O Parlamento Europeu aprovou nesta sexta-feira (20) em Estrasburgo uma resolução que avalia a possibilidade de uma suspensão parcial da Argentina do Sistema Generalizado de Preferências (SGP), em reação à atuação soberana do país sul-americano.
A proposta do legislativo pan-europeu é uma resposta à decisão de Buenos Aires de nacionalizar 51 por cento das ações que a petroleira espanhola Repsol possuía na empresa YPF.
O documento do Parlamento Europeu recebeu o voto favorável de 458 deputados, com 71 contrários e 16 abstenções.
A resolução determinou que União Europeia (UE) analise a retirada dos benefícios do SGP para as exportações argentinas que entrarem no mercado comunitário.
O texto questionou o passo adotado por Buenos Aires "de proceder com a expropriação da maior parte das ações de uma companhia europeia, já que essa é uma decisão unilateral e arbitrária".
Os ministros de Relações Exteriores da UE discutirão o tema na próxima semana.
A posição argentina busca reativar a produção de energia no país, levando-se em conta que as importações de petróleo no ano passado chegaram a 9,3 bilhões de dólares.
As estimativas situam em 12 bilhões de dólares os gastos com a compra de óleo e derivados em 2012, o que tem um grande impacto nas finanças nacionais.
A atuação soberana da Argentina gerou críticas de entidades multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, além das procedentes da União Europeia e dos Estados Unidos.
Diante disso, recebeu o respaldo de várias nações latino-americanas, entre elas Venezuela, Nicarágua e Cuba.
Os socialistas espanhóis tomaram distância da decisão concreta de pedir a suspensão das SGP, apesar de se somarem aos demais na resolução de condenação à decisão da Argentina que assinaram praticamente todos os grupos.
A resolução "deplora a decisão tomada pelo Governo argentino, sem levar em conta uma solução negociada, de proceder à desapropriação da maior parte das ações de uma companhia europeia, já que representa uma decisão unilateral e arbitrária".
Considera que a nacionalização da YPF representa um "ataque ao exercício da livre empresa e ao princípio de certeza legal, deteriorando assim o clima empresarial para os negócios da UE nesse país".
A resolução do Parlamento Europeu constata que esta decisão "se refere a uma só empresa do setor e apenas a uma parte de seu conjunto de acionistas, o que poderia ser considerado discriminatório", em sua opinião.
Por sua vez, os eurodeputados advertiram no texto que as decisões como a tomada pelas autoridades argentinas podem "rarefazer o clima de cordialidade e entendimento necessários" para fechar as negociações em curso de acordo de associação UE-Mercosul.
"Para que essas negociações tenham êxito, as duas partes têm de conversar em um espírito de abertura e confiança mútua", apontam os eurodeputados.
Fonte: Prensa Latina
Imagem: Google
2 comentários:
Quando quiserem utilizar a "La Belle Guilhó" chamem por mim que eu tenho todo o gosto de comandar a alavanca da "Libertação"...
Mas se acham que a "La Belle Guilhó" é arcaica e desumana então proponho em alternativa o seguinte: utilizar aquelas armas de atordoamento que se utilizam nos matadouros antes de cortar o pescoço das vacas e bois. Se isto é "tratamento humano" para aqueles animais, também o é para os animais que estão no tal do P.E.!
Burgos, meu cão Lindo... Festinhas!
Voz
Pode me deixar pelo menos uma vez comandar a alavanca? Ficaria muito feliz com isso!!!
Um abraço meu amigo
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