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sábado, 21 de abril de 2012

EUA querem regime dócil a seus ditames na Síria




Por Vanessa Silva da Redação do Vermelho

Neste sábado (21), Socorro Gomes, presidente Conselho Mundial da Paz (CMP) e André Tokarski, presidente nacional da União da Juventude Democrática (UJS), iniciam na Síria uma missão de paz. O objetivo é prestar solidariedade à população, demonstrar o repúdio à interferência estrangeira no país e enfatizar o direito do povo sírio determinar o futuro de sua pátria. A iniciativa parte da Federação Mundial da Juventude Democrática e do Conselho Mundial da Paz (CMP).

A missão será realizada até 26 de abril e inclui representantes de movimentos ativistas da paz afiliados ao CMP em Chipre, Turquia, Índia, Nepal, Líbano, Palestina, Jordânia, Bélgica, África do Sul, Itália e Venezuela, além do Brasil.

Em conversa por telefone com o Vermelho, a presidente do CMP, Socorro Gomes, que se encontra em Damasco desde a quinta-feira (19), ressaltou que o objetivo da missão é "levar a solidariedade de entidades do movimento popular, democrático, progressista e pela paz à nação síria e seu povo num momento em que sofrem grave ameaça de agressão por parte das forças imperialistas, que alimentam propósitos intervencionistas em nome de interesses hegemônicos na região do Oriente Médio".

O presidente da UJS, André Tokarski, também conversou com o Vermelho, por e-mail. Ele esclareceu que o convite para a entidade participar das atividades na Síria foi feito pela União Geral dos Estudantes Árabes e pela União Nacional dos Estudantes da Síria. A expectativa com a visita, segundo esclareceu, é “levar à juventude e aos estudantes da Síria uma mensagem de solidariedade da juventude brasileira”.

Ele ressaltou a importância estratégica do país: “a Síria é extremamente importante, Damasco é uma das principais capitais do Oriente Médio, do ponto de vista político, econômico e cultural. Milhares de descendentes de Sírios vivem no nosso país. Espero poder transmitir o nosso desejo de que a soberania do povo sírio seja respeitada para que não haja mais uma grave agressão militar imperialista”.

Declarações ofensivas

Nesta quinta-feira (19), chanceleres do grupo autodenominado "Amigos da Síria", reunidos em Paris (França), elevaram o tom contra o governo do presidente da Síria, Bashar Al Assad. Socorro Gomes criticou a reunião: para mim “os chanceleres reunidos em Paris minam os esforços de paz feitos no âmbito das Nações Unidas e põem lenha na fogueira ao brindar apoio aos chamados rebeldes e oposicionistas e excluir o governo sírio que tentam derrubar”.

A ativista pela paz criticou as declarações da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, para quem o presidente Bashar Assad, está diante de "sua última oportunidade" para encontrar uma solução pacífica para a crise instalada no país.

Para Socorro, o sentido das declarações da Sra. Clinton é claro. "Os Estados Unidos têm como única estratégia para a Síria a derrubada do governo de Assad. Isto faz parte dos seus planos de moldar regimes e governos reacionários com roupagem progressista na região, dóceis aos ditames de Washington".

Ela criticou também o ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, que ameaçou o governo Assad com sanções da comunidade internacional, caso não cumpra o "cessar fogo".











Fonte: Vermelho

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