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domingo, 30 de outubro de 2011

A paz mundial está ameaçada pelos imperialistas



Socorro Gomes: A paz mundial está ameaçada pelos imperialistas

Durante a semana passada, realizou-se em Bruxelas a reunião do Secretariado do Conselho Mundial da Paz (CMP). Fundado há seis décadas, o CMP desenvolve ampla atividade em favor da paz e em solidariedade aos povos agredidos pelas guerras imperialistas. Leia a íntegra do pronunciamento da presidente do CMP.

Queridos camaradas, companheiros e companheiras, bem-vindos à reunião do Secretariado do Conselho Mundial da Paz.

É sempre motivo de alegria, confiança e otimismo participar da reunião deste importante órgão da estrutura organizativa do Conselho Mundial da Paz, que congrega dirigentes e organizações com um rico patrimônio de realizações em defesa da paz e na solidariedade aos povos em luta contra as agressões imperialistas.

No momento em que se aproxima a realização da nossa próxima Assembleia, sobre a qual tomaremos importantes decisões nesta reunião de Bruxelas, recordamo-nos da última que realizamos, em abril de 2008, na capital da República Bolivariana da Venezuela. Naquela ocasião, mais de 500 defensores da paz e da luta antiimperialista, representados em 126 organizações de 76 países participaram da maior assembléia da década, numa demonstração não só da magnitude daquele acontecimento, como também do crescimento e fortalecimento do Conselho Mundial da Paz.

As decisões adotadas naquele magno evento e expressas na Declaração Final constituíram orientações claras quanto aos desafios do Conselho Mundial da Paz para o período que estamos percorrendo desde então.

Destacávamos que diante da escalada cada vez mais brutal e agressiva do imperialismo contra os povos e nações, o Conselho Mundial da Paz deve desempenhar um papel de protagonismo, liderando a formação de um amplo e significativo movimento contra as guerras de agressão, as ocupações de países soberanos, as bases militares estrangeiras, os pactos militares que atuam como braços armados das potências imperialistas e o armamentismo nuclear.

A partir das suas primeiras linhas, a Declaração Final da Assembleia de Caracas realçava: “Os acontecimentos (...) têm criado uma situação crucial para a humanidade, uma situação marcada pela intervenção crescente da agressividade da estratégia mundial dos Estados Unidos, que se empenha em impor e consolidar a nova ordem mundial de guerra e opressão. A humanidade como um todo enfrenta a agressividade acelerada das políticas imperialistas. Seu esforço concertado para afiançar sua dominação é acompanhado por uma exacerbação e incremento nas rivalidades pelos mercados, a energia e os recursos estratégicos, assim como pelo domínio geopolítico”, dizia a Declaração.

Esta profunda compreensão do quadro mundial e da essência das políticas belicistas das potências imperialistas foi a base para a tomada de decisões importantes, da formulação de orientações e da elaboração de plataformas e planos de ação para as organizações constitutivas do Conselho Mundial da Paz e seus órgãos dirigentes executivos.

Nosso coletivo tem dado imensa contribuição à luta pela paz, que se expressa por meio do protagonismo em determinadas lutas e na participação em memoráveis acontecimentos que marcaram os últimos anos.

Empenhamos grande parte dos nossos esforços na luta contra o pacto agressivo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e as bases militares estrangeiras em territórios de países soberanos. Na ocasião do 10º aniversário da guerra da Otan contra a ex-Iugoslávia, em março e abril de 2009, tiveram lugar memoráveis eventos, um na Argentina, outro em Belgrado e manifestações em Estrasburgo.

Em Lisboa, Portugal, em novembro do ano passado, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas num maciço e enérgico protesto contra a realização da cúpula da Otan e a adoção do seu novo conceito estratégico. Nessa mesma ocasião, teve lugar um seminário internacional que trouxe significativos aportes para a formação de uma opinião coletiva a respeito do militarismo, as causas e conseqüências das políticas agressivas do imperialismo estadunidense e da União Europeia.

O antibelicismo do Conselho Mundial da Paz se revelou com toda a evidência por meio da presença de nossa organização na Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares em Nova York, nas solenidades por ocasião do aniversário da explosão das bombas atômicas no Japão e na Conferência internacional da Associação de Vítimas do Agente Laranja, no Vietnã.

