(Burgos Cãogrino)
Ambientalismo internacional – Parte 2
Postado por Husc em 10 outubro, 2010[Nos USA, Robert O. Anderson (o da Atlantic) financiou diretamente (com US$ 200.000) o “Dia da Terra” – a primeira manifestação popular do movimento ambientalista de massas – contra a «destruição do meio ambiente» (em 22/04/1970). Contou com a participação de dezenas de milhares de estudantes, recrutados entre as hostes da “nova esquerda”, infestada pela contracultura.]
O petróleo financia as ONGs ambientalistas!
Com outra doação de US$ 200.000, Anderson garantiu a criação dos Amigos da Terra (Friends of the Earth), uma das primeiras entre as milhares de ONGs que viriam a formar as “tropas de choque” do movimento ambientalista. Vários dos principais fundadores dos Amigos da Terra foram recrutados entre os quadros dos Federalistas Mundiais e dos Cidadãos Planetários – estes últimos criados no pós-guerra como centros de difusão do “governo mundial”, por ideólogos oligarcas tais como Bertrand Russell, H. G. Wells e Robert Hutchins (reitor da Universidade de Chicago), este um fanático do “crescimento zero”.
A difusão da ideologia ambientalista na Europa foi amplamente financiada pela Shell, dirigida a partir da Sociedade Européia de Cultura de Amsterdan, outra criação de Julian Huxley. A Sociedade organizou o “Projeto Europa-2000”, de cujas recomendações foi estabelecido, no início dos anos 1970, o Instituto para a Política Européia de Meio Ambiente.
Este, juntamente com o IIED – Instituto Internacional para o Meio Ambiente e organizações coligadas dos EUA, como o Instituto Aspen e as fundações Ford e Rockefeller, têm sido as mais ativas instituições envolvidas na elaboração da “agenda verde global”. Esse esforço foi a contrapartida européia para a realização da Conferência de Estocolmo, em junho/1972.
Três manifestos ambientalistas históricos
Além da Conferência de Estocolmo, também foram divulgados em 1972, três famosos manifestos ambientalistas:
① O relatório «Blueprint For Survival» («Roteiro Para a Sobrevivência») – editado pela revista inglesa The Ecologist (dirigida por Edward Goldsmith e patrocinada por seu irmão sir James Goldsmith e por lord Victor Rothschild;
② A «Carta Mansholt» – redigida pelo então secretário da Comissão da Comunidade Européia, o francês Sicco Mansholt (protegido de lord Rothschild); e
③ O relatório do Clube de Roma, «Limites Do Crescimento». — Os três documentos batem na mesma tecla: a impossibilidade de expansão contínua da sociedade industrial e da população do planeta.
Uma agenda para acabar com a civilização…
«The Unfinished Agenda» («A Agenda Inacabada») – documento de 1977, patrocinado pelo Rockefeller Brothers Fund (Fundo dos Irmãos Rockefeller) – recomendava uma série de medidas que representavam uma degradação deliberada dos setores intensivos em tecnologia da economia dos EUA, com a conseqüente imposição de um regime de “crescimento zero”, coerente com as sugestões explícitas dos relatórios do Clube de Roma. Entre outras recomendações, a «Agenda Inacabada» sugeria:
① Estabelecer a redução populacional como meta nacional;
② Promover uma política de esterilização feminina nos países do Terceiro Mundo;
③ Imposição de fortes restrições à imigração para os EUA, especialmente a proveniente de países pobres;
④ Vincular a ajuda alimentícia aos países pobres a metas de redução das taxas de natalidade;
⑤ Reduzir a intensidade energética da agricultura estadunidense;
⑥ Eliminar a utilização de fertilizantes e pesticidas na agricultura;
⑦ Eliminar a fissão nuclear como fonte energética; e
⑧ Fomentar o uso de fontes energéticas de pequena escala.
