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domingo, 20 de maio de 2012

Plano EUA-Arábia Saudita para destruição da Síria: Relatório



O relatório da Press TV apresentado foi publicado pela Strategic Culture Foundation em www.strategic-culture.org 

Tradução Anna Malm para Pátria Latina e Irã News

Os Estados Unidos e a Arábia Saudita maquinaram um novo plano para destruir a Síria depois de não terem conseguido seus fins por intermédio das agitações a decorrer a mais de um ano, informou a agência Press TV.

Este novo plano tem então dois objectivos: 1) Mostrar que nenhuma paz se estabelecerá na Síria sem o consentimento dos EUA. 2) Cansar os apoiantes do governo para que eles dele se desligem. 

Os EUA e a Arábia Saudita devem ter que ter concluido que o exército sírio não se presta a divisões e que o presidente Bashar Assad tem o controle total sobre os militares. Eles também devem ter que ter compreendido que as forças de segurança tem um bom controle sobre todo o país, mesmo em áreas sob a influência dos rebeldes. No relatório apontou-se além disso para o facto de que  apesar da economia da Síria ter se enfraquecido ela agora está em rápido restabelecimento.

Os Estados Unidos organizaram diversos comités para implementar a nova trama de intrigas e conspirações, o que inclui então comités tanto políticos como militares assim como de segurança.

O Comité Político tem Hillary Clinton como supervisora, Derek Chollet como gerente executivo, Robert Ford o ex-embaixador para a Síria assim como Fredrick Hoff como membros. Jeffrey Feltman é então o coordenador.

Jeffrey Feltman controla ainda um outro grupo político que entre seus membros tem os Ministros do Exterior da Arábia Saudita e de Qatar, respectivamente Prince al-Faisal e Sheikh Hamad bin Jassim.

Jeffrey Feltman também supervisiona uma agência estacionária em Doha para coordenações especiais de segurança na Síria. Seus membros incluem agências de inteligência de países como EUA, Arábia Saudita, Qatar, Turquia e Líbia. As agências de inteligência da OTAN também aqui estão incluidas.

O ex-embaixador da Arábia Saudita para os Estados Unidos Bandar bin Sultan compartilha suas experiências da Síria com o grupo onde Jeffrey Feltman  passa  em revista o total das informações  recolhidas. 
  
O Comité Militar inclui o presidente do “Conjunto de Chefes do Estado-Maior”-  “Joint Chiefs of Staff” dos Estados Unidos, General Martin Dempsey. General Dempsey é supervisor do grupo do qual participam também o General-Major Charles Cleveland o General Frank Gibb.

Este grupo trabalha com outros grupos mas tem a última palavra em questões de ajuda logística para os rebeldes,  assim como sobre a quantidade e o tipo de inteligência a serem providas aos mesmos.

O Comité da Segurança inclui representantes de 7-10 agências americanas de inteligência, assim como o Conselheiro para a  Segurança Nacional (“National Security”) dos Estados Unidos Tom Donilon, o Diretor da  Inteligência Nacional (“National Intelligence”)  James Clapper e o Diretor da Agência Central de Inteligência – Central Intelligence Agency (CIA) – o General David Petraeus.

Há diversos ramos do comité de segurança com a missão de planejar projetos de segurança assim como de relatar para o presidente do comité a respeito da situação. Estes diversos ramos do comité também preparam relatórios a respeito da estratégia americana en relação a situação na Síria.

Dois dos maiores objetivos do acima mencionado são o de forçar a Síria a submeter-se aos interesses dos Estados Unidos e o de impedir a Rússia de afirmar uma presença no país.

Outros objetivos incluem:- o neutralisar a aliança Irã-Síria fazendo que o governo sírio alinhe-se com os Estados Unidos em vez de alinhar-se com o Irã e a Rússia; intensificar a guerra psicológica dos Estados Unidos assim como de seus aliados na região; implementar um sistema democrático [à americana] na Síria sem ter que confrontar-se com o país ou arriscar a segurança de Israel;  cortar as conexões do Irã com a Síria e Hezbollah.