O Conselho Mundial da Paz tem sido consequente na aplicação das decisões de sua Assembleia Geral de empreender a luta contra as bases militares estrangeiras em países soberanos.

Cresce a campanha continental “América Latina - Região de Paz - Fora Bases Militares Estrangeiras, ao longo da qual têm sido realizados vários seminários e encontros em países da região, como Argentina, Brasil, Colômbia, Cuba, Honduras e Paraguai. Nesse quadro, destaca-se a Conferência Internacional pela Abolição das Bases Militares Estrangeiras, em 2010 e 2011, em Guantánamo, Cuba.

Tem sido relevante também a presença do Conselho Mundial da Paz em eventos como a Conferência Internacional da Paz na Ásia e Pacifico, realizada em Bangladesh, em junho deste ano, no Fórum Social Mundial, e no Congresso da Federação Mundial das Juventudes Democráticas, realizado na África do Sul, em dezembro de 2010, em cujo âmbito realizou-se o Tribunal Anti-imperialista que condenou com veemência o imperialismo e suas políticas de guerra.

Companheiros e companheiras,

Apesar das promessas de paz e dos discursos vazios em defesa do direito internacional e da democratização das relações entre os diferentes países no âmbito dos organismos multilaterais, a situação mundial deteriora-se intensamente, a paz encontra-se ameaçada, a insegurança se generaliza.

Precisamente nestes dias, novos focos de tensão e crise internacional aparecem, por provocação dos Estados Unidos e seus aliados, com potencial explosivo e conseqüências imprevisíveis. Fatos nebulosos relacionados a um suposto complô para assassinar o embaixador da Arábia Saudita em Washington estão sendo tomados como pretexto para fabricar mais uma crise com o Irã, acusado pelos Estados Unidos de estar por trás da trama. A chefe do Departamento de Estado dos Estados Unidos já propôs sanções contra o país persa, que reagiu em termos enérgicos.

Enquanto ameaça o Irã, o imperialismo estadunidense está à espreita na Síria. Depois de fracassar em seu intento de aprovar no Conselho de Segurança da ONU uma resolução contendo sanções contra esse país, o presidente norte-americano, Barack Obama, declarou que é inaceitável a permanência do presidente Assad à frente do governo sírio, numa demonstração de que pode ir adiante, fomentar um golpe, atiçar a guerra civil e realizar uma intervenção militar.

O WikiLeaks há poucos meses revelou um despacho secreto, da Embaixada dos Estados Unidos em Damasco, sobre “os próximos passos para a estratégia dos direitos humanos”, informando que, de 2005 até setembro de 2010, os Estados Unidos, com os recursos da Iniciativa de Parceria com o Oriente Médio, tinham destinado secretamente aos grupos da oposição, na Síria, um montante de 12 milhões de dólares, bem como financiado a instalação de um canal de TV via satélite, transmitindo para dentro do país programas contra o governo de Bashar al-Assad.

Companheiros e companheiras,

Esta reunião se realiza quando o capitalismo está mergulhado numa das mais profundas crises da sua história. Crise estrutural, sistêmica e multidimensional: econômica, financeira, alimentar, energética e ambiental. Em momentos como este, tornam-se cada vez mais evidentes os impasses do mundo contemporâneo, sendo inevitável que se manifestem também nos terrenos social e político.

A situação econômica e social na Europa, onde estão alguns dos países mais ricos e espoliadores do mundo, é um dos exemplos mais eloquentes da crise e da decadência do sistema que sobrevive à custa da exploração do homem pelo homem e da opressão das nações. É uma situação reveladora da crise estrutural em que estão engolfadas as potências que ocupam posições dominantes no mundo. Os fenômenos presentes na situação econômica, social e política nesses países constituem uma ata de acusação ao capitalismo e o mais gritante exemplo de sua incapacidade para promover progresso e bem-estar para os povos.

Os governos se alternam entre si, mas o que vemos é o predomínio de concepções conservadoras e ultraliberais, expressas em medidas antissociais e retrógradas que afetam a vida das grandes maiorias, notadamente dos trabalhadores. Conquistas sociais obtidas ao longo do século 20 por meio da luta dos povos são destruídas e dilapidam-se as riquezas nacionais para salvar bancos e assegurar os superlucros dos monopólios econômicos e financeiros. Trata-se de uma regressão de direitos e uma ofensiva antissocial sem precedentes, responsável pelo aumento da pobreza e das chagas sociais.