Na conclusão é abertamente admitido que o objetivo do projeto do movimento ambientalista não é resolver o problema de recursos escassos, mas promover uma mudança de valores na Sociedade, afastando-a do compromisso com o progresso: «Aqueles que vivem no ambiente comum do planeta estão agora experimentando a transição da abundância para a escassez. Os desafios imediatamente à frente não são os limites físicos ao crescimento, mas o desafio de uma grande transformação nos valores humanos.»
Mitterrand: sugestão de renúncia à nossa soberania!
Sicco Mansholt (imagem à direita), tornou-se um dos principais líderes intelectuais do “ambientalismo” europeu, tendo sido também um dos incentivadores da criação do Clube de Roma, em 1968. As idéias de Mansholt foram largamente adotadas pelas lideranças da Internacional Socialista. François Mitterrand endossou a «Carta Mansholt», o que evidencia que ele e seu chanceler Michel Rocard não tenham cometido um mero deslize diplomático, ao exigirem do Brasil, na Conferência de Haia, em março/1989, a «renúncia a parcelas de soberania» para facilitar a solução de problemas ambientais. Tal preceito constitui elemento fundamental da estratégia da oligarquia européia, e de seus títeres na Internacional Socialista.
O CFR e a Comissão Trilateral na área
A ascensão de Jimmy Carter à Presidência dos USA, em 1977, representou a consolidação política de todas as diretrizes oligárquicas no país mais poderoso do mundo, e resultou de um projeto gestado, diretamente, no interior do CFR – Council for Foreign Relations e da Comissão Trilateral.
A intenção do CFR na agenda ambiental ficou explícita com o artigo do diplomata George Kennan, intitulado «Para Evitar um Desastre Mundial» (publicado em abril/1970 na revista da organização: Foreign Affairs). Kennan, um dos mais importantes estrategistas do establishment estadunidense, enfatiza três pontos:
① a crise ambiental representa uma ameaça global tão grande que ameaça a vida na Terra;
② A crise deveria ser controlada por uma parceria entre governos e o empresariado, operando sob a supeervisão de uma super-agência ambiental mundial;
③ Parte dos recursos necessários para esse esforço deveriam provir dos orçamentos de defesa nacional.
Em 1973, simultaneamente com a criação da Comissão Trilateral, foi criada uma força-tarefa, o “Projeto dos Anos 80”, organizada pelo CFR, com o objetivo de elaborar diretrizes de governo nos campos estratégico, econômico e social, visando a promoção de uma «desintegração controlada da economia mundial». Entre seus organizadores estavam Zbigniew Brzezinski, Cyrus Vance e outros indivíduos que, posteriormente, ocuparam importantes cargos no Governo de Jimmy Carter.
A década de 1990, a Rio-92 e a Agenda 21
Se a década de 1970 foi a da popularização do ambientalismo, a de 1990 ficaria marcada pela elevação do mesmo ao plano superior da formulação de políticas públicas e das relações internacionais.
Elemento crucial para o processo de formulação de políticas públicas do ambientalismo foi a realização da Rio-92, chamada “Cúpula da Terra”, no Rio de Janeiro, em junho de 1992 – da qual resultaram convenções (Protocolo de Montreal para a Proteção da Camada de Ozônio; a Convenção Quadro de Mudanças Climáticas; Convenção Sobre Diversidade Biológica etc) e a chamada “Agenda 21”, um enorme conjunto de diretrizes destinado a introduzir o elemento ambiental, principalmente o conceito de “desenvolvimento sustentado”, em, praticamente, todos os ramos das atividades humanas.
Elaine Dewar reage
Assim falou Elaine Dewar sobre a Rio-92: «Propagandeada como a “maior cúpula do mundo”, a conferência do Rio era publicamente descrita como uma negociação global para reconciliar a necessidade de proteção ambiental com a necessidade de crescimento econômico. Os bem-informados entendiam que havia outros objetivos bem mais profundos. Estes, envolviam a transferência de poderes regulamentadores nacionais para vastas autoridades regionais; a abertura de todas as economias nacionais fechadas a interesses multinacionais; o reforço de estruturas de tomada de decisões muito acima e muito abaixo do alcance de democracias nacionais recém-estabelecidas; e, acima de tudo, a integração dos impérios soviético e chinês no sistema de mercado global. Eu não havia ouvido ninguém usar qualquer nome para esta agenda bastante grande, de modo que, mais tarde, eu mesma a batizei – a “Agenda de Governança Global”.»
