O diretor geral da organização japonesa Peace Boat (Cruzeiro pela Paz), Yoshioka Tatsuya, expressou o interesse de seu grupo para que Cuba coopere na atenção das crianças afetadas pelo acidente nuclear de Fukushima.
Seria uma ideia fantástica e é o que queremos, acrescentou Tatsuya ao ser perguntado por jornalistas sobre a possível ajuda de Havana no tratamento dos doentes depois do escapamento nuclear provocado pelo terremoto e tsunami em março do ano passado.
Como Organização Não Governamental teríamos que apoiar uma negociação entre os governos do Japão e Cuba, reconheceu o líder do projeto que tocou nesta quinta-feira o porto de Havana pela décima quinta ocasião desde 1990.
A proposta surgiu do Foro Global de Hibakushas (sobreviventes dos ataques atômicos a Hiroshima e Nagasaki) por um mundo livre de armas nucleares, organizado pelos integrantes do Cruzeiro, que se reuniu aqui com o líder da Revolução cubana, Fidel Castro.
Durante o encontro desta tarde Fidel Castro propôs a publicação de um livro com os depoimentos dos sobreviventes dos bombardeios com armas atômicas em ambas as cidades japonesas em agosto de 1945.
Aceitamos a iniciativa do livro e propusemos a Cuba estreitar a cooperação, especialmente em educação médica para dar atenção às crianças de Fukushima tal como tem feito com os de Chernobyl (o acidente na usina ucraniana em 1986), revelou Tatsuya.
Ao referir ao Foro, o líder e fundador do projeto japonês criado em 1983 destacou a preocupação de Fidel Castro em relação aos perigos nucleares.
Igualmente opôs-se à hostilidade estadunidense contra o país caribenho ao considerar que essa política não cria situações de paz.
Estamos decididos a voltar ainda que tenhamos bloqueio, explicou o diretor em alusão à proibição norte-americana aos barcos que toquem porto cubano de irem aos Estados Unidos.
Fonte: Prensa Latina, cebrapaz
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