Jovens palestinos participam do protesto pelo Dia da Terra, perto da Cidade de Gaza/ Foto: Hatem Moussa/AP
Os palestinos celebram, nesta sexta (30), o Dia da Terra, data marcada por protestos contra a ocupação de seus territórios por israelenses. Neste ano, também convocaram a chamada "Marcha Global para Jerusalém". Neste dia, serão realizadas manifestações contra a ocupação de terras palestinas e contra a "judaização" de Jerusalém, tanto na Cisjordânia e na Faixa de Gaza como nos países vizinhos. Em São Paulo, será realizada a Frente em Defesa do Povo Palestino, em solidariedade à causa.
A poucas horas do início dos protestos, o governo de Israel deslocou soldados para as fronteiras com o Líbano, Síria e Jordânia e reforçou batalhões na Cisjordânia e na fronteira com a Faixa de Gaza. Com a truculência que lhe é característica, Israel advertiu os governos dos países vizinhos de que reagiria com força a qualquer tentativa de manifestantes de ultrapassar as fronteiras.A liderança dos cidadãos árabes de Israel, de origem palestina, também planeja realizar manifestações dentro do país, contra o confisco de terras de aldeias árabes na Galileia e no deserto do Negev.
Dia da Terra
A data lembra a resistência de palestinos e palestinas que protestavam contra a ocupação de suas terras por Israel na Galiléia, no dia 30 de março de 1976, quando seis cidadãos árabes - israelenses foram mortos pela polícia durante um protesto contra o confisco maciço de terras pertencentes a aldeias na Galileia, segundo o plano do governo de Israel de "Judaização da Galileia".
Desde então, a data, denominada Dia da Terra, foi adotada por palestinos, tanto nos territórios ocupados como na diáspora, e tornou-se uma das celebrações mais sensíveis do ano, na qual se realizam protestos que frequentemente resultam em confrontos com as autoridades israelenses.
Fronteira
Neste ano, além dos protestos nos territórios ocupados e dentro de Israel, foram anunciadas manifestações no Líbano, na Síria e na Jordânia.
Depois do precedente de maio de 2011, quando refugiados palestinos residentes na Síria e no Líbano tentaram ultrapassar as fronteiras, as autoridades israelenses se preparam para uma eventual repetição da tentativa.
Naquela ocasião, manifestantes palestinos protestaram no dia 15 de maio – data da criação do Estado de Israel, a qual denominam Nakba, que significa catástrofe, em árabe.
O Exército israelense abriu fogo contra os refugiados, que tentavam cruzar as fronteiras a pé, matando 13 pessoas.
No Brasil, solidariedade
Formada por várias organizações da sociedade civil – entre centrais sindicais, movimentos sociais e entidades árabe-brasileiras e islâmicas –, a Frente em Defesa do Povo Palestino realiza em São Paulo, hoje 30, a partir das 17h, na Praça Ramos de Azevedo, um ato em solidariedade ao povo palestino.
Fonte: Vermelho
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