Rio-92: V0 da “nova ordem mundial”
A chamada Rio-92 já está cumprindo o seu objetivo primário de provocar uma mudança nos chamados “paradigmas culturais”. Nas escolas, as crianças não falam senão da proteção à Natureza e da maldade intrínseca às atividades humanas. [...] Não é acidental, porque o propósito da Rio-92 – organizada para ser o mais importante advento do nosso século, a conferência que para alguns inauguraria a “nova ordem mundial” do presidente George Bush – era estabelecer princípios que constituem essencialmente um ataque aos valores cristãos mais fundamentais, colocando as preocupações com a Natureza per se em plano idêntico, senão superior, àquelas com o homem e sua luta para reproduzir e ampliar as bases da civilização, que foram a força motriz das descobertas marítimas e a própria alma da evangelização.
A verdade sobre o tema central que se tentará impor à Rio-92 (em palestra de Lorenzo Carrasco em 18/05/1992): na realidade a chamada “agenda ambiental” das oligarquias do “governo mundial” não é nenhuma novidade – apenas utiliza o velho conceito malthusiano de que os recursos naturais são finitos, como também é limitada a população que deles pode usufruir. Por conseguinte, a estratégia delas (das oligarquias) exigiria, fundamentalmente, o controle do crescimento populacional dos países subdesenvolvidos, assim como impedir o seu desenvolvimento científico-tecnológico-econômico.
“Desenvolvimento sustentável”: mais para os ricos, menos para os pobres
São esses os propósitos escondidos pela pomposa denominação de “desenvolvimento sustentado” – que pressupõe que os limitados recursos naturais do planeta e a igualmente restrita capacidade de sustentação da biosfera, não permitem a expansão dos benefpicios da sociedade industrial moderna a todos os povos do planeta, o que não só é cientificamente incorreto, mas também moralmente inaceitável. [...] os promotores desse “desenvolvimento” propõem agora uma divisão das restrições ao desenvolvimento econômico, a qual, se levada às últimas conseqüências, significará um virtual congelamento do progresso da civilização em nível muito inferior ao possível, e exigido pela dignidade humana. Repetindo: este é o tema central da Rio-92.
Protocolo de Montreal
Este, que vinha sendo negociado desde 1987, determinou o precedente para os grandes tratados ambientais internacionais. Pelos seus termos, toda uma família de produtos supostamente deletérios para a camada de ozônio (CFCs, halons etc) tiveram seus usos suprimidos até 2010. O Protocolo foi implementado a despeito das objeções de grande parte da comunidade científica e das advertências de que o custo da substituição dos produtos banidos chegaria à casa de centenas de bilhões de dólares em todo o mundo.
A convenção Quadro de Mudanças Climáticas
Esta prometia efeitos ainda piores. Seu objetivo era o de restringir a utilização de combustíveis fósseis – sob o pretexto de combater o chamado “aquecimento global”. A meta prevista era obter até 2010 uma redução dos níveis de emissões dos “gazes de efeito estufa”, principalmente o gás carbônico, aos níveis vigentes em 1990. Em escala global isso implica em um virtual congelamento da utilização de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural), que respondem por 3/4 da produção mundial de energia, com um impacto conseqüente nos planos de desenvolvimento de cada país.
