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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Governo paraguaio anuncia que produzirá transgênicos



O governo paraguaio anunciou nesta quarta-feira (3) que realizará a produção de sementes transgênicas no país, com a ajuda da multinacional estadunidense Monsanto, apesar do rechaço dos camponeses e indígenas a este tipo de plantio.


O ministro de Agricultura e Pecuária, Enzo Cardozo, afirmou que o Executivo assinará um acordo com a criticada transnacional norte-americana para conseguir a transferência tecnológica necessária a fim de materializar este novo empenho oficial.

As sementes produzidas pela Monsanto são seriamente contestadas, não somente no Paraguai, mas em outros países. Recentemente cientistas franceses divulgaram um estudo que aponta o perigo que os transgênicos representam para a saúde dos agricultores.

No país os camponeses reivindicam sua tradicional semente nacional e consideram que as produzidas pela Monsanto tendem a extingui-la e para tornar os pequenos agricultores dependentes dos poderosos latifundiários, os únicos com recursos para adquiri-las.
 De acordo com Cardozo, o Instituto Paraguaio de Tecnologia Agropecuária será encarregado pela produção das sementes geneticamente modificadas sob a assessoria da Monsanto. 


No entanto, necessitará, agregou o ministro, de um prazo de dois anos para testar a nova semente, tempo que o país continuará dependendo das compras massivas feitas pela multinacional.

Apesar de esboçar este plano, o governo não aludiu ao resto do pacote tecnológico que acompanha a operação das sementes, pois deverá pagar também para a Monsanto o custo dos herbicidas e agrotóxicos necessários, duramente criticados por seu efeito nocivo para a saúde.



No último dia 20 de agosto Federico Franco autorizou a liberação das sementes e já foram importadas quase 700 toneladas adquiridas pela multinacional norte-americana.



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Relembrando


A Monsanto em 2010 comprou a Blackwater ( a maior empresa mundial de mercenários), e ao fazê-lo preparou-se para dominar o nascimento e a morte da vida!!! 


Com a panóplia de informadores, aparelhos e técnicas de espionagem da Blackwater, a maior empresa mundial de mercenários, a Monsanto ficou em condições de controlar a ação dos ativistas que, um pouco por todo o mundo, resistem à sua dominação no negócio do agro-industrial, nomeadamente na produção e comercialização de transgênicos. 
A empresa Monsanto nasceu graças aos enormes lucros obtidos pelas indústrias que produziam armas químicas durante a duas Grandes Guerras Mundiais.
E é por demais conhecida a cruzada da Monsanto contra a natureza e a agricultura tradicional, e os seus esforços incessantes de criar um modelo de agricultura dependente da química e da petroquímica.
Para alcançar os seus objectivos a Monsanto não hesita em fazer uma guerra política e jurídica contra os agricultores, os ecologistas e até governos de países que lhe resistam. Não é de espantar o interesse estratégico da Monsanto na aquisição e compra da maior empresa militar privada, a Blackwater. Desta forma, a Monsanto ficou numa posição privilegiada para se servir das técnicas, redes e informações propiciadas pelo complexo militar-industrial, de que a Blackwater é um do pilares, para levar a cabo a sua guerra contra quem resiste ao império Monsanto.

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Jeremy Scahill
Uma reportagem de Jeremy Scahill publicado em The Nation (Blackwater`s Black Ops, 15/09/2010) revelou que o maior exército mercenário do mundo, Blackwater (agora denominado Xe Services) vendeu serviços clandestinos de espionagem à multinacional Monsanto. A Blackwater mudou de nome em 2009, depois de tornar-se famosa em todo o mundo pelas denúncias sobre seus abusos no Iraque, incluindo os massacres de civis. Continua sendo o maior contratante privado do Departamento de Estado dos Estados Unidos em “serviços de segurança”, ou seja, para praticar o terrorismo de estado dando ao governo a possibilidade de negar sua autoria.

