Síria sem empenhar outros países. De
acordo com o relatório os conflitos deveriam ser dirigidos por militares
e pessoal de inteligência já em aposentadoria. Estes deveriam então
teoréticamente estar em acordo com al-Qaeda.
No
meio tempo os americanos deveriam criar pequenas áreas protegidas no
Líbano e usá-las como campos de treinamento militar. Outros campos
deveriam também ser estabelecidos pelos Estados Unidos, Arábia Saudita,
Qatar e Turquia para serem usados pela al-Qaeda e os rebeldes da Síria.
Alguns lugares do Iraque, especialmente na província de Anbar e da
região curda, que é dirigida por Massoud Barzani, foram os escolhidos
para este objectivo porque Massoud Barzani já então teria trabalhado com
a agência de inteligência de Israel, Mossad.
Neste
esquema a Arábia Saudita deveria trabalhar com as tribos nomades as
quais na sua maioria encontram-se nos arredores de Deir ez-Zor e no
Deserto da Síria, que se extende até Homs.
Também
foi dito que o governo libanês está abaixo de pressão exercida pela
assistente de Feltman para soltar 238 militantes Wahhabi que eram
membros de grupos como Fathul Islam e Jund al-Sham.
A
Síria tem enfrentado conflitos [armados] desde março 2011. Mais de
6.000 polícias, soldados e forças da segurança pro-governamentais da
Síria foram mortos [no conflito com os rebeldes pesadamente armados].
Entretanto
Gennady Gatilov, o Ministro-delegado das Relações Exteriores da Rússia
declarou para a imprensa que não havia razões para otimismo quanto aos
contactos entre as autoridades e a oposição na Síria, mas que não havia
também alternativas para o plano de Kofi Annan. O diplomata ressaltou
ainda que a única maneira de resolver a situação era através de
negociações e que era então necessário implementar o plano de Kofi
Annan em sua totalidade e força.
Notícia da ITAR-TASS como publicada pela Strategic Culture Foundation em www.strategic-culture.org em 2012-05-15
Fonte: IrãNews
2 comentários:
Olá BURGOS: é impressionante como o império já pode fazer tudo as claras, simplesmente porque "é natural" que assim seja feito. Nada contra se destruir Damasco, possívelmente a cidade mais antiga do mundo, nada contra se destruir a história do mundo como se fez no Iraque, nada contra se tentar de todas as maneiras aniquilar outra cultura - a muçulmana, nada contra se praticar seguidos genocídios em função de interesses de acumulação financeira e de poder. E a vida segue, enquanto as informações naturalizam os acontecimentos mais desprezíveis. Abraços
Maria
É impressionante mesmo Maria, fazem o que bem entendem no mundo, e todos aceitam como se fosse a coisa mais natural.
Fico imaginando que poder é esse que os EUA tem para cometerem todas essas atrocidades e ficarem impunes sempre?
Que poder Israel tem também para cometer tanta desgraça com os Palestinos?
Até quando o mundo terá que se submeter as vontades dos EUA e Israel???
Eu espero sinceramente que as pessoas se conscientizem.
Um grande abraço minha amiga
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