MDL – “mecanismos de desenvolvimento limpo”
Idealizado por Maurice Strong (à esquerda, que presidiu a Rio-92), tem como objetivo a “comercialização” de direitos de emissão de “gazes de efeito estufa”. Assim, os planejadores da agenda ambiental pretendiam estabelecer um sistema de “cotas de emissões” para cada país. Por meio dos MDLs, os países interessados poderiam negociar a compra ou a venda de “cotas” segundo seus interesses momentâneos – o que, na prática, significaria a mercantilização do direito ao desenvolvimento.Novamente Elaine Dewar adverte
Assim falou Elaine Dewar: «Ao final de 1991, eu havia me tornado altamente cética sobre os motivos dos participantes do circuito (ambientalista). Eu havia chegado à conclusão de que a poluição transfronteiriça estava sendo usada como um instrumento de mercado para vender aos que ainda tinham dúvidas, a necessidade de adoção de níveis de governança regionais e globais. O “pense globalmente, aja localmente”, era apenas outro slogan propagandístico. [...] Por volta do ano 2000, haveria poucas entidades nacionais independentes capazes de defender as comunidades locais dos leviatãs internacionais. As comunidades locais competiriam entre si pelos favores dos grandes interesses (vide a venda de “cotas” – MDLs – de Maurice Strong). Aqueles de nós que vivêssemos nas periferias brutais dessas novas potências mundiais se veriam agradecidos por comercializar com qualquer um, a qualquer preço.»
Uma obstaculização completa ao desenvolvimento
Como as outras duas principais fontes energéticas que se seguem em importância aos combustíveis fósseis – a hidroelétrica e a nuclear – se encontram, igualmente, na alça-de-mira dos ambientalistas, não é difícil perceber que a plena implementação da “Agenda Verde” implicará num obstáculo quase intransponível para as prespectivas de progresso dos países que ainda lutam para atingir um nível de desenvolvimento pleno.
A Convenção sobre Diversidade Biológica
Esta, parte do pressuposto de que as atividades humanas estão destruindo a biodiversidade que a Natureza levou bilhões de anos para desenvolver, e estabelece um marco legal para a proteção dos ecossistemas julgados ameaçados. A sua interpretação e aplicação irrestritas tem o potencial de obstaculizar um grande número de atividades econômicas. [...] Com todo esse aparato legal, que vem sendo constantemente ampliado com novas iniciativas, o fator ambiental da estratégia hegemônica da oligarquia adquire uma relevância crucial para a determinação do futuro imediato de nossa civilização.
Estrutura do movimento ambientalista internacional
Organizado hierarquicamente, a partir dos círculos mais elevados do establishment oligárquico, reunido no chamado Clube das Ilhas – pode ser dividido em três escalões:
① “Estado-maior” – diretamente ligado à cúpula do establishment, onde são elaboradas as diretrizes gerais do movimento: UICN – União Internacional para a Conservação da Natureza e o WWF – World Wilde Fund for Nature – que recebem apoio financeiro direto do Clube 1001 e de outras fontes oligárquicas.
② “Comando operacional e logístico” – onde as diretrizes são transformadas em ações, envolvendo tanto governos nacionais como ONGs:
ⓐ entidades da ONU, tais como o PNUMA, PNUD, UNESCO, Organização Meteorológica Mundial etc;
ⓑ o Clube de Roma, coordenando atividades de uma série de organizações internacionais encarregadas da difusão da ideologia malthusiana dos “limites do crescimento”;
ⓒ Instituto Tavistock, responsável pelos programas de “engenharia social”, para tornar o ambientalismo socialmente aceitável;
ⓓ organizações “de inteligência” – como o World Resources Institute e o Worldwatch Institute;
ⓔ o aparato de financiamento dos programas, das ONGs e da formação dos quadros especializados necessários, integrado por agências de ajuda internacional de governos como os dos USA, Grã-Bretanha, Canadá etc, e de findações familiares e uma rede de empresas “fita azul” do Establishment.
③ “Tropas de choque” – representadas pelas ONGs de “ação direta”. Estas, por sua vez, podem ser divididas entre um seleto grupo de “organizações respeitáveis” – dirigidas por “cidadãos acima de qualquer suspeita” (Nature Conservancy, Environmental Defense Fund, Conservation International, Nature Resources Defense Council etc); e as organizações radicais, como o Greenpeace, Amigos da Terra etc, que geralmente protagonizam ações de grande impacto. Entre esses níveis de radicalismo, chega-se a organizações proto-terroristas e abertamente terroristas.