A crise do capitalismo e a decadência das grandes potências intensificam um processo de importantes mudanças geopolíticas.

Aprofundam-se as contradições interimperialistas e passam à ordem do dia as políticas militaristas e belicistas, em cuja execução tripudia-se sobre o direito internacional e as instituições multilaterais, sobretudo a Organização das Nações Unidas (ONU), cada vez mais instrumentalizada em função dos interesses imperialistas, mormente dos Estados Unidos e a União Europeia.

Esta política de força tem nos dias atuais a sua manifestação mais nítida na guerra criminosa que a Otan realiza na Líbia, com o beneplácito das demais potências que constituem o Conselho de Segurança da ONU.

A guerra é feita sob o pretexto de estabelecer a democracia e fazer valer os direitos humanos. As verdadeiras razões, porém, são os interesses econômicos das potências imperialistas, que praticam a rapinagem e o saque das riquezas dos povos em nome dos interesses estratégicos das potências imperialistas de dominar o mundo.

Os ataques militares contra a República da Líbia pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) reavivaram com força os conflitos em países do Oriente Médio e os estenderam até a região do Norte da África.

A ONU avalizou os ataques ao decretar “zona de exclusão aérea” no território líbio. A resolução do organismo internacional, sob o pretexto de proteger a população civil dos bombardeios das forças governamentais e de realizar uma “intervenção humanitária”, acabou redundando em brutal agressão, numa clara violação ao direito internacional, lesiva à autodeterminação e à soberania nacional da Líbia. Não obstante, a resolução da ONU não autorizou o ataque, o que coloca mais uma vez na ilegalidade as nações imperialistas e atesta a falsidade do seu multilateralismo.

Tal como em outras ocasiões, as forças da Otan praticaram atos de terrorismo, ao bombardearem populações civis, bairros residenciais, prédios públicos e mesmo habitações de líderes governamentais. Os ataques visam também matar o líder líbio Muammar Khadafi.

As ações da Otan se somaram às da oposição armada ao governo de Kadafi, alçada em rebelião militar desde fevereiro. Foram reavivados conflitos tribais latentes, que estavam contidos pela ideia da unidade nacional.

A mídia a serviço do imperialismo apresentou os acontecimentos no país do Norte da África como uma continuidade da chamada Primavera Árabe. Mas a rebelião na Líbia nada teve de semelhante com as lutas democráticas das massas populares que derrotaram as ditaduras tunisina e egípcia. Na Líbia, desde o começo, afigurou-se uma ação militar e golpista com apoio de agentes do imperialismo. Os acontecimentos em Bengasi constituíram na verdade um golpe preparado e comandado por tropas de elite do Reino Unido e agentes dos serviços secretos britânicos, franceses, da CIA e da Mossad israelense.

Houve também uma metódica preparação da opinião pública pela mídia, que se especializou nas artes de fabricar “guerras justas”, em nome da “defesa dos direitos humanos”, e da “democracia”. Faz parte dessa preparação a invenção e difusão de mentiras e a demonização dos governantes que não rezam pela cartilha das potências imperialistas.

É um roteiro macabro que se repete desde 1999, quando Slobodan Milosevic foi apresentado como “ditador sanguinário”. Em 2003, Saddam Hussein foi indexado como presidente de um “Estado bandido”. Em outras regiões e situações distintas, repete-se a mesma cantilena. Constantemente, fazem-se campanhas contra os dirigentes cubanos, o líder revolucionário bolivariano Hugo Chávez, o presidente do Irã, Ahmadinejad, o dirigente norte-coreano Kim Jong Il.

A rebelião na Líbia contra o governo de Kadafi revelou a tática do imperialismo norte-americano e seus aliados europeus de instrumentalizar a seu favor a chamada Primavera Árabe.

Tudo isso são falsos pretextos sob os quais se disfarçam os interesses geopolíticos e econômicos estratégicos dos Estados Unidos e seus aliados da União Europeia. Eles estão de olho nos recursos naturais, em especial o petróleo e o gás, existentes em abundância em toda a região do Oriente Médio, e o controle de posições geopolíticas estratégicas. Para apossar-se destes recursos, precisam dividir para reinar e contar com governos dóceis, sócios menores do neocolonialismo.

A tomada de Trípoli pelos grupos armados do autodenominado Conselho Nacional de Transição foi saudada pelos governos imperialistas e a mídia a seu serviço, que logo apresentou o fato como a vitória da “revolução democrática”.

