Passa a valer em Israel lei que prevê prisão de imigrantes ilegais por três anos
Israel - ONGs classificam medida como "obscura"; ela coincide com duras declarações racistas de ministros sobre refugiados da África Subsaaariana
O Ministério do Interior de
Israel colocou em vigor neste domingo (03/06) uma lei que permitirá às
autoridades de segurança prender durante três anos qualquer pessoa que entre no
país de forma ilegal, e entre cinco e 15 anos qualquer pessoa que os auxilie a
entrar no território.
A lei foi aprovada há alguns anos
para frear a entrada de palestinos, mas neste domingo foi estendida a qualquer
imigrante. Ela coincide com uma dura polêmica pelas declarações racistas de
alguns ministros sobre refugiados da África Subsaaariana que se radicaram em
Israel.
O jornal israelense Ha'aretz
informa que, pela primeira vez, esses imigrantes, que chegam a cerca de 60 mil
em todo território de Israel, poderiam ser enviados à prisão sem julgamento
algum e sem a opção de se acolher à repatriação ou expulsão.
A lei foi aprovada há anos para
dissuadir palestinos de cruzar a fronteira para buscar trabalho em Israel, mas
seu alcance foi ampliado ao restante de imigrantes ilegais ou pessoas de países
em desenvolvimento que entram no Estado judaico em busca de asilo.
Até agora, todos os imigrantes
detidos pelo Exército na fronteira entre Israel e Egito, principal via de
acesso, eram transferidos ao centro de detenção de Sharonim, com capacidade
para cerca de duas mil pessoas, mas a maioria vive nas grandes cidades.
Nos últimos meses, houve graves
ataques contra eles por parte de grupos xenófobos, sobretudo no bairro Shapira,
no sul de Tel Aviv, onde se concentram pelo menos 20 mil estrangeiros.
Organizações de direitos humanos
classificaram a lei como "momento obscuro para Israel" e uma
"mancha negra" na história democrática do país. As ONGs apelaram às
autoridades para que cumpram as convenções internacionais que garantem a oferta
de asilo aos que correm perigo em seus países de origem.
"Em vez de agir como
qualquer outro país civilizado, estudar os pedidos de asilo e oferecer refúgio
aos que merecem, Israel decide a prisão em massa de milhares de pessoas",
criticou em entrevista ao Ha'aretz a ONG Kav LaOved, principal organização de
assistência a imigrantes.
Em declarações ao jornal Maariv,
o ministro do Interior, o ultra-ortodoxo Eli Yishai, indicou que manterá
"a luta com todos os meios disponíveis para expulsar os estrangeiros, até
que não sobre nem um só infiltrado".
Yishai, que há várias semanas foi
acusado de racismo por outras polêmicas declarações sobre os imigrantes
africanos, voltou a incorrer neste domingo em seu habitual discurso xenófobo ao
se queixar de que "a maioria dos muçulmanos que chegam (a Israel) sequer
acredita que este país pertença a nós, ao homem branco".
O deputado ultradireitista Ariel
Eldad defendeu que as autoridades "atirem contra qualquer um que cruzar a
fronteira". Suas declarações foram feitas durante uma visita que a
Comissão de Exteriores e Segurança do Parlamento fez neste domingo à fronteira
com o Egito, informou o serviço de notícias Ynet.
Imagem: Google, diarioliberdade
-----------------------------------------------------------------
E agora?
O que o Presidente do "Império" Barack Obama "Prêmio Nobel da PAZ" vai dizer?
Vai continuar defendendo o Estado Sionista???
2 comentários:
E agora?
O que o Presidente do "Império" Barack Obama "Prêmio Nobel da PAZ" vai dizer?
ehehehe esta é fácil... Acho que vai pegar na Ideia dos Sionistas e importá-la para a América! Bem bom.. E até se pode afirmar que isto é algo digno de um "Nobel da Paz"... Seja o que for que um Nobel vale hoje em dia... Acho que uma bosta de vaca vale mais que um Nobel pois sempre serve de adubo natural!
Festinhas!
Voz
É isso mesmo, as pessoas tem que se conscientizarem de que isso tudo é uma farsa, chega de tanta hipocrisia nesse mundo.
Um grande abraço meu amigo
Postar um comentário