O alarmista Thomas Lovejoy (WWF)
Juntamente com o biólogo Norman Myers, Thomas Lovejoy (do WWF) tornou-se o maior propagandista de um dos temas preferidos do alarmismo ambientalista, a extinção das espécies. A partir da publicação do livro de Myers, «The Sinking Ark» («A Arca Que Está Afundando»), em 1979, ambos começaram a difundir a tese – infundada – de que a ação humana estaria causando a extinção de até 100 espécies de organismos por dia, principalmente nas grandes floresras tropicais. Embora absurda e contestada por um grande número de cientistas, em pouco tempo, tal cifra passou a aparecer com destaque cada vez maior na prolífica literatura “eco-alarmista”.
Debt-for-nature swaps – idéia de Lovejoy
Em 1987, Thomas Lovejoy apresentou a proposta do mecanismo de troca de “dívida por natureza” (debt-for-nature swaps), pelo qual os países subdesenvolvidos poderiam abater parcelas de suas dívidas externas para utilizar tais recursos em programas de proteção ambiental – evidentemente, supervisionados e executados por ONGs internacionais. Recebida com entusiasmo entre as redes ambientalistas brasileiras, a proposta praticamente não chegou a ser implementada no país, mas volta-e-meia insiste em reaparecer.
Este é o WWF que ninguém conhece
Em entrevista divulgada em abril/1983, Lovejoy falou abertamente sobre os objetivos da estratégia ambientalista: «Quero esclarecer uma coisa agora mesmo: algumas pessoas têm circulado histórias maldosas de que o WWF está tentando parar todo o investimento no setor em desenvolvimento, que não queremos nenhuma indústria, e que tudo em que estamos interessados são plantas e animais. Isso é uma mentira» … – Perguntando se o WWF não coloca os animaizinhos e plantas exóticas contra o desenvolvimento industrial e de exploração de recursos naturais em certas áreas, Lovejoy respondeu: «Certamente. Mas isso não significa que somos contra o desenvolvimento. Somos contra o desenvolvimento descuidado. Quem você pensa que eu sou? Você sabe realmente quem eu sou? Sou o presidente do comitê executivo da diretoria da [seguradora] Metropolitan Life. Você sabe quem é realmente Russell Train (na época presidente do WWF-USA e ex-alto funcionário da NATO)? Quem diabos, você pensa que faz investimentos no setor em desenvolvimento? Quem ganha dinheiro? Dê uma olhada na diretoria do WWF e você encontrará os líderes da comunidade empresarial e financeira! Somos nós que investimos. Lucramos e queremos continuar assim – ao mesmo tempo em que estamos protegendo os animaizinhos… O maior problema são esses malditos setores nacionalistas desses países em desenvolvimento. Esses países pensam que podem ter o direito de desenvolver seus recursos como lhes convém. Eles querem se tornar potências, estados soberanos e elaboram suas estratégias… Nós achávamos que podíamos controlar melhor as coisas argumentando com esses líderes, esses tolos nacionalistas. Superestimamos a nossa capacidade de controlar as pessoas e vamos ter que ajustar isso. Será um ajuste doloroso, sem dúvida. Não, o problema real é esse nacionalismo estúpido e os projetos de desenvolvimento aos quais ele leva.» E continuando: «Antes de tudo, precisamos ter certo controle sobre os ministros de planejamento nesses países, especialmente os países maiores. [...] Talvez seja possível quebrar alguns setores nacionais, como o petróleo no México, porque é ineficiente e requer muito capital.» {grifos do Editor deste site}.
Novamente a pressão francesa sobre a soberania brasileira e a ação das ONGs
Em fevereiro-março/1989, em Haia, Holanda, ocorreram duas conferências internacionais sobre o meio ambiente, às quais compareceram os chefes de Estado de 23 países. Na ocasião, O presidente francês François Mitterrand e seu chanceler Michel Rocard, afirmaram, explicitamente, que países como o Brasil deveriam abrir mão de “parcelas de soberania” sobre ecossistemas como a floresta amazônica, para facilitar a sua preservação como um “patrimônio da humanidade”.
