Diário Liberdade - O chanceler israelita, o utradireitista Avigdor Lieberman (foto), ameaçou nesta quarta-feira com "consequências graves e duras" à Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), caso esta solicitar à ONU o reconhecimento internacional de um estado soberano. Disse-o numa conferência sobre agricultura no kibutz Revivim, sediado no sul de Israel, reunião em que sublinhou que o seu país mostrou "enorme generosidade com os palestinianos" apesar de que isso "não nos trouxe a paz".
O chefe da diplomacia sionista não especificou quais seriam essas "consequências", mas o vice-chanceler, Dany Ayalon, assinalou que podem ser novos projetos construção de assentamentos de colonos ou uma mudança no estatus de alguns setores da Cisjordânia, parte dos territórios ocupados por Israel.
Lieberman ameaçou também com que Israel não acatará nenhuma declaração unilateral palestiniana e mostrou-se com esperança de que "o senso comum prevaleça" e seja possível "atingir um modus vivendi que permita as negociações".
O governo sionista mostra assim grande nervossismo já que a nível mundial a causa palestiniana conta com grande simpatia e uma maioria esmagadora de estados apoia a criação de um estado palestiniano frente ao holocausto sionista comandado por Israel.
O titular da ANP, Mahmud Abbas, confirmou no Cairo a decisão "irreversível" de pedir na semana próxima perante a Assembleia Geral da ONU o reconhecimento internacional do estado palestiniano com as fronteiras anteriores à guerra de 1967.
Nesta sexta (16), o negociador palestiniano Mohamed Shtaye confirmou -numa breve declaração perante jornalistas- que Abbas submeterá o pedido ao Conselho de Segurança dantes do seu discurso no seio da ONU, previsto para sexta-feira 23 de setembro.
Os palestinianos pedirão ser membros com pleno direito e "com as fronteiras de 1967", sublinhou disse Shtaye.
De ser aprovado, a Palestina seria o país número 194 em Nações Unidas, agregou o negociador, depois de explicar que por agora não vai pedir-se perante a Assembleia Geral o direito político, mas disse que não se decarta essa possibilidade se o Conselho de Segurança recusa o rendimento, tal como anunciou os Estados Unidos que adiantou o seu veto.
"São coisas que não se podem fazer ao mesmo tempo", enfatizou Shtaye sobre ambas as possibilidades, e agregou que "se não passa no Conselho então veremos que fazer".
"A decisão de ir à ONU faz parte de uma estratégia para passar de um enquadramento bilateral de conversas a um enquadramento multilateral", afirmou Shtaye.
Mais de 140 países apoiam a criação de um Estado palestiniano com as fronteiras de 1967.
Segundo Shtaye, "não há nenhuma contradição entre ir à ONU e as negociações com Israel, às que estamos abertos se há uns termos claros de referência".
Fonte: Patria Latina
Imagem: google
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