Israel mostrou, nesta terça-feira (20), grande nervosismo ante a ofensiva diplomática palestina na ONU, e disse que suas forças de segurança completaram treinamentos antimotins e um plano destinado supostamente a neutralizar reações nos territórios ocupados.
Segundo o diário The Jerusalem Post, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apresentou uma lista do que ele chamou de "gestos de boa vontade" frente à avalanche de críticas estrangeiras e nacionais por sua relutância a respeito do rechecimento, na ONU, de um Estado independente palestino.
Na véspera da votação prevista para sexta-feira, os israelenses têm reduzido as operações de suas forças de ocupação dentro das cidades e aldeias palestinas, no território definido como Área A, que está sob total controle da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
No entanto, os sionistas deixaram aberta a possibilidade de executar ataques e outras ações repressivas em caso de "iminente ataques terroristas", um termo usado para se referir à resistência.
O plano - que seria aplicado em um cenário previsível de fracasso da iniciativa palestina devido ao já antecipado veto dos EUA no Conselho de Segurança - concede permissão para projetos de construção na área C e mais liberdade de movimento na Cisjordânia.
Esta zona está sob administração militar e civil de Israel, mas a ANP preparou cerca 20 projetos que planeja executar nessa área, caso prospere seu pedido de reconhecimento como um estado de pleno direito na ONU.
Paralelamente, o comando central do exército israelense continua em "alerta máximo" por eventuais protestos palestinos, e desenvolveu um programa de segurança individual para os colonos que vivem em assentamentos judeus ilegais na Cisjordânia.
Além de coordenar ações com as forças de segurança palestinas para minimizar as manifestações na Cisjordânia, o primeiro-ministro israelense propôs ao presidente da ANP, Mahmoud Abbas, a retomada das negociações diretas na sede da ONU em Nova York.
No entanto, Netanyahu e seu gabinete descartaram que, em eventuais negociações com a liderança palestina, renunciem à exigência de que se reconheça Israel como Estado do povo judeu - o que Abbas rejeita, porque laceraría o direito de retorno de milhões de refugiados à sua pátria.
Fonte: Prensa Latina
Nenhum comentário:
Postar um comentário