Nesse período, manifestações “populares” contra a suposta insensibilidade ambiental do Brasil ocorreram em vários países. [...] Simultaneamente a esses protestos contra a “devastação da Amazônia” houve a publicação de importante editorial da revista The Economist sobre a Amazônia – o que se constituiu, a par das ações de rua, apenas uma das pontas visíveis de uma bem articulada campanha que insistia em levantar a velha bandeira de que «a imensa riqueza da floresta amazônica deveria ser explorada em benefício da humanidade». Participando diretamente da ação estavam ONGs, como a Friends of the Earth, Survival International (a qual se propunha a sabotar todos os fluxos financeiros internacionais destinados a projetos na Amazônia – até que o governo brasileiro reconhecesse os «legítimos direitos dos indígenas»), Greenpeace, Oxfam, Forest Peoples Support Group e outras.
A rodovia BR-364 prejudicada
Ao mesmo tempo, o governo de George Bush (pai), sob instigação da promeira-ministra britânica Margaret Thatcher, e trazendo a tiracolo o presidente francês François Mitterrand, apressaram-se em surgir como “campeões do meio ambiente”, denotando a crescente relevância temática ambiental nas relaçoes internacionais e o maldisfarçado intento de obstaculizar as aspirações de desenvolvimento das nações do Sul. O próprio Bush pressionou diretamente o governo do Japão para impedir a concessão ao Brasil de um financiamento para a conclusão da pavimentação da rodovia BR-364, no trecho que liga o Acre ao Peru, permitindo o acesso rodoviário aos portos deste país. Thatcher, por sua vez, apoiou uma série de esforços para vincular o pagamento da dívida externa de países como o Brasil, à venda de recursos naturais destes.
Nobres preocupações estrangeiras com o Brasil!
Durante todo o ano de 1989, o Brasil recebeu visitas de várias delegações estrangeiras, principalmente dos EUA, inclusive com a presença do vice-primeiro ministro holandês Rudolf Koorte, que vieram professar in loco suas preocupações com o meio ambiente brasileiro, e aproveitando a oportunidade para promover a “menina dos olhos” da campanha ambientalista internacional – as conversões de “dívida por natureza”. A despeito de contar com vários aliados aqui mesmo no Brasil, essa proposta não foi adiante naquele momento.
“Africanização”,… também do Brasil?
O predomínio britânico se tornou evidente no sistema de parques naturais, que, à época da independência, já representavam mais de 20% do território das antigas colônias britânicas na África. Os diretores dos parques, chefes de polícia dos mesmos, e suas juntas diretoras, continuaram nas mãos dos súditos britânicos. [...] Um grande número desses parques, e em alguns casos todo o sistema, foi colocado sob o comando de ONGs, manejadas por juntas internacionais ou por procuradores, sem supervisão alguma por parte dos governos locais. Hoje em dia, os sistemas de parques do Quênia, Tanzânia, Congo, são administrados por entidades privadas. Chegou-se ao extremo de, por exemplo, na Tanzânia, cerca de 40 % do seu território estar contido no sistema de parques naturais, administrado pela ONG Parques Naturais da Tanzânia.
O tamanho total desses parques e complexos é surpreendente: 8,2 % da superfície total da África subsaariana. Muito mais surpreendente é que grande parte dos parques e reservas naturais está situada nas fronteiras nacionais. (obs: essas fronteiras dos Estados africanos foram desenhadas arbitrariamente pelas potências européias em suas conferências imperiais).
A situação dos parques naturais em tais regiões visa o genocídio e à desestabilização contínua da África. Por outro lado, os parques fizeram estragos na economia e ecologia africanas. A rede de parques diminuiu o fluxo de energia de todo o sistema ecológico, o que fez proliferar parasitas e enfermidades. Essa degradação do ambiente humano ajudou a criar as condições pelas quais as novas enfermidades (AIDS) se generalizaram entre a população esgotada.
