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sexta-feira, 16 de março de 2012

Argentina usará vias legais para proteger petróleo nas Malvinas

A Argentina só recorrerá à via legal e à diplomacia para solucionar sua demanda de soberania sobre as Ilhas Malvinas, roubadas em 1833 pelo Reino Unido, ratificou nesta quinta-feira (15) o ministro de Exterior Héctor Timerman.

Nós só esperamos que os países cumpram com a lei, enfatizou o diplomata em uma coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (15) para informar sobre as ações que o Estado argentino executará perante a ilícita exploração de petróleo no Atlântico Sul.

A Argentina - anunciou o ministro - tomará de maneira imediata ações administrativas, civis e penais contra todas aquelas empresas que, violando resoluções das Nações Unidas, se envolveram em atos ilegais em uma zona em litígio, como são estas ilhas do Atlântico Sul e seus mares circundantes.

Adiantou que o rigor destas medidas dependerá do nível de participação e a responsabilidade de cada uma dessas companhias na ilícita exploração de hidrocarburetos nas Malvinas.

De acordo com Timerman, o governo adotará medidas também contra bancos que deram financiamento para estas petrolíferas, contra as empresas de logística que prestam apoio às companhias e contra as classificadoras de risco que analisam a situação das empresas.

Timerman explicou que estão identificadas cinco empresas petroleiras como as principais acionistas; em um segundo nível figuram as entidades que brindam apoio logístico; e o terceiro e mais amplo degrau está ocupado por aqueles prestadores de serviços financeiros, de assessoria e análises de risco.
As ações, esclareceu, não se limitarão só ao território argentino, mas se projetarão ao exterior mediante mecanismos de cooperação internacional.

Nesse sentido, antecipou que começarão a enviar notas de advertência e de riscos a empresas interessadas em participar da "aventura ilegal" de exploração nas Malvinas.

Além disso, se avisará os entes reguladores da bolsa onde operam as companhias atualmente envolvidas para que sejam advertidos sobre os riscos que correm ao continuar com esta atividade.

"Não passará nenhum dia sequer sem que levemos adiante uma ação legal para proteger os recursos naturais do Atlântico Sul, que pertencem a todos os argentinos", enfatizou.

Em fevereiro de 2010, o Reino Unido enviou às Malvinas a primeira plataforma de exploração de petróleo, que no passado ano anunciou a realização de descobertas "provisórias" e a intenção de começar a extrair o combustível em 2016.

O departamento de Recursos Minerais das ilhas estima que existam cerca de 120 áreas onde pode haver petróleo no arquipélago.


De acordo com a imprensa argentina, já foram entregues 34 licenças para exploração de petroleo na região.

No começo deste ano, chegou uma segunda plataforma com capacidade de explorar e perfurar poços em águas de grande profundidade.

"Vamos levar adiante esta causa e vamos castigar (os supostos infratores), através de todos os meios, e defender que as leis sejam aplicadas e que a Grã-Bretanha entenda que tenha de dar cumprimento à resolução das Nações Unidas", disse o ministro argentino.

Timerman lembrou que os governos da Argentina e da Grã-Bretanha assinaram uma declaração de cooperação na região em 1995, mas que os britânicos teriam interrompido o acordo de "forma unilateral".

Segundo ele, a Argentina protestou, mas não foi ouvida. Em 2007, o então presidente Nestor Kirchner (2003-2007), que morreu em 2010, "deu por finalizada a declaração conjunta".

Com gráficos, Timerman afirmou que a partir de fevereiro de 2010 chegaram plataformas britânicas no arquipélago.

"O negócio petroleiro é muito intenso no mundo, envolve muitas empresas e não só as que realizam a perfuração. A Argentina compreende que sem a participação de outros setores, essas atividades ilegítimas não poderiam ser levadas adiante. Por isso investigamos para saber que empresas que tem alguma participação (no negócio)", afirmou.

Segundo ele, todos os envolvidos neste processo estão "levando adiante ações ilícitas", já que desrespeitariam as normas das Nações Unidas.

O ministro criticou ainda as agências classificadoras de risco, que podem estar levando os investidores a adotarem medidas equivocadas, já que a área em questão está em "litígio".

"Vamos obrigar estas empresas a informarem que as petrolíferas estão violando as regras das Nações Unidas e as leis da República Argentina", disse.

"Ao outorgar licenças para estas empresas, a Grã-Bretanha está fazendo com que elas tenham risco. O petróleo que se encontra no Atlântico Sul é do povo argentino", afirmou.


Rockhopper Exploration PLC


Empresa britânica que foi criada em 2004 para explorar petróleo e gás nas Ilhas Malvinas. Rockhopper tem licenças para explorar na Bacia Falkland Norte. A área foi selecionada como a Administração considerou um risco relativamente baixo em termos de exploração, com tanto provadas de óleo e gás e está em lâmina d'água relativamente modestos.

A empresa completou um programa de trabalho ambicioso desde listagem no AIM em 2005, que incluiu 2D e 3D Mapping eletromagnética e sísmica Controlled Source (CSEM), perfuração de um número de poços e realização de um teste bem sucedido assim.

Em 2010 a empresa fez a descoberta de petróleo nas Ilhas Malvinas, em 14/10-2 bem no alvo Leão mar. O poço foi subsequentemente com sucesso fluiu durante 18 horas no teste de fluxo em primeiro lugar na Falklands.

Rockhopper Exploration PLC, procura agora recolher 2.000 milhões de dólares (1.500 milhões de euros) de investidores, para financiar a produção a partir de 2016.

Antigos colonos britânicos, os cerca de 3.000 ilhéus determinam agora o seu destino. Já receberam milhões de dólares em troca de autorizações concedidas para a exploração petrolífera e já se verificou uma descoberta importante, quando em 2011 foi atingida uma jazida que promete valer cerca de 450.000 milhões de barris de petróleo.

Se e quando encontrar o dinheiro necessário, os analistas do setor estimam que só o petróleo extraído deste bloco, designado "Sea Lion" ("Leão Marinho"), pode render à população das Malvinas cerca de 10.500 milhões de dólares em impostos e direitos.

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Em janeiro de 2012 Cristina Kirchner atacou as prospecções para exploração de petróleo nas Malvinas. “Estão depredando nossos recursos naturais. E não escutei nenhuma ONG ambientalista criticar o Reino Unido pelo que estão fazendo com os recursos naturais e internacionais. Uma exploração petroleira sem controle. Pode ocorrer um vazamento, o setor da pesca pode ser afetado”, afirmou.

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O mais interessante nisso tudo é que até agora não vemos NENHUMA ONG "ambientalista" que tenha se manifestado contra a exploração de petróleo na área.

Onde estão os "defensores" dos mares???

Onde estão os "defensores" da vida marinha???

Onde estão os "defensores" do meio ambiente???

Onde estão os "Ecologistas" do planeta???





Fonte: Prensa Latina
, ionline
Imagem: Google (colocadas por este blog)

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