Tropas israelenses patrulham as Colinas de Golã, território sírio ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, de 1967. |
Nesta quarta-feira (5), tropas israelenses violaram o acordo de não agressão, no território sírio das Colinas de Golã, ocupado ilegalmente por Israel. As forças israelenses dispararam morteiros e abriram fogo com metralhadoras, segundo uma fonte militar, ferindo vários integrantes das Forças de Segurança Interna e civis. O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Al-Moallem, denunciou a agressão à comunidade internacional.
Além disso, o ministro também informou sobre o disparo de quatro projéteis por tanques israelenses contra al-Hurriyeh e o fogo de metralhadoras de porte médio contra al-Hamidiyeh, também no início da manhã. Sete membros das Forças de Segurança Interna e quatro civis ficaram feridos pela agressão, de acordo com a denúncia.
O ministro declarou, na carta às Nações Unidas, que “esta agressão ressalta novamente a realidade do envolvimento direto da entidade sionista [Israel] no respaldo e apoio aos grupos terroristas e prova, sem sombra de dúvida, a extensão da coordenação existente entre o inimigo sionista e estes grupos”.
A Síria vem denunciando reiteradamente o respaldo Ocidental e de vizinhos como a Arábia Saudita, a Turquia e Israel aos grupos armados que têm atuado no país, lutando contra as tropas do Exército Árabe-Sírio há três anos, em uma crise que dissemina ações de terrorismo apoiadas na ideologia religiosa extremista.
Responsabilizar Israel pelas agressões
Para o chanceler sírio, a ação israelense teve como objetivo criar uma situação de desestabilização e uma atmosfera de escalada das tensões na zona de desengajamento estabelecida pelo acordo de 1974 e em suas cercanias.
“O governo da República Árabe-Síria, enquanto relata estes eventos ao Conselho de Segurança, demanda a condenação da agressão israelense como uma violação do acordo de desengajamento e das normas de direito internacional, assim como da escalada da tensão”, afirma Al-Moallem, na carta.
O Ministério de Relações Exteriores denunciou também a proteção contínua de alguns membros permanentes do Conselho de Segurança a Israel, garantindo a sua impunidade pelo comportamento agressivo e pela violação das resoluções do Conselho de Segurança sobre a questão, impedindo que o conselho tome medidas para condenar as autoridades israelenses por suas agressões reiteradas. Esta negligência, afirma o órgão, enfraquece a credibilidade do conselho como uma autoridade responsável por manter a paz internacional e a segurança.
Al-Moallem também lembrou as resoluções do Conselho de Segurança que rejeitam a presença e a ocupação israelense das Colinas de Golã e pediu a implementação destes instrumentos, pedindo a retirada das tropas de Israel deste e outros territórios árabes ocupados desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Fonte: Vermelho
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