"Eu aconselho que abandonem estes métodos (sanções), não acreditem que esse mau humor, que esse mostrar de dentes e unhas vi desviar o povo iraniano em seu caminho para a tecnologia nuclear", declarou Ahmadinejad em Pakdasht , uma cidade a leste de Teerã, onde reiterou que o Irã não quer armas atômicas.
Na véspera, o Irã já havia condenado as novas sanções econômicas anunciadas por Estados Unidos, Grã-Bretanha e outros países ocidentais por seu programa nuclear e as considerou "sem efeito", segundo o porta-voz da chancelaria iraniana.
"Estas ações seguem no sentido da hostilidade destes países contra nosso povo. São condenáveis e sem efeito", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, citando em particular Estados Unidos e Grã-Bretanha.
Estas sanções foram anunciadas após um relatório recente da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que reforça a suspeita de uma "possível dimensão militar" do programa nuclear iraniano. O Irã rejeitou o novo informe da AIEA afirmando que seu programa nuclear tem apenas objetivos pacíficos.
Um decreto da Casa Branca endurece as represálias contra as pessoas ou empresas que fornecem ajuda material ou de desenvolvimento dos recursos petrolíferos e do setor petroquímico do Irã. O Reino Unido anunciou horas antes a ruptura de todos os contatos com os bancos iranianos, enquanto o Canadá anunciou o bloqueio "virtual" de todas as transações com o país.
A França também propôs na segunda-feira a países como Alemanha, Estados Unidos, Japão e Canadá o congelamento "imediato" dos ativos dos bancos iranianos e a interrupção das compras de petróleo deste país, para convencer o Irã a renunciar ao seu programa nuclear militar, segundo uma carta divulgada pela presidência francesa.
China
Nesta quarta (23), a China advertiu que sanções ocidentais contra o Irã só agravarão o cenário e aumentarão o confronto a respeito da questão do programa nuclear de Teerã. "A China sempre foi contra as sanções unilaterais ao Irã", afirmou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Liu Weimin, no primeiro comentário de Pequim após o anúncio das medidas de punição a Teerã.
Fonte: Pátria latina
Imagem: Google
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