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terça-feira, 4 de outubro de 2011

A ameaça silenciosa à América do Sul


CONTRA FATOS, NÃO HÁ ARGUMENTOS!!!


Em 03 de outubro de 2011

Especialistas alertam para ameaças potenciais ao Brasil


Embora não se identifique nenhuma ameaça concreta de curto prazo à integridade do país, o Brasil precisa levar em conta ameaças potenciais ao traçar a sua estratégia de segurança nacional. A recomendação foi feita nesta segunda-feira (3) por especialistas na área de defesa que participaram de mais uma audiência pública promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), dentro do ciclo intitulado Rumos da Política Externa Brasileira (2011-2012).



O general Luiz Eduardo Rocha Paiva, membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, defendeu maior integração entre a diplomacia e a defesa nacional. Ele lamentou que as lideranças militares brasileiras tenham sido, como observou, “alijadas do núcleo decisório de Estado”. E alertou que as “áreas de fricção” internacionais começam a aproximar-se da costa ocidental da África e do Atlântico Sul.

É necessária uma estratégia, na opinião do general, para proteger os aquíferos do país, seus minerais estratégicos, sua biodiversidade, petróleo e gás. Para ele, o estado de Roraima já pode ser considerado um alvo de ameaça, assim como a região da foz do Amazonas. Ele lembrou ainda a fronteira do Brasil com a Guiana Francesa e com dois países – Suriname e Guiana – muito ligados a potências europeias que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

- As Guianas são uma cabeça de ponte da Otan. Precisamos encarar os conflitos enquanto eles são ainda apenas possíveis e fazer o possível para que não se tornem prováveis, pois aí já seria tarde demais. Defesa não se improvisa – afirmou Paiva durante o painel sobre “O papel das Forças Armadas”, ao qual compareceram diplomatas de países como Cuba, Venezuela, Irã e Índia.

O poder de influência da Otan também foi ressaltado por João Quartim de Moraes, professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele recordou que a organização não foi dissolvida após o fim da Guerra Fria. Ao contrário, alertou, ela se fortaleceu a mostrou “maior agressividade do que tinha mostrado até então”. Em vez do período de paz que se esperava no início da década de 90, disse o professor, teve início uma “sequência quase ininterrupta de agressões abertas e descaradas”, como parte do que chamou de “recolonização planetária” pela Otan.

- É perceptível uma ameaça ao Brasil do bloco da Otan? Não. Mas devemos desencorajar expectativas de alguém que queira apoderar-se daquilo que nós temos e os demais não têm. Ou então renunciamos à política externa independente – disse Quartim.

O consultor Joanisval Brito Gonçalves, do Senado Federal, lamentou o desinteresse dos formadores de opinião, no Brasil, a respeito do tema da defesa nacional. A seu ver, falta à sociedade brasileira uma “percepção clara” das ameaças às quais o Brasil estaria submetido.

O presidente da comissão, senador Fernando Collor (PTB-AL), recordou que, na época de seu governo, no início da década de 90, imaginava-se que o século 21 seria marcado apenas por guerras comerciais, o que “infelizmente não tem sido possível”, como observou. Ele ressaltou, por outro lado, que não foram os países emergentes, neste início de século, os responsáveis pelos “dissabores” provocados pelas crises econômicas mundiais de 2008 e de 2010.

- Não fomos nós que criamos a crise. Foram os países mais ricos, que sempre souberam de tudo – disse Collor.

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Em outubro de 2010:

Brasil Rejeita ação da OTAN no Atlântico Sul. Mercosul repudia ação da Inglaterra nas Malvinas

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, apresentou formalmente aos Estados Unidos a rejeição do Brasil a qualquer interferência da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Atlântico Sul. Em conversas com autoridades americanas nos últimos dias, Jobim afirmou que o governo brasileiro vê com reservas as iniciativas de Washington de associação das duas áreas geoestratégicas do oceano.
A tese da “atlantização” da Otan tem sido reforçada especialmente pelos EUA, que conseguiram estender a ação dessa organização a regiões distantes do Atlântico Norte, como o Afeganistão.

“O Atlântico Sul responde a questões de segurança muito diferentes das do Atlântico Norte”, afirmou Jobim ao Estado. “A Otan não pode substituir a ONU”, acrescentou ele, referindo-se ao temor de os EUA se valerem dessa organização para promover ações multilaterais sem o respaldo do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Jobim já havia anunciado a preocupação brasileira em uma conferência no Instituto de Defesa Nacional, em Lisboa, em setembro. Na ocasião, argumentou que uma interpretação literal do conceito de “atlantização” da Otan permitia a intervenção dessa entidade em qualquer parte do mundo e sob vários pretextos, especialmente o risco energético. Diplomatas brasileiros informaram que o governo tenta convencer sócios da Otan também parceiros comerciais do Brasil na área militar, como a França e a Itália, a desaprovar esse conceito.

