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terça-feira, 27 de março de 2012

Argentina discute militarização das Malvinas durante Cúpula


Durante a II Cúpula de Segurança Nuclear, que é realizada na Coreia do Sul, o chanceler argentino Héctor Timerman advertiu sobre o envio de um submarino nuclear inglês ao Atlântico Sul e exigiu que a Grã-Bretanha “confirme a ausência de armas nucleares” nesta zona. Por meio de seu vice-ministro Nicholas Clegg, o Reino Unido, sem apresentar provas ou argumentos, qualificou esse pedido como “infundado”.


Durante sua intervenção, Timerman chamou atenção para os “recentes episódios de militarização” segundo os quais “uma potência extra-regional envia um submarino nuclear a uma zona cuja soberania é objeto de disputa reconhecida pelas Nações Unidas e se nega ao mesmo tempo a confirmar se com esta ação não estaria introduzindo armas nucleares na zona desnuclearizada”.



Nick Clegg reforçou, nesta terça-feira (27), que as suposições de que o Reino Unido teria enviado um submarino nuclear às Malvinas são "sem fundamentos".




“Meu país demanda que se respeite o compromisso de paz que os países sul americanos escolheram para a região. A Argentina exige que a potência extra-regional que recentemente enviou um submarino capacitado para transportar arsenal nuclear para patrulhar o Atlântico Sul confirme a ausência de armas nucleares na região”, disse Timerman.

O chanceler sustentou ainda, frente aos mandatários e representantes diplomáticos das potências (entre os quais o presidente dos EUA, Barack Obama) que a militarização britânica nas Malvinas “nos traz novamente o tema do alcance do compromisso por parte dos países possuidores de armas nucleares com suas obrigações como Estados parte de tratados de zonas livres de armas nucleares”.

O ministro argentino lembrou que seu país, junto ao Brasil, "conforma o eixo sobre o qual se constrói a desnuclearização do Atlântico Sul" e "não se deve utilizar a dissuasão nuclear contra países que renunciaram as armas de destruição em massa".

“Um tratado que estabelece uma zona livre de armas nucleares é, antes de tudo, um tratado de segurança. Que proteção nos dá o tratado de não proliferação quando uma potência nuclear ameaça de maneira direta ou velada com a possibilidade de introduzir armas nucleares na zona desnuclearizada?”, questiona Timerman.




Fonte: Vermelho, com informações da Efe
Tradução: Da Redação
do Vermelho
Imagens: Google

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