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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Cineasta que criticou Washington é perseguida em aeroporto

 A americana Laura Poitras, autora do documentário The Oath, lançado em 2010 e candidato ao Oscar, é  perseguida em aeroportos por criticar Washington. Desde o 11 de setembro, leis de exceção dão carta branca para agentes bisbilhotarem bagagens e confiscarem bens.

 Após os atentados terroristas de setembro de 2001, o governo dos Estados Unidos criou uma serie de leis que autorizam a intromissão do Estado na vida privada dos cidadãos. Desde então, é cada vez maior o número de norte-americanos que viajam ao exterior e que ao retornar são detidos nos aeroportos, onde têm suas bagagens revistadas, e o conteúdo de computadores e celulares – e-mails, textos, vídeos e fotografias - é checado e copiado.

E não há a quem reclamar. As leis de exceção autorizam os funcionários do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) a fazer vistorias, mesmo sem autorização judicial, e o cidadão não tem qualquer possibilidade de pedir explicações. Ou seja, é como se desde o 11 de setembro a quarta emenda – que garante os direitos à intimidade e privacidade - tivesse desaparecido da Constituição norte-americana.

O documentário de Laura fala sobre os acusados pelos ataques de 11 de setembro e foi aclamado no Sundance Festival, além de ter sido indicado ao Oscar. Depois dele, Laura está entre dezenas de artistas perseguidos pela paranoia, soberba e preconceito americanos.

O documentário "The Oath" conta a história sobre 2 irmãos: Abu Jandal é um motorista de táxi em Sanaa, no Iémen, e seu irmão, Salim Hamdan, é um prisioneiro de Guantánamo e o primeiro homem a enfrentar o duvidoso tribunal militar que julgou centenas de pessoas pelo ataque as Torres Gêmeas. 

 

 

 

Fonte: Opera Mundi, Vermelho

Imagem: Google

2 comentários:

Max disse...

É difícil comentar as coisas do Estados Unidos, cada vez mais difícil.

Parece quase que os americanos ficaram envolvidos numa espiral que está a arrasta-los cada vez mais longe da realidade.

Sinceramente não pensava que tudo isso pudesse acontecer. Após a queda do Muro de Berlim era óbvia uma mudança, afinal os EUA sobravam qual única super-potência. E era óbvio que Washington teria implementado a própria influência em todos os cantos do planeta.

Mas agora estamos muito além disso. Aliás, se dum lado algumas partes do planeta conseguiram ficar afastadas do domínio americano (China, parte do Sul América, Rússia por exemplo), os mesmos EUA tornaram-se uma sociedade nova. Uma sociedade aberrante, hiper-controlada, onde as mais básicas leis que deveriam permitir o respeito dos indivíduos são posta em causa.

O que deveria ter acontecido no estrangeiro (mais controle americano) aconteceu ainda mais no interior dos Estados Unidos, sob forma dum mais apertado controle das instituições.

Não sei, mas isso cheira-me a avançado estado de decadência...

BURGOS disse...

Max

O governo e o povo americano se tornaram uma sociedade totalmente imperialista e paranóica, o "sonho americano" já deixou de existir a muito tempo, liberdade naquele país é uma palavra que já não mais existe também.
Um país totalmente decadente, parece que quanto mais afundam, mais querem arranjar guerras com a intenção de sairem do buraco que estão metidos, pelo jeito o mundo ainda vai sofrer muito em razão da decadência dos EUA.

Um grande abraço meu amigo

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