Ontem, Jobim expôs a posição brasileira ao conselheiro de Defesa Nacional da Casa Branca, general James Jones. Na noite anterior, havia explicado a questão ao subsecretário de Estado para o Hemisférico Ocidental, Arturo Valenzuela. O tema foi explorado ainda pelo ministro em uma mesa-redonda na Universidade Johns Hopkins, ontem, da qual parlamentares americanos participaram.

Jobim explicou ao Estado que o Brasil não entrará em entendimento com os EUA sobre essa questão porque o país não ratificou a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982. A rigor, isso significa que a Casa Branca não é obrigada, por lei, a respeitar a plataforma continental de 350 milhas náuticas de distância e os 4.000 quilômetros quadrados de fundos marinhos do Brasil, que estão definidos pela convenção.

Essa situação traz preocupações especiais ao governo brasileiro em relação à exploração de petróleo na camada do pré-sal.

Chanceleres do Mercosul rejeitam manobras militares nas Malvinas

Os chanceleres do Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, expressaram nesta segunda-feira em comunicado conjunto seu “mais direto protesto” pela decisão do governo britânico de realizar manobras militares nas ilhas Malvinas.

Os ministros, que se encontram em Montevidéu para participar das reuniões do parlamento do Mercosul (Parlasul), ratificaram a “preocupação” do bloco por essa decisão do Reino Unido e apoiaram as recentes declarações da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Grupo do Rio neste sentido.

Também expressaram rejeição às declarações formuladas por fontes britânicas à imprensa nas quais indicavam que as manobras seriam “exercícios rotineiros” realizados há 20 anos nas ilhas.

Segundo os chanceleres do Mercosul, a conduta britânica gera “preocupação” e constituiria uma violação das normas de segurança da navegação da Organização Marítima Internacional (OMI).

Argentina apresentou, na última semana, um protesto formal perante a OMI e remeteu à ONU uma cópia do protesto que fez chegar ao Reino Unido por estas manobras nas ilhas, que os britânicos invadiram em 1833 e ocupam desde então.

Argentina e Reino Unido protagonizaram, em 1982, um enfrentamento bélico pelas Malvinas que deixou cerca de mil mortos e, desde então, o país sul-americano não deixou de reivindicar perante a ONU e outros organismos internacionais a soberania das ilhas, situadas a 400 milhas marítimas de seu litoral.

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Em junho de 2011
:

OTAN instala fortaleza militar nas Malvinas

Movimento contra bases militares discute estratégias de luta

“Na Argentina lutamos pela descolonização das Malvinas e
denunciamos a instalação de uma fortaleza militar da Otan”

Realizou-se em 17 de junho de 2011 em São Paulo uma reunião continental da campanha
“América Latina e Caribe, uma Região de Paz: Fora Bases Militares Estrangeiras”, onde
representantes de organizações sociais da América Latina, mundo árabe e países asiáticos
puderam compartilhar ações realizadas em seus países e debater estratégias para fortalecer a
iniciativa.

No encontro o secretário geral do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), Rubens Diniz, afirmou que nos últimos dez meses a campanha conseguiu alcançar os objetivos propostos e citou ações como a Jornada de Solidariedade a Honduras que, dentre outros atos, pretende lançar no país uma convocação para a “Assembleia Nacional Constituinte originária, participativa, inclusiva, democrática e pela refundação de Honduras”.

O membro do comitê propulsor da Coalizão Colômbia Não às Bases, Enrique Daza, chamou a
atenção para a política dos Estados Unidos. “Depois do fracasso de (Barack) Obama no Brasil
e no Chile, eles relançarão sua política na América Latina de alguma maneira”, disse. Ele
também lembrou que os norte-americanos mantêm exercícios militares no Panamá, na região
do Canal, e sugeriu que a campanha trabalhe com este tema.

Rina Bertaccini, coordenadora do Movimento pela Paz, Soberania e Solidariedade entre os
Povos (Mopassol) da Argentina, falou sobre o caso das Ilhas Malvinas. “Na Argentina lutamos
pela descolonização das Malvinas e denunciamos a instalação de uma fortaleza militar da
Otan”, afirmou. Para ela é importante definir em cada país o conceito de base militar e a partir
daí estudar estratégias de ações contra o imperialismo norte-americano.

No caso de Cuba, o presidente do Movimento Cubano pela Paz, José Ramon Rodriguez,
explicou que a base militar em Guantânamo é uma ameaça ao povo. Já o peruano Guillermo
Borneu fez um alerta: “O Peru não é uma apenas uma base, é uma plataforma militar dos
Estados Unidos”, disse. Para ele a eleição de Ollanta Humala foi uma conquista, mas não será
fácil que a presença imperialista deixe a região. “O país é uma engrenagem importante na
estratégia da guerra que foi imposta pelos EUA”, declarou.