O plano geral deverá ser implementado através de operações militares de batalhões voluntários nas fronteiras da Síria com seus vizinhos incluindo Líbano, Turquia, Jordânia, Golan, o Curdistão Iraquiano, assim como as regiões nomades do Iraque.

Também deverão ser aqui incluidos ataques de guerrilhas, assim como ataques com bombas contra  as áreas controladas pelo governo, atividades populares combinadas com operações paramilitares, guerra psicológica contra os militares sírios e as forças de inteligência assim também contra a população.  Estes pontos em conjunto formam os estágios da fase executiva do plano de acordo com o relatório aqui exposto.

O relatório também apontou para o facto que os serviços de inteligência saudita entraram num acordo com companhias de segurança dos Estados Unidos e Israel baseadas em Geneva.  O acordo então estipularia um aumento do conflito armado na Síria sem empenhar outros países. De acordo com o relatório os conflitos deveriam ser dirigidos por militares e pessoal de inteligência já em aposentadoria. Estes deveriam então teoréticamente estar em acordo com al-Qaeda.

No meio tempo os americanos deveriam criar pequenas áreas protegidas no Líbano e usá-las como campos de treinamento militar. Outros campos deveriam  também ser estabelecidos pelos Estados Unidos, Arábia Saudita, Qatar e Turquia para serem usados pela al-Qaeda e os rebeldes da Síria. Alguns lugares do Iraque, especialmente na província de Anbar e da região curda, que é dirigida por Massoud Barzani, foram os escolhidos para este objectivo porque Massoud Barzani já então teria trabalhado com a agência de inteligência de Israel, Mossad.

Neste esquema a  Arábia Saudita deveria  trabalhar com as tribos nomades as quais na sua maioria encontram-se nos arredores de Deir ez-Zor e no Deserto da Síria,  que se extende até Homs.

Também foi dito que o governo libanês está abaixo de pressão exercida pela assistente de Feltman para soltar 238 militantes Wahhabi que eram membros de grupos como Fathul Islam e Jund al-Sham.

A Síria tem enfrentado conflitos [armados] desde março 2011. Mais de 6.000 polícias, soldados e forças da segurança pro-governamentais da Síria foram mortos [no conflito com os rebeldes pesadamente armados].
 
Entretanto Gennady Gatilov, o Ministro-delegado das Relações Exteriores da Rússia declarou para a imprensa que não havia razões para otimismo quanto aos contactos entre as autoridades e a oposição na Síria, mas que não havia também alternativas para o plano de Kofi Annan.  O diplomata ressaltou ainda que a única maneira de resolver a situação era através de negociações  e que era então necessário implementar o plano de Kofi Annan em sua totalidade e força. 

Notícia da ITAR-TASS como publicada pela Strategic Culture Foundation em www.strategic-culture.org  em 2012-05-15



Fonte: IrãNews

2 comentários:

maria disse...

Olá BURGOS: é impressionante como o império já pode fazer tudo as claras, simplesmente porque "é natural" que assim seja feito. Nada contra se destruir Damasco, possívelmente a cidade mais antiga do mundo, nada contra se destruir a história do mundo como se fez no Iraque, nada contra se tentar de todas as maneiras aniquilar outra cultura - a muçulmana, nada contra se praticar seguidos genocídios em função de interesses de acumulação financeira e de poder. E a vida segue, enquanto as informações naturalizam os acontecimentos mais desprezíveis. Abraços

BURGOS disse...

Maria

É impressionante mesmo Maria, fazem o que bem entendem no mundo, e todos aceitam como se fosse a coisa mais natural.
Fico imaginando que poder é esse que os EUA tem para cometerem todas essas atrocidades e ficarem impunes sempre?
Que poder Israel tem também para cometer tanta desgraça com os Palestinos?

Até quando o mundo terá que se submeter as vontades dos EUA e Israel???

Eu espero sinceramente que as pessoas se conscientizem.

Um grande abraço minha amiga

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