Muitos militares e ex-oficiais da CIA trabalham para a Blackwater ou para alguma de suas empresas vinculadas, que criou para desviar a atenção de sua má fama e gerar mais lucros vendendo seus nefastos serviços – que vão desde informação e espionagem até infiltração, conspirações políticas e treinamento paramilitar a outros governos, bancos e empresas multinacionais. Segundo Scahill, os negócios com multinacionais - como a Monsanto e a Chevron, e gigantes financeiros como a Barclay`s e Deutsche Bank -, são canalizados através de duas empresas que são de propriedade de Erik Prince, dono da Blackwater:Total Intelligence Solutions e Terrorism Research Center. Estas compartilham oficiais e diretores com a Blackwater.

Um deles, Cofer Black, conhecido por sua brutalidade sendo um dos diretores da CIA, foi quem fez contato em 2008 com a Monsanto como diretor da Total Intelligence, negociando o contrato com a companhia para espionar e infiltrar organizações de ativistas pelos direitos dos animais e contra os transgênicos e outras atividades sujas do gigante biotecnológico.


Contatado por Scahill, o executivo Kevin Wilson, da Monsanto negou-se a falar, mas mais tarde confirmou a The Nation que tinham contratado Total Intelligence em 2008 e 2009, segundo a Monsanto somente para fazer o acompanhamento de “informações públicas” de seus opositores. Além disso, disse que a Total Intelligence era uma “entidade completamente separada da Blackwater”.

Contudo, Scahill conta com cópia dos e-mails de Cofer Black posteriores à reunião com Wilson, da Monsanto, onde explica a outros ex-agentes da CIA, usando seus endereços eletrônicos na Blackwater, que a discussão com Wilson foi no sentido de que a Total Intelligence se transformaria no "braço de inteligência” da Monsanto, espionando ativistas e outras ações, inclusive fazendo com que ”nossa gente se integre legalmente a esses grupos”. A Monsanto pagou para a Total Intelligence 127 mil dólares em 2008 e 105 mil dólares em 2009.

Não é de assombrar que uma empresa de “ciências da morte” como a Monsanto, que desde suas origens tem se dedicado a produzir materiais tóxicos e a espalhar venenos, desde o Agente Laranja até os PCB (Policlorobifenilos), agrotóxicos, hormônios e sementes transgênicas se associe a outra empresa de bandidos.

Quase ao mesmo tempo em que era publicado esse artigo em The Nation, a Via Campesina denunciou a compra de 500 mil ações da Monsanto, por mais de 23 milhões de dólares, pela Fundação Bill e Melinda Gates, que com isso terminou de tirar sua máscara de “filantrópica”. É outra associação que não surpreende.

Trata-se de um casamento entre os dois monopólios mais brutais da história do industrialismo: Bill Gates controla mais de 90% do mercado de programas patenteados de computação, e a Monsanto perto de 90% do mercado mundial de sementes transgênicas e a maioria do mercado global de sementes comerciais. Não existem em nenhuma outra área industrial monopólios tão vastos, cuja própria existência é uma negação do cacarejado princípio “competição do mercado” do capitalismo. Tanto Gates como a Monsanto são muito agressivos na defesa de seus mal afamados monopólios.



Ainda que Bill Gates tente dizer que a Fundação não está ligada à suas atividades comerciais, tudo o que essa faz demonstra o contrário: grande parte de suas doações termina favorecendo os investimentos comerciais do magnata, além do que ele, na realidade, não doa nada: mas sim, em vez de pagar impostos às arcas públicas, investe seus lucros onde estes o favoreçam economicamente, inclusive em propaganda de suas supostas boas intenções. Ao contrário, seus projetos financiam projetos tão destrutivos como a geoengenharia ou a substituição das medicinas naturais e comunitárias por medicamentos patenteados de alta tecnologia nas áreas mais pobres do planeta. Que coincidência, o ex-secretário de saúde do México, Julio Frenk e Ernesto Zedillo (ex-presidente mexicano) são conselheiros da Fundação.


