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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Presidente francês François Hollande reconhece massacre de argelinos



O presidente francês, François Hollande, reconheceu na quarta-feira (17) a responsabilidade do país no massacre de um grupo de argelinos que reivindicavam a independência do país, na época sob o domínio da França, no dia 17 de outubro de 1961 em Paris.

Esta foi a primeira vez que um chefe de Estado francês admitiu a culpa da França no incidente, gerando polêmica por parte de seus opositores, mas também reações positivas de historiadores e do governo da Argélia.


“No dia 17 de outubro de 1961, argelinos que manifestavam o direito pela independência foram assassinados durante uma repressão sangrenta. A República reconhece com lucidez esses fatos. Cinquenta e um anos depois desta tragédia, eu homenageio a memória das vítimas”, declarou Hollande nesta quarta-feira.



As reações negativas vieram naturalmente dos partidos de direita do país. “Vivemos em um país em depressão nervosa quase permanente, não precisamos disso”, disse nesta quinta-feira (19) o ex-primeiro-ministro francês e candidato à presidência do partido de direita, François Fillon.

Para o presidente honorário do partido neofascista Front National (FN), Jean-Marie Le Pen, não é papel de Hollande reconhecer a culpabilidade da França. “Essas pessoas que colocam as responsabilidades da França em questão não tem propriedade para isso. Chirac [ex-presidente francês] ou Hollande não têm autoridade para reconhecer a culpabilidade ou a inocência da França”, vociferou.

Vitória anticolonialista

Do lado contrário, a declaração do presidente francês em favor dos argelinos foi saudada por historiadores e representantes de partidos de esquerda.

Para o Partido Comunista Francês (PCF), a intenção de Hollande é uma vitória anticolonialista. “É um golpe contra todos os que procuram hoje reabilitar as ditas vantagens da colonização”, disse o secretário nacional do PCF, Pierre Laurent, em um comunicado. Segundo ele, é necessário abrir os arquivos da época “para que a verdade sobre a responsabilidade do poder político da época possa ser esclarecida”.

Inúmeros historiadores franceses também se manifestaram a favor do reconhecimento do crime. Segundo o historiador francês especialista na Argélia, Benjamin Stora, muitos argelinos esperavam por este gesto. “Graças ao trabalho de historiadores, sabemos o que realmente aconteceu nesta noite do 17 de outubro de 1961”, disse lembrando que um dos primeiros gestos de François Hollande durante o início de sua campanha presidencial foi prestar homenagem aos participantes desta manifestação independentista no local do massacre.



“Durante 51 anos, as vítimas argelinas foram renegadas. Esta declaração foi indispensável porque, durante todos esses anos, a República viveu uma mentira do Estado”, afirmou o historiador francês Jean-Luc Einaudi.

O primeiro-ministro argelino, Abdelmalek Sellal, saudou ontem “as boas intenções” do presidente francês em virar a página do trágico acontecimento de 1961.





Fonte: Diário Liberdade
Imagem: Diário Liberdade, Google (colocadas por este blog)

Um comentário:

eatmyump disse...

é França..
se cuida viu?
daqui a pouco os imigrantes vão se tornar maioria e a França vai ser uma áfrica européia!
já teve um caso de uma lésbica esquerdista que foi atacada por muçulmanos! hahahaah que ironia não?ela apoiava tanto essas pessoas e atacaram ela! hahaha piada!

http://www.alertadigital.com/2012/09/16/izquierdistas-franceses-son-atacados-por-fanaticos-musulmanes-en-un-festival-comunista/

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