Apressadamente, chancelarias reconheceram o governo de fato e entregaram a este o assento da Líbia nas Nações Unidas. Os líderes da França e do Reino Unido foram ao país para demonstrar o apoio do imperialismo europeu aos golpistas e ao mesmo tempo apossar-se do butim: o petróleo e o gás, obras de reconstrução e os ativos financeiros do país. Em Nova York, durante a abertura da 66ª Assembleia das Nações Unidas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu a autonomeada nova direção líbia e reiterou seu apoio.

O presidente Barak Obama alega que os EUA estão agindo na Líbia em defesa de civis, mas destroem este e outros países inteiros e assassinam milhares e milhares de civis. Isso ocorre no Oriente Médio e em várias partes do Planeta, enquanto sustentam o genocida Estado sionista de Israel contra o povo palestino.

O discurso de Obama tenta apenas esconder uma ação imperialista, de dominação e pilhagem, que só faz crescer a cada dia. O controle físico de territórios, com pesados armamentos, espalhando morte, destruição e permanente pressão psicológica não pode mais ser tolerado.

A doutrina de Obama foi recentemente explicitada em dois pronunciamentos. Em 28 de março de 2011, falando na George Washington University, o presidente Obama declarou que, mesmo não estando a segurança dos americanos diretamente ameaçada, a ação militar pode ser justificada, caso em algum país esteja ocorrendo um “genocídio” e os Estados Unidos não atuem isoladamente, mas em comum acordo com aliados.

Dois meses depois, declarou no Parlamento britânico, durante a visita que fez ao Reino Unido, entre 24 e 26 de maio de 2011, que os Estados Unidos não acreditam simplesmente no direito das nações, mas no “direito dos cidadãos”, agregando que é falso o argumento segundo o qual a soberania nacional é mais importante do que a “matança de civis dentro de suas fronteiras”. Ele reafirmou que os Estados Unidos pensam que a “comunidade internacional” deve atuar quando um líder está ameaçando massacrar seu povo.

Segundo essa concepção, os Estados Unidos, juntamente com a Grã-Bretanha e a França não mais respeitarão as normas do Direito Internacional, com base nos princípios de soberania do Estado-nação, e poderão intervir em qualquer país, a pretexto de razões “humanitárias” ou de “defesa da população civil”. Do que se trata, na verdade, é de defender seus interesses econômicos e estratégicos. A questão dos direitos humanos é simplesmente um pretexto para que os Estados Unidos, a França e a Grã-Bretanha violem os direitos humanos, com rigorosos embargos comerciais, e massacrem populações civis.

A guerra da Líbia, como já tinha sido a da ex-Iugoslávia, e são a do Iraque e a do Afeganistão, representam a concretização da nova concepção estratégica da Otan, que passa a atuar como uma força de intervenção global, um instrumento para perpetrar guerras de agressão, com ou sem a autorização da ONU, onde quer que determinem os interesses geopolíticos e de rapina do imperialismo norte-americano e seus aliados da União Europeia.

Ultimamente, os Estados Unidos estão utilizando como tática acessória da sua política intervencionista agressiva as operações secretas com aviões não pilotados ou com forças especiais em ações clandestinas para cometer assassinatos. A CIA se converteu numa verdadeira organização paramilitar. Os drones, aviões sem pilotos, teleguiados pela CIA, já mataram, desde 2001, mais de 2.000 supostos militantes da Al Qaida e dos Talebãs no Paquistão, Afeganistão e Iêmen.

Ao contrário do que falam os líderes imperialistas, e apesar da crise econômica do capitalismo, os gastos militares dos EUA estão crescendo ano após ano, com novas armas, novas bases, onde milhares de mísseis nucleares estão apontados para nós, onde quer que estejamos.

Sob falsos pretextos, especialmente uma suposta campanha contra o terrorismo e o tráfico de drogas, as forças imperialistas espalham seus tentáculos pelo mundo. Mesmo na América do Sul, em especial na Colômbia, na fronteira com o Brasil e com a Venezuela, soldados estadunidenses ocupam matas da Amazônia.

