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domingo, 15 de setembro de 2013

Os fatos sobre a ajuda dos russos aos EUA




Daoud Rammal, Al-Manar, Líbano

O ataque dos EUA à Síria já começou e já acabou. Tudo aconteceu no instante em que foram disparados aqueles dois mísseis balísticos, que ninguém sabia o que eram, porque Israel negava e a Rússia confirmava.[1]A Rússia neutralizou os dois mísseis: um foi destruído em voo e o segundo foi desviado para o mar. 


Fonte diplomática bem informada disse ao jornal As-Safir que

“a guerra dos EUA contra a Síria começou e acabou no instante em que foram disparados aqueles dois mísseis balísticos, que ninguém sabia o que eram, porque Israel negava e a Rússia confirmava, até que surgiu uma declaração oficial dos israelenses, que dizia que teriam sido disparados no contexto de um exercício militar conjunto EUA-Israel, e que os mísseis caíram no mar e que nada tinham a ver com a crise síria.”

A fonte também informou ao diário libanês que

“os EUA dispararam os dois mísseis de uma base da OTAN na Espanha. Os mísseis foram instantaneamente detectados pelos radares russos e foram repelidos pelos sistemas russos de defesa: um deles foi destruído em voo e o outro foi desviado em direção ao mar.”

Nesse contexto, disse a fonte, “é que surgiu a declaração distribuída pelo Ministério de Defesa russo. A declaração falava sobre a detecção de dois mísseis balísticos disparados na direção do Oriente Médio, mas nada dizia nem sobre de onde os mísseis foram disparados os mísseis, nem que haviam sido abatidos. Por quê?

Porque no momento em que a operação militar estava sendo lançada, o chefe do Serviço de Inteligência da Rússia telefonou à inteligência dos EUA e disse que:

“atacar Damasco significa atacar Moscou. Nós omitimos na nossa declaração oficial a expressão “os dois mísseis foram derrubados”, para preservar as relações bilaterais e para impedir qualquer tipo de escalada. Assim sendo, é imperioso que os EUA reconsiderem suas políticas, abordagens, movimentos e intenções sobre a crise síria, porque os EUA já podem ter certeza de que não conseguirão eliminar nossa [dos russos] presença no Mediterrâneo.”

A mesma fonte continuou:

“Essa confrontação direta entre Moscou e Washington, que não foi divulgada, aumentou ainda mais a confusão reinante no governo Obama e a certeza de que o lado russo insistirá no alinhamento ao lado dos sírios. E, também, a evidência de que os EUA já não tinham outra saída, se não pela iniciativa dos russos, que‘salvaria’ a imagem dos EUA.”

Desse ponto de vista, a mesma fonte diplomática explicou que

“para evitar confusão ainda maior nos EUA, e depois que Israel negara saber do disparo dos dois mísseis (o que é verdade), Washington pediu que Telavive assumisse que teria disparado os mísseis, para não ferir a imagem dos EUA ante a comunidade internacional, sobretudo porque aqueles dois mísseis eram o primeiro movimento do ataque dos EUA à Síria e o anúncio do início das operações militares. O plano original previa que, depois do ataque, o presidente Obama viajaria para o encontro do G-20 na Rússia, para negociar o destino do presidente sírio Bashr Al-Assad. De fato, como depois se verificou, Obama teve de ir à Rússia para negociar o fim do impasse em que se viu preso.”

A mesma fonte disse também que

“depois desse confronto EUA-Rússia, Moscou já trabalha para aumentar o número de especialistas militares, e já ampliou a presença se unidades de guerra e destróieres no Mediterrâneo. Os russos também decidiram marcar para depois do G-20 o anúncio de sua iniciativa para conter a agressão à Síria, depois de se criar um contexto de contatos às margens daquela reunião, e depois de duas visitas sucessivas dos ministros de Relações Exteriores do Irã e da Síria, nos quais se acertaram detalhes de um acordo com os russos, que incluía o anúncio, pela Síria, de que aceitava pôr suas armas químicas sob supervisão internacional e preparar a Síria para assinar o tratado de não proliferação de armas químicas.”

Por fim, aquela fonte diplomática comentou que

“Um dos primeiros resultados do confronto militar EUA-Rússia foi a rejeição, na Câmara dos Comuns britânica, de qualquer envolvimento na guerra contra a Síria. Em seguida vieram as posições europeias, todas na mesma direção, a mais significativa das quais foi a da chanceler alemã Angela Merkel."




Fonte: Instituto João Goulart

6 comentários:

Fada do bosque disse...

Ou seja,
GRANDES SACANAS!!!

Um beijo meu amiguinho e obrigada pelo seu trabalho informativo

RAMIRO LOPES ANDRADE disse...

Olá Amigo Burgos

Mais um motivo para o Brasil não comprar aviões F-18 aos EUA.
Que a Dilma compre os SU-35S, e deixe os americas de cabelos em pé.
Essa dos dois misseis serem lançados de Espanha eu não sabia, é verdade mesmo ?????
Esses judeus de mierda E OS eua são muito perigosos, para começar uma III guerra mundial basta um rastilho, e depois como dizia Enstain;

EU NÃO SEI COMO SERÁ A III GUERRA MUNDIAL, MAS A 4º SERÁ COM PAUS E PEDRAS

Abraços.

Ramiro Lopes Andrade

BURGOS disse...

Fada

Até consigo compreender a atitude do Putin, pois se isso fosse apresentado na mídia oficial causaria um comprometimento imenso do imperialista Obama, e com certeza com toda a sua arrogância ele iria retaliar e jamais admitir tal fato, e pra "variar" muitos inocentes sofreriam as consequências.
Com essa atitude Putin cresce no cenário mundial, enquanto Obama está cada vez mais no fundo do poço, acredito que estamos a ver o fim do Império americano. Líderes de todas as nações já estão sabendo disso, cada passo do Obama está sendo escrachado pela comunidade internacional, com certeza estão isolando o império por todos os lados, e a isto eu chamo de estratégia internacional, e pelo jeito é isso que estamos vendo.

Um grande abraço minha amiga

Fada do bosque disse...

Ui Burgos,

Bem haja pelo seu optimismo. Estamos a cair num totalitarismo imposto pelos eleitos, arrepiante. Espero que seja verdade e que lhes façam frente e os esmaguem... mais uma vez.

BURGOS disse...

Ramiro

Ao que tudo indica é verdade, e quanto a Dilma eu espero ansiosamente o seu discurso em 23 de setembro na Assembleia da ONU, e espero também que ela desista da viagem de visita a Obama. Mas como disse no comentário acima para a Fada, acredito que estão estrategicamente e "diplomaticamente" isolando e colocando os EUA em seu devido lugar. Tomara seja!!!


Um grande abraço meu amigo

BURGOS disse...

Fada

Sei que estou sendo otimista, mas quero acreditar que ainda existe uma luz no fim do túnel, hehehehe.


Um grande beijo minha amiga

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