A coordenadora geral do Comitê de Familiares de Detentos Desaparecidos em Honduras
(COFADH) e da Comissão da Verdade, Bertha Oliva, falou sobre a vulnerabilidade do país,
principalmente depois do golpe de Estado, em 2009. “A primeira medida do governo foi
assinar com os Estados Unidos a instalação de bases militares”, afirmou. Segundo ela, os
direitos humanos no pais estão sendo constantemente violados.

Hegemonia norte-americana

J.K. Suleiman Rachid, da Palestina, lembrou que os norte-americanos, nos últimos 40 anos,
têm feito muitas guerras para poder manter sua hegemonia e ressaltou. “Temos que pensar
em diferentes formas de lutar contra as bases”, disse. Para o representante do Vietnã, Nguyen
Huynh, membro do Conselho Vietnamita pela Paz, uma ação importante é explicar para o
povo o que está acontecendo e compartilhar as informações dos diferentes países.

Socorro Gomes, presidente do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz, finalizou as
intervenções. “Neste momento acredito que o desafio maior é a luta contra a militarização
imperialista que agride os povos e as nações, devemos aprofundar e ampliar a campanha
contra as bases militares”, disse. Socorro agregou que esta luta está relacionada com outras duas de caráter global: pelo desmantelamento da Otan e a abolição das armas nucleares.

No final da reunião foram apresentadas estratégias de comunicação como a criação de um site
e a realização de um documentário. Chegou-se à conclusão de que a campanha vai ter um
formato de acordo com a realidade de cada país.

Além disso, foram propostas outras ações: priorizar o funcionamento de uma instância
interna de coordenação; realizar consultas a cada 15 dias, mantendo uma dinâmica ativa de
contato e compartilhamento das tarefas; estimular a realização de encontros nacionais e
regionais temáticos, como forma de ir consolidando a campanha nos níveis nacional e
continental; aproveitar a realização de eventos para coordenar ações da campanha em
conjunto; estabelecer alguns temas e países como prioridade; editar algumas publicações
especificas sobre o tema.



Fontes: Agência Senado, DefesaBr, Plano Brasil, blog Sempre guerra, redação do Cebrapaz, Gilson Sampaio

3 comentários:

SENAM disse...

Li a algum tempo atras e faz o maior sentido

REPRESENTANTE BRASILEIRA NA ONU CRIA 216 "PAÍSES" NA AMAZÓNIA a soberania do Brasil posta em causa por "agentes" da MATRIX Se os senadores aprovarem a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas da ONU , será transformada em Norma Constitucional e terá que ser cumprida. O que é que os diplomatas brasileiros aprovaram na ONU? A criação de 216novos países na Amazónia, que serão posteriormente desmembrados do território nacional. Todos esses 216 novos países serão independentes e totalmente desligados do Brasil. A quase totalidade dos senadores desconhecia os riscos da Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas da ONU. Artur Virgílio foi à tribuna do Senado e mostrou o que pode e certamente acontecerá na Amazónia. Imprudência ou inconseqüência, a Declaração assinada pela representação brasileira na ONU não pode ser aprovada no Senado. Alguns serão minúsculos (como o Principado de Andorra), outros, maiores do que a Itália e a França, e até já têm nome: ’País Ianomani’. Todos os interessados no desmembramento do Brasil escondem-se atrás dos ‘pobres indígenas, explorados e abandonados’. Explorada e abandonada é a Amazónia em toda a sua existência. Índios de ‘terno e gravata’, aculturados, que não representam coisa alguma, ganharam terras continentais, que já venderam de ‘papel passado’. Em causa está a soberania do Brasil e a defesa do interesse nacional. emais não se soube

Anônimo disse...

Burgos... tem calma... não penses que eles vão logo para a acção militar... para já começam pela acção Corporativa e pelo pagamento de luvas a tudo o que for malta com poder de decisão para sacarem sem grande confusão o máximo que puderem... Se conseguirem sacar assim nem se chateiam, se a coisa desta forma não correr bem... então aí é que vocês têm que abrir a pestana pois a coisa rapidamente se degrada e pum pum pum...

Tens que informar a malta sobre as movimentações das Corporações estrangeiras ligadas ao Ouro Negro e ao gás que existem por aí...

Cara Pálida disse...

Acho que o mais importante do que o conteúdo da notícia, coisa que já sabemos, ainda mais importante é que fazemos no dia-a-dia que fingirmos que não é conosco que isto está acontecendo, mas como dizia sobre o conteúdo, vejo como grande mérito do teu trabalho é o fato de fazer uma cronologia de como os fatos se sucedem, isto faz com que possamos juntar as peças deste plano geo-político de dominação, como se diz por aqui os "gringos" procedem como que come mingau quente "vâo comendo pelas beiradas".

Abraços

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