Da mesma forma que a Monsanto, Gates se dedica também a tratar de destruir a agricultura campesina em todo o planeta, principalmente através da chamada “Aliança para uma Revolução Verde na África (AGRA). Esta funciona como cavalo de Tróia para despojar os agricultores africanos pobres de suas sementes tradicionais, substituindo-as primeiro pelas sementes das empresas e finalmente pelas transgênicas. Para isso a Fundação contratou, em 2006, justamente Robert Horsch, um diretor da Monsanto. Agora, Gates, farejando novos lucros, foi diretamente à fonte.



Blackwater, Monsanto e Gates são três caras da mesma figura: a máquina de guerra contra o planeta e a maioria das pessoas que o habitam, sejam campesinos, indígenas, comunidades locais, gente que quer compartilhar informação e conhecimentos ou qualquer outra coisa, que não queira estar na lógica do lucro e destruição do capitalismo.



Fonte:

Prensa Latina, Vermelho

Blackwater's Private Spies
http://www.thenation.com/article/blackwaters-private-spies
http://foodfreedom.wordpress.com/2010/09/16/monsanto-blackwater-and-gm-crop-saboteurs/
http://attempter.wordpress.com/2010/09/22/the-vilent-corporate-state-monsanto-and-blackwater-perfect-together/
http://pecangroup.org/2010/09/monsanto-hires-blackwater-mercenaries/

http://pimentanegra.blogspot.com.br/2010/10/monsanto-comprou-blackwater-maior.html
http://pedlowski.blogspot.com.br/2012/01/maquinas-de-guerra-blackwater-monsanto.html
Imagens: Google (colocadas por este blog)

3 comentários:

walner disse...

Meu amiguirmão Burgos,

Digamos que estes agentes do cramunhão sejam bondosos como apregoam. Que sinceramente pensam em dar uma resfriada no planeta (Billzinho), que pensam em aumentar substancialmente a produção de alimentos (Billzinho/Monsanto), que queiram combater o terrorismo (Billzinho/Monsanto/Xe)... Te pergunto: é assim que a sociedade deve agir? Delegar poderes incomensuráveis às corporações? Principalmente no que se refere a nossa alimentação. É isso que me espanta. Meia dúzia gritando contra esta fedentina toda e o resto assistindo como se não os atingisse, ou como se não houvesse nada o que fazer a respeito, ou mentalmente lavados a favor de tantas benesses, ou ainda, sequer têm noção do tamanho da arapuca armada. Mas como eu ia dizendo, digamos, com muito boa vontade, que estas aberrações estejam prenhes de intenções magnânimas. Digo dessa forma para dar um voto de confiança àqueles que creem (todos sabemos de pessoas que têm verdadeira admiração por Billzinho. "Um gênio"!... do mal). O que pode garantir a estas pessoas, que um futuro executivo destas sucursais do inferno, não venha a se aproveitar da situação? Muito já foi dito sobre o que significa o controle sobre a produção de papel moeda e dos alimentos, mas a humanidade tá nem aí.

Um grande abraço meu amigo e lembranças aos teus queridos donos.

walner disse...

Burgos,

Não dá pra deixar passar em branco. Primeiro a data era 4 de setembro, depois parece que passou para 28 do mesmo mês. O que foi feito da apresentação bombástica da Keshe Foundation? Quando vi o filme de apresentação da fundação e no meio aparece aquele dedão do pé gangrenado, te digo, fiquei ressabiado. Queria muito acreditar.

BURGOS disse...

Walner

Sobre a Keshe Foundation, se essa tecnologia for real será uma verdadeira revolução científica mundial, e provavelmente já deve estar sendo boicotada ou chantageada, sabemos bem qual foi o destino de Nikola Tesla em razão da Energía Livre, imagine hoje em pleno século XXI o que faríam para impedir qualquer tecnologia que transforme o mundo?
Também tenho minhas dúvidas, mas infelizmente temos que esperar para ver.

Um grande abraço meu amigo

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