Os parques têm vários objetivos geopolíticos:
① eliminar grandes extensões de terra para fins econômicos produtivos; a criação dos parques é a maior operação de expulsão conhecida desde que a horda de mongóis de Gengis-Khan assolou a Ásia Central no século 13. Como disse um especialista britânico: «Quando os britânicos desejam expulsar o povo de uma região, sua tendência é converter a mesma em um parque selvagem, o que lhe dá a sua razão de ser»;
② enquanto impedem o aproveitamento desses territórios, as reservas se situam com freqüência sobre jazidas de recursos estratégicos. Exemplo: os parques das zonas fronteiriças do Níger, estão sobre uma jazida de urânio;
③ o fato dos parques serem administrados por organismos supranacionais, como o WWF – World Wilde Fund for Nature, é um ataque à soberania nacional. A pretexto de combater caçadores furtivos, a administração inclui muitas vezes forças paramilitares. Outros parques são administrados por outros organismos internacionais, como o PNUD, a FAO – Organização para a Alimentação e Agricultura, da ONU, ou a UICN – União Internacional para a Conservação da Natureza;
④ os parques são refúgio e zonas de treinamento de tropas dos grupos guerrilheiros mais diversos. Vários estão localizados nas fronteiras dos países, e funcionam como “zonas militarizadas”. Exemplo: o WWF administrava o programa de gorilas no Parque Virunga, enquanto a FPR – Frente Patriótica de Ruanda usava o mesmo para entrar em Ruanda. Sem exagero, podemos afirmar que, sem as zonas de refúgio que a rede de parques que a família real britânica oferece, as prolongadas guerras civis e fronteiriças que afligem a África, desde os anos 1970, teriam sido impossíveis.
«A Máfia Verde – O Ambientalismo a Serviço do Governo Mundial»
Créditos: este post é um extrato realizado a partir do livro «A Máfia Verde – O Ambientalismo a Serviço do Governo Mundial», em seus vários capítulos, quando é tratado, de alguma forma, o tema do movimento ambientalista internacional. Assim, muitas partes da presente matéria poderão ser mais ou menos desconectadas, mas procurei “costurá-las” a fim de um melhor entendimento por parte do leitor. Eventualmente, introduzi subtítulos no texto para facilitar e incentivar a leitura, bem como para organizar o texto. Imagens: Google – Imagens.
Observação: o segundo volume da série “Máfia Verde” («Máfia Verde 2 – Ambientalismo, Novo Colonialismo») também fala muita coisa sobre o movimento ambientalista internacional, matérias que serão, oportunamente, inseridas neste site.
Os livros a ler são: «A Máfia Verde – O Ambientalismo a Serviço do Governo Mundial» dos editores (Capax Dei Editora); e «Uma Demão de Verde», da jornalista canadense Elaine Dewar (também editado pela Capax Dei Editora).
Para saber mais sobre o tema, visitar os sites da MSIa/Capax Dei: http://www.alerta.inf.br/ e http://www.msia.org.br/
Blog do Ambientalismo
4 comentários:
A verdade sobre o Iraque e outras guerras. Vejam pois a vímeo já retirou a versão inglesa. Contem muitas verdades!
Já coloquei o vídeo, temos que mostrar isso ao maior número de pessoas que pudermos.
Que todos os Blogs coloquem esse vídeo.
Muito obrigado Fada.
Abraços
olá Burgos: magnífico esse post!!
Combinado com o que o Max está organizando na informação incorrecta, completa um ciclo de informações imprescindíveis para muitas pessoas bem intencionadas, que trabalham em função da natureza, dos animais e das plantas mas não têm a mínima idéia da safadeza com que se utiliza falsos sentimentos pelos animais e pela natureza. Parabéns!!
Maria
O post realmente é muito bom, mas precisamos fazer com que chegue ao conhecimento do maior número de pessoas, principalmente os jovens que atualmente se engajam nessas ongs achando que é pro bem do mundo, e infelizmente estão sendo manipulados a acreditar que estão salvando o planeta.
Abraços
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