Reproduzido do site Conversa Afiada
É impressionante o boicote da nossa imprensa a esse documento:
http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/comunicado-conjunto-por-ocasiao-da-reuniao-de-vice-ministros-de-relacoes-exteriores-do-brics-sobre-a-situacao-no-oriente-medio-e-no-norte-da-africa-2013-moscou-24-de-novembro-de-2011
BRICs bloqueiam americanos no Oriente Médio
25/11/2011, MK Bhadrakumar, Indian Punchline
http://blogs.rediff.com/mkbhadrakumar/2011/11/25/brics-blocks-the-us-on-middle-east/
Traduzido, em parte, pelo Coletivo Vila Vudu
A reunião dos vice-ministros de Relações Exteriores dos países BRICS em Moscou, ontem, sobre a situação no Oriente Médio e Norte da África é evento de grande importância, como se vê pelo Comunicado Conjunto. Os principais elementos do Comunicado são:
a) Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS) assumiram posição comum sobre o que hoje se conhece como “Primavera Árabe”. O foco deve ser diálogo nacional pacífico; nada justifica qualquer tipo de intervenção estrangeira; o papel central nas decisões compete ao Conselho de Segurança da ONU.
b) Os BRICS adotaram posição comum sobre a Síria. A frase chave do Comunicado é “Fica excluída qualquer tipo de interferência externa nos assuntos da Síria, que não esteja conforme o que determina a Carta das Nações Unidas.”
c) Os BRICS exigiram “revisão completa” para avaliar a adequação [orig. appropriateness] da intervenção da OTAN na Líbia; e sugeriram que se crie missão especial da ONU em Trípoli para conduzir o processo de transição em curso; dessa comissão deve participar, especificadamente, a União Africana.
d) Os BRICS rejeitaram a ameaça de força contra o Irã e exigiram negociações e diálogo continuados. Os BRICS criticaram as ações de EUA e União Europeia de impor novas sanções ao Irã, chamando-as de medidas “contraproducentes” que só “exacerbarão” a situação.
e) Os BRICS saudaram a iniciativa do Conselho de Cooperação do Golfo, que encontrou saída negociada para o Iêmen, como exemplo a ser seguido.
f) Os BRICs apóiam a entrada da Palestina na ONU e um Estado Palestino viável e continuo, que respeite as fronteiras anteriores a 1967.
Fonte: http://www.conversaafiada.com.br/politica/2011/11/28/dilma-e-brics-a-obama-nao-meta-a-mao-no-ira/
Um comentário:
Eu não vi nenhuma referência a este documento na nossa mídia tradicional, ainda que seja importante e represente um esforço de se chamar à razão, ao bom senso, mas parece que todos os meios de comunicação estão imbuidos em boicotar qualquer esforço neste sentido. A mídia prefere farejar sangue do que dar uma chance para a paz.
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