É uma forma de manter sob constante ameaça a também vizinha Venezuela, que mantém um governo democrático e corajoso na defesa dos interesses do povo venezuelano. As forças da reação ficam na espreita, na espera de uma chance de tentar novo golpe contra o presidente Hugo Chávez, que o imperialismo considera uma figura incômoda, pelas suas posições em defesa da soberania e autodeterminação dos povos.

Enquanto isso, mantêm até hoje o odioso boicote econômico a Cuba, país que também está sob constante ameaça física, não só pela base que os Estados Unidos mantêm lá, mas pelo permanente cerco por terra, mar e ar.

Alguns países sofrem pressões mais fortes, mas não devemos esquecer que o imperialismo mantém mais de 850 bases militares espalhadas pelo mundo, muitas das quais como verdadeiros enclaves estrangeiros em países que lutam pela sua soberania. Além da base dos EUA de Guantânamo, em Cuba, há aqui próximo a que a Grã-Bretanha mantém nas Ilhas Malvinas, na vizinha Argentina.

Neste momento, podemos ver como é crescente também a presença da Marinha dos EUA, reforçada por navios da França, Grã-Bretanha e outros países da Otan, em todos os mares do Planeta. No Atlântico Sul, a Quarta Frota da Marinha estadunidense foi revitalizada e patrulha toda a América do Sul constantemente. Na África, os Estados Unidos estão empenhados na estruturação da presença direta do Africom, através da instalação de bases militares.

Companheiras e companheiros,

Se por um lado, o momento em que vivemos é carregado de graves ameaças, há também, por outro lado, motivos para esperança e otimismo. Em toda a parte, desenvolvem-se as lutas dos povos, por meio de heróicos atos de resistência, de triunfos democráticos e da ação de governos anti-imperialistas. No Oriente Médio, na África, Ásia, Europa, Estados Unidos e na América Latina, através das formas mais variadas, levantam-se os movimentos populares, exigindo justiça, progresso social, paz, o fim das guerras e da opressão das nações.

O Conselho Mundial da Paz reitera seu apoio aos povos em luta, pela retirada de todas as tropas de ocupação dos países que são vítimas de guerras imperialistas, pela abolição das armas nucleares, pelo desmantelamento da Otan e das bases militares estrangeiras, pelo fim do bloqueio a Cuba e a libertação dos seus heróis presos nos cárceres do império.
Pela peculiaridade das circunstâncias que estamos vivendo, fazemos uma menção especial à luta pelo reconhecimento do Estado da Palestina. O discurso apoteótico do presidente da Autoridade Nacional Palestina na 66ª Assembleia Geral da ONU, ocasião em que apresentou o pedido formal de reconhecimento pela organização internacional, é um sinal dos tempos, na medida em que simboliza a força da luta patriótica, anticolonialista e anti-imperialista.

O pleito dos palestinos conta com o apoio da esmagadora maioria dos países membros da ONU, só não será atendido pelo exercício do veto por parte dos Estados Unidos, o que revela a dimensão do isolamento político e diplomático do imperialismo e do sionismo.

Os palestinos fazem uma proposta clara, objetiva e pacífica. Pedem o reconhecimento de seu estado nacional nos limites anteriores à Guerra dos 6 Dias, de 1967, com capital em Jerusalém. Todo apoio à causa palestina. Nosso votos de pleno êxito na luta pela criação do Estado da Palestina.

Companheiros e companheiras,

A Humanidade não pode mais conviver com as ameaças e o terrorismo contra povos e nações.
Mas o quadro mundial só vai mudar, a paz só será uma possibilidade concreta se os povos se alçarem em luta ampla, extensa e profunda, unidos e mobilizados em defesa de suas causas justas.

As políticas de força das potências imperialistas tendem a permanecer como grave ameaça à paz internacional e à autodeterminação dos povos. Faz-se necessário um grande movimento de dimensões mundiais de oposição aos planos e ações dos fautores das guerras.

O Conselho Mundial da Paz tem importante contribuição a dar nesses esforços libertadores da humanidade. Exige-se de nós perseverança, firmeza, visão ampla e capacidade de mobilização e atuação em frente única com as demais organizações do movimento popular e anti-imperialista mundial.

Muito obrigada,
Socorro Gomes, presidente do Conselho Mundial da Paz


Fonte: cebrapaz.org.br

2 comentários:

Fada do bosque disse...

Muito obrigada Burgos por prestar esta informação. :)

BURGOS disse...

Essa informação é de 2010, foi só para o